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Greenpeace faz protesto com asas de borboleta

Por Correio do Povo    4 de fevereiro de 2002
Para mostrar os efeitos nocivos dos transgênicos sobre a natureza, um grupo de voluntários do Greenpeace entrou no painel 'Ação contra os Transgênicos' usando asas de borboleta. O grupo representava a espécie conhecida como 'monarca', objeto de pesquisa nos EUA. Nos testes, ficou provado que o pólen de milho transgênico aumentou a mortalidade da borboleta-monarca em 44%. A meta da modificação genética do milho não era matar a borboleta, mas a larva que come a planta.

O protesto serviu de exemplo para a palestra do professor de genética Rubens Nodari, que estava no painel. Segundo ele, ainda é impossível verificar totalmente os efeitos dos transgênicos sobre a saúde humana e a natureza. Porém, vários estudos comprovam que a modificação genética dos alimentos traz alterações na composição genética de algumas espécies. Para evitar problemas futuros, os painelistas exigiram a transparência dos experimentos e a divulgação dos dados obtidos. Das discussões, que terminam hoje, sairão propostas para pressionar governos e empresas de biotecnologia.

A 'Campanha por um Brasil livre de Transgênicos' promove amanhã outra manifestação. Desta vez, o alvo será o presidente Fernando Henrique Cardoso, que proibiu seus ministros de falar sobre o assunto. O protesto ocorrerá em frente ao prédio 11 da PUC, ao meio-dia.

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