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Fórum Social comemora reconhecimento maior
Por O Popular    7 de fevereiro de 2002
Organizadores dizem que o Fórum Econômico de Nova York já se preocupa com as
propostas feitas no encontro de Porto Alegre
Eduardo Horácio Jr.
Enviado especial, com Agência Folha
Porto Alegre - Mais de 51 mil pessoas compareceram à 2ª edição do Fórum Social Mundial, segundo os organizadores. Os números finais do evento foram anunciados ontem, durante a festa de encerramento, na PUC-RS, em Porto Alegre. Após o show de Lia de Itamaracá, que fechou o evento, os membros do comitê organizador apresentaram um balanço do encontro. "Hoje podemos dizer que o Fórum Econômico reconhece a existência do Fórum Social. Agora os "anti" são eles, eles é que estão preocupados com nossas propostas", disse Candido Gryzbowski, do Instituto Brasileiro de Análises Socio-Econômicas (Ibase).
Gryzbowski reforçou que o objetivo do fórum não é apenas fazer um contraponto aos encontros de Davos ou de Nova York: "Nós não precisamos deles. Nossa mensagem, nossas preocupações são mais abrangentes. Queremos criar alternativas não só contra o neoliberalismo, mas também contra os fundamentalismos e os governos não-democráticos".
O coordenador da Attac no Brasil, Carlos Tiburcio, acrescentou que o fórum de Porto Alegre "não pretende ser um comando unificado das lutas, mas um aglomerado de discussões". O comitê ressaltou a importância dos fóruns regionais para dar continuidade ao trabalho do Fórum Social.
Incidentes
De incidentes, apenas uma frustrada tentativa de assalto a um carro-forte, que iria abastecer os terminais eletrônicos bancários na PUC, e um protesto de 80 punks na abertura do evento, que a polícia gaúcha desvinculou da marcha que reuniu 65 mil pessoas. O setor hoteleiro de Porto Alegre comemora a ocupação de 95% dos 5 mil leitos disponíveis na cidade durante os cinco dias do evento, um crescimento de 44% em relação a 2001.
Todos os principais assuntos que afligem hoje a humanidade "da violência urbana ao problema da falta de água no planeta", foram discutidos exaustivamente nas mais de 800 oficinas e 200 seminários de Porto Alegre.
O Fórum de 2003, que deverá acontecer também em Porto Alegre, será precedido de reuniões em cidades emblemáticas da Ásia, da Europa ainda pobre e da África. Os encontros preparatórios manterão o povo mobilizado e permitirão o exame das questões regionais, antes do encontro internacional. O coordenador do comitê indiano do Fórum Social Mundial, Vijay Patrap, anunciou ontem o desejo de que o Fórum de 2004 aconteça em seu país e a África já manifestou o desejo de abrigar o evento em 2005.
Eduardo Horácio Jr.
Enviado especial, com Agência Folha
Porto Alegre - Mais de 51 mil pessoas compareceram à 2ª edição do Fórum Social Mundial, segundo os organizadores. Os números finais do evento foram anunciados ontem, durante a festa de encerramento, na PUC-RS, em Porto Alegre. Após o show de Lia de Itamaracá, que fechou o evento, os membros do comitê organizador apresentaram um balanço do encontro. "Hoje podemos dizer que o Fórum Econômico reconhece a existência do Fórum Social. Agora os "anti" são eles, eles é que estão preocupados com nossas propostas", disse Candido Gryzbowski, do Instituto Brasileiro de Análises Socio-Econômicas (Ibase).
Gryzbowski reforçou que o objetivo do fórum não é apenas fazer um contraponto aos encontros de Davos ou de Nova York: "Nós não precisamos deles. Nossa mensagem, nossas preocupações são mais abrangentes. Queremos criar alternativas não só contra o neoliberalismo, mas também contra os fundamentalismos e os governos não-democráticos".
O coordenador da Attac no Brasil, Carlos Tiburcio, acrescentou que o fórum de Porto Alegre "não pretende ser um comando unificado das lutas, mas um aglomerado de discussões". O comitê ressaltou a importância dos fóruns regionais para dar continuidade ao trabalho do Fórum Social.
Incidentes
De incidentes, apenas uma frustrada tentativa de assalto a um carro-forte, que iria abastecer os terminais eletrônicos bancários na PUC, e um protesto de 80 punks na abertura do evento, que a polícia gaúcha desvinculou da marcha que reuniu 65 mil pessoas. O setor hoteleiro de Porto Alegre comemora a ocupação de 95% dos 5 mil leitos disponíveis na cidade durante os cinco dias do evento, um crescimento de 44% em relação a 2001.
Todos os principais assuntos que afligem hoje a humanidade "da violência urbana ao problema da falta de água no planeta", foram discutidos exaustivamente nas mais de 800 oficinas e 200 seminários de Porto Alegre.
O Fórum de 2003, que deverá acontecer também em Porto Alegre, será precedido de reuniões em cidades emblemáticas da Ásia, da Europa ainda pobre e da África. Os encontros preparatórios manterão o povo mobilizado e permitirão o exame das questões regionais, antes do encontro internacional. O coordenador do comitê indiano do Fórum Social Mundial, Vijay Patrap, anunciou ontem o desejo de que o Fórum de 2004 aconteça em seu país e a África já manifestou o desejo de abrigar o evento em 2005.