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Testemunhos narram ação solidária

Por Correio do Povo    28 de janeiro de 2002
No II FSM, 15 personalidades relatam experiências. Afegã e outras mulheres criticam fundamentalismo

Durante o Fórum Social Mundial 2002, 15 personalidades mundiais darão seus testemunhos relativos ao trabalho que realizam com o objetivo de construir formas mais solidárias e igualitárias de convivência no mundo. Entre os participantes, estão prêmios Nobel da Paz, jornalistas, bispos católicos, economistas e militantes de diferentes movimentos sociais.

Na primeira edição do FSM, os testemunhos atraíram um grande público. Neste ano, a dinâmica está programada para diversos espaços da cidade. O primeiro testemunho será de dom Luciano Mendes de Almeida, do Brasil. No segundo dia do evento, está concentrado o maior número de testemunhos, que relatarão as experiências de Enrique Dussel, da Argentina, Manuel Vasquez Montalban, da Espanha, Ki-Kerbo, de Burkina Faso, dom Mauro Morelli, do Brasil, Jef Halper, de Israel, Mustafa Barghouti, da Palestina, e Makai Aref, do Afeganistão. No dia 3 de fevereiro, os testemunhos são de Maria da Conceição Tavares e frei Leonardo Boff, do Brasil, Immanuel Wallerstein, dos Estados Unidos, e Michel Albert. Os últimos testemunhos, de Rigoberta Menchu, da Guatemala, Rosario Ibarra, do México, e Piedad Cordoba, da Colômbia, estão marcados para 4 de fevereiro, penúltimo dia do Fórum Social Mundial.

Os depoimentos de mulheres de diversas partes do mundo e de diferentes setores sociais prometem ser atividades marcantes na abertura de vários testemunhos. Mulheres como Creusa de Oliveira, da Federação Nacional dos Trabalhadores Domésticos, do Brasil, e Glória Cuartas, ex-prefeita de Apartado em Antioquia, na Colômbia, falarão sobre 'os fundamentalismos religiosos e de mercado que assolam o mundo'. Mariam Rawi, do Afeganistão, Mariem Helie-Lucas, da Argélia, Rosa Maria Muraro, escritora brasileira, Sharon Shenrav, de Israel, Suhad Bishara, da Palestina, Suzanne Pharr, dos Estados Unidos, e Vivian Imogbo, da Nigéria, também antecederão os testemunhos, assim como representantes do Comitê dos Direitos Humanos das Mulheres Judias.

Estava prevista para o fim da noite de ontem a chegada da ex-primeira-dama da França, Danielle Mitterrand, representante da Fundação France-Libertés. Ela desembarcaria com Guy Hascoet, secretário de Estado da Economia Solidária da França, o primeiro a chegar dos sete ministros franceses que participam do evento.

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