NotÃcias
Definindo Empreendedorismo Social (5ª Parte)
Por Academia de Desenvolvimento Social    19 de fevereiro de 2002
Qualquer definição de empreendedorismo social deve refletir a necessidade de
um substituto para a disciplina de mercado que funciona para os
empreendedores de negócios. Não podemos assumir que a disciplina de mercado
automaticamente removerá os empreendimentos sociais que não são eficientes e
eficazes na utilização dos seus recursos. A definição a seguir combina um
ênfase na disciplina e no resultado com as noções geração de valor tiradas
de Say, de inovação e agentes de mudança tiradas de Schumpeter, da busca da
oportunidade de Drucker e uso máximo dos valores de Stevenson.
Resumidamente, esta definição pode ser baseada no seguinte:
Os empreendedores sociais têm o papel de agentes de mudanças no setor social, por:
- Adotar uma missão de gerar e manter valor social (não apenas valor privado);
- Reconhecer e buscar implacavelmente novas oportunidades para servir a tal missão;
- Engajar-se num processo de inovação, adaptação e aprendizado contÃnuo;
- Agir arrojadamente sem se limitar pelos recursos disponÃveis; e
- Exibir um elevado senso de transparência para com seus parceiros e público e pelos resultados gerados.
Essa é claramente um definição "idealizada". Os lÃderes do setor social exemplificarão essas caracterÃsticas de diferentes formas e diferentes nÃveis. Quanto mais um pessoa satisfaz todas essas condições, mais esta pessoa se encaixa neste modelo de empreendedor social. Aqueles que forem mais inovadores em seu trabalho e que mais gerarem significantes melhorias sociais naturalmente serão vistos como mais empreendedores. Os verdadeiros empreendedores sociais de Schumpeter irão reformar ou revolucionar significantemente suas indústrias. Cada elemento nesta breve definição merece um pouco mais de elaboração. Vamos considerar cada uma por vez.
Agentes de mudança no setor social: Empreendedores sociais são os reformadores e revolucionários descritos por Schumpeter, mas com uma missão social. Eles realizam mudanças fundamentais na forma como as coisas são feitas no setor social. Suas visões são arrojadas. Eles atacam as causas básicas dos problemas, ao invés de apenas tratar os sintomas. Eles muitas vezes reduzem as necessidades ou invés de apenas identifica-las. Eles buscam criar mudanças sistêmicas e melhorias sustentáveis. Ainda que possam agir localmente, suas ações têm o potencial de estimular melhorias globais nas suas áreas escolhidas de atuação, educação, saúde, desenvolvimento econômico, meio ambiente, arte e cultura ou qualquer outro campo do setor social.
Adotar uma missão de gerar e manter valor social:
Essa é a essência que distingue os empreendedores sociais dos empreendedores de negócios, mesmo os de negócios socialmente responsáveis. Para um empreendedor social, a missão social é fundamental. Esta é uma missão de melhorias sociais que não pode ser diminuÃda para se criar benefÃcios privados (retornos financeiro ou benefÃcios de consumo) para indivÃduos. Gerar lucro, criar riquezas ou servir aos desejos de consumidores pode ser parte do modelo, mas são apenas meios para um fim social, não o fim propriamente dito. O lucro não é a medida da geração de valor; nem a satisfação dos consumidores; o impacto social é a medida. Empreendedores sociais procuram por retornos sociais de longo prazo em seus investimentos. Os empreendedores sociais querem more que um rápido acerto; eles querem melhorias duradouras. Eles pensam sobre como manter o impacto.
Reconhecer e buscar implacavelmente novas oportunidades:
Onde outros vêem problemas, empreendedores vêem oportunidade. Os empreendedores sociais não são guiados simplesmente pela percepção de uma necessidade social ou pela sua compaixão, ao invés disso eles têm uma visão de como alcançar melhorias e são determinados para fazer sua visão funcionar. Eles são persistentes. Os modelos que eles desenvolvem e a abordagem que eles têm podem, e muitas vezes acontece, gerar mudanças, uma vez que os empreendedores aprendem sobre o que pode ou não dar certo. O elemento chave é a persistência combinada com uma disposição de realizar ajustes como parte do objetivo, ao invés de desistirem quando encontram um obstáculo. Empreendedores perguntam, "Como podemos superar este obstáculo? Como podemos fazer isso dar certo?"
Engajar-se num processo de inovação, adaptação e aprendizado contÃnuo:
Empreendedores são inovadores. Eles superam novas motivações, desenvolvem novos modelos e são pioneiros em novas abordagem. Entretanto, como Schumpeter nota, a inovação pode ter várias formas. Ela não requer que se invente algo inteiramente novo, pode simplesmente submeter uma idéia já existente à uma nova forma de realizá-la ou à uma nova situação. Empreendedores não precisam ser inventores. Eles precisam apenas ser criativos naquilo que os outros tenham inventado. Sua inovação pode aparecer na forma como eles organizam seus trabalhos principais ou como reúnem os recursos e os financiamentos necessários. No lado do financiamento, os empreendedores sociais procuram caminhos inovadores para garantir que seus empreendimentos terão acesso aos recursos pelo tempo que estiverem gerando valor social. Essa prontidão para inovar é parte do modus operandi dos empreendedores. Não é apenas uma explosão única de criatividade. É um processo contÃnuo de exploração, aprendizado e melhoria. Claro que com a inovação vem a incerteza e o risco de falhar. Empreendedores tendem a ter uma alta tolerância à ambigüidade e ao aprendizado de como administrar seus próprios riscos e o dos outros. Tratam as falhas de um projeto com uma experiência de aprendizado, e não como uma tragédia pessoal.
Agir arrojadamente sem se limitar pelos recursos disponÃveis:
Empreendedores sociais não permitem que seus limitados recursos os afaste da busca de suas visões. São habilitados a fazer mais com menos e a atrair recursos de terceiros. Usam eficientemente seus escassos recursos e os alavancam através de parcerias e colaboração com os outros. Exploram todas as opções de recursos, da filantropia pura aos métodos comerciais da economia. Eles não são limitados pelas normas do setor social nem por nenhum outro tipo de tradição. Desenvolvem estratégias de uso dos recursos que são comumente para dar apoio e reforçar suas missões sociais. Encaram os riscos de forma calculada e administram as piores fases do trabalho, para reduzir os prejuÃzos que podem surgir de eventuais falhas. Eles entendem a tolerância que seus parceiros têm dos riscos e usam isso para estender o risco para aqueles que estão melhor preparados para aceitá-lo.
Exibir um elevado senso de transparência para com seus parceiros e público e pelos resultados gerados:
Por causa que a disciplina do mercado não retira automaticamente do jogo empreendimentos sociais ineficientes ou ineficazes, os empreendedores sociais realização ações para garantir que estejam criando valor. Isso significa que eles buscam um entendimento real do seu trabalho por parte de todos aqueles públicos a quem sua missão serve. Eles se fazem ter certeza que conhecem corretamente as necessidades e os valores do seu público alvo e das comunidades onde estes estão situados. Em alguns caso isso requer uma conexão muito próxima com tais comunidades. Eles compreendem suas expectativas e os valores de quem neles "apostam", incluindo qualquer um que invista dinheiro, tempo, e/ou conhecimento para ajuda-los. Eles buscam promover reais melhorias para seus beneficiários e suas comunidades, bom como atrair retornos (sociais e/ou financeiros) para aqueles que apostam nas suas missões. Criar uma harmonia entre os valores dos investidores/apostadores e as necessidades da comunidade é um importante pedaço do desafio. Quando possÃvel, os empreendedores sociais criam mecanismos de feedback semelhante aos do mercado, para reforçar sua transparência. Eles avaliam seu progresso em termos de resultados sociais, financeiros e de gestão, e não simplesmente em termos do seu tamanho, produtos gerados ou processos. Eles também usam essas informações para fazer correções de curso de acordo com o necessário.
Os empreendedores sociais têm o papel de agentes de mudanças no setor social, por:
- Adotar uma missão de gerar e manter valor social (não apenas valor privado);
- Reconhecer e buscar implacavelmente novas oportunidades para servir a tal missão;
- Engajar-se num processo de inovação, adaptação e aprendizado contÃnuo;
- Agir arrojadamente sem se limitar pelos recursos disponÃveis; e
- Exibir um elevado senso de transparência para com seus parceiros e público e pelos resultados gerados.
Essa é claramente um definição "idealizada". Os lÃderes do setor social exemplificarão essas caracterÃsticas de diferentes formas e diferentes nÃveis. Quanto mais um pessoa satisfaz todas essas condições, mais esta pessoa se encaixa neste modelo de empreendedor social. Aqueles que forem mais inovadores em seu trabalho e que mais gerarem significantes melhorias sociais naturalmente serão vistos como mais empreendedores. Os verdadeiros empreendedores sociais de Schumpeter irão reformar ou revolucionar significantemente suas indústrias. Cada elemento nesta breve definição merece um pouco mais de elaboração. Vamos considerar cada uma por vez.
Agentes de mudança no setor social: Empreendedores sociais são os reformadores e revolucionários descritos por Schumpeter, mas com uma missão social. Eles realizam mudanças fundamentais na forma como as coisas são feitas no setor social. Suas visões são arrojadas. Eles atacam as causas básicas dos problemas, ao invés de apenas tratar os sintomas. Eles muitas vezes reduzem as necessidades ou invés de apenas identifica-las. Eles buscam criar mudanças sistêmicas e melhorias sustentáveis. Ainda que possam agir localmente, suas ações têm o potencial de estimular melhorias globais nas suas áreas escolhidas de atuação, educação, saúde, desenvolvimento econômico, meio ambiente, arte e cultura ou qualquer outro campo do setor social.
Adotar uma missão de gerar e manter valor social:
Essa é a essência que distingue os empreendedores sociais dos empreendedores de negócios, mesmo os de negócios socialmente responsáveis. Para um empreendedor social, a missão social é fundamental. Esta é uma missão de melhorias sociais que não pode ser diminuÃda para se criar benefÃcios privados (retornos financeiro ou benefÃcios de consumo) para indivÃduos. Gerar lucro, criar riquezas ou servir aos desejos de consumidores pode ser parte do modelo, mas são apenas meios para um fim social, não o fim propriamente dito. O lucro não é a medida da geração de valor; nem a satisfação dos consumidores; o impacto social é a medida. Empreendedores sociais procuram por retornos sociais de longo prazo em seus investimentos. Os empreendedores sociais querem more que um rápido acerto; eles querem melhorias duradouras. Eles pensam sobre como manter o impacto.
Reconhecer e buscar implacavelmente novas oportunidades:
Onde outros vêem problemas, empreendedores vêem oportunidade. Os empreendedores sociais não são guiados simplesmente pela percepção de uma necessidade social ou pela sua compaixão, ao invés disso eles têm uma visão de como alcançar melhorias e são determinados para fazer sua visão funcionar. Eles são persistentes. Os modelos que eles desenvolvem e a abordagem que eles têm podem, e muitas vezes acontece, gerar mudanças, uma vez que os empreendedores aprendem sobre o que pode ou não dar certo. O elemento chave é a persistência combinada com uma disposição de realizar ajustes como parte do objetivo, ao invés de desistirem quando encontram um obstáculo. Empreendedores perguntam, "Como podemos superar este obstáculo? Como podemos fazer isso dar certo?"
Engajar-se num processo de inovação, adaptação e aprendizado contÃnuo:
Empreendedores são inovadores. Eles superam novas motivações, desenvolvem novos modelos e são pioneiros em novas abordagem. Entretanto, como Schumpeter nota, a inovação pode ter várias formas. Ela não requer que se invente algo inteiramente novo, pode simplesmente submeter uma idéia já existente à uma nova forma de realizá-la ou à uma nova situação. Empreendedores não precisam ser inventores. Eles precisam apenas ser criativos naquilo que os outros tenham inventado. Sua inovação pode aparecer na forma como eles organizam seus trabalhos principais ou como reúnem os recursos e os financiamentos necessários. No lado do financiamento, os empreendedores sociais procuram caminhos inovadores para garantir que seus empreendimentos terão acesso aos recursos pelo tempo que estiverem gerando valor social. Essa prontidão para inovar é parte do modus operandi dos empreendedores. Não é apenas uma explosão única de criatividade. É um processo contÃnuo de exploração, aprendizado e melhoria. Claro que com a inovação vem a incerteza e o risco de falhar. Empreendedores tendem a ter uma alta tolerância à ambigüidade e ao aprendizado de como administrar seus próprios riscos e o dos outros. Tratam as falhas de um projeto com uma experiência de aprendizado, e não como uma tragédia pessoal.
Agir arrojadamente sem se limitar pelos recursos disponÃveis:
Empreendedores sociais não permitem que seus limitados recursos os afaste da busca de suas visões. São habilitados a fazer mais com menos e a atrair recursos de terceiros. Usam eficientemente seus escassos recursos e os alavancam através de parcerias e colaboração com os outros. Exploram todas as opções de recursos, da filantropia pura aos métodos comerciais da economia. Eles não são limitados pelas normas do setor social nem por nenhum outro tipo de tradição. Desenvolvem estratégias de uso dos recursos que são comumente para dar apoio e reforçar suas missões sociais. Encaram os riscos de forma calculada e administram as piores fases do trabalho, para reduzir os prejuÃzos que podem surgir de eventuais falhas. Eles entendem a tolerância que seus parceiros têm dos riscos e usam isso para estender o risco para aqueles que estão melhor preparados para aceitá-lo.
Exibir um elevado senso de transparência para com seus parceiros e público e pelos resultados gerados:
Por causa que a disciplina do mercado não retira automaticamente do jogo empreendimentos sociais ineficientes ou ineficazes, os empreendedores sociais realização ações para garantir que estejam criando valor. Isso significa que eles buscam um entendimento real do seu trabalho por parte de todos aqueles públicos a quem sua missão serve. Eles se fazem ter certeza que conhecem corretamente as necessidades e os valores do seu público alvo e das comunidades onde estes estão situados. Em alguns caso isso requer uma conexão muito próxima com tais comunidades. Eles compreendem suas expectativas e os valores de quem neles "apostam", incluindo qualquer um que invista dinheiro, tempo, e/ou conhecimento para ajuda-los. Eles buscam promover reais melhorias para seus beneficiários e suas comunidades, bom como atrair retornos (sociais e/ou financeiros) para aqueles que apostam nas suas missões. Criar uma harmonia entre os valores dos investidores/apostadores e as necessidades da comunidade é um importante pedaço do desafio. Quando possÃvel, os empreendedores sociais criam mecanismos de feedback semelhante aos do mercado, para reforçar sua transparência. Eles avaliam seu progresso em termos de resultados sociais, financeiros e de gestão, e não simplesmente em termos do seu tamanho, produtos gerados ou processos. Eles também usam essas informações para fazer correções de curso de acordo com o necessário.