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Brasil quer aliança entre países na luta internacional contra aids
Por O Estado de São Paulo - LÍGIA FORMENTI   20 de fevereiro de 2002
Segundo o coordenador Paulo Roberto Teixeira, só assim "nossas forças serão
maiores"
O Brasil quer mudar de estratégia na luta internacional para combater a aids. A intenção é formar um bloco de países que reivindique melhores condições de acesso a medicamentos, preservativos, troca de seringas. "A aliança vai nos permitir alterar o contexto mundial de aids", disse ontem o coordenador do Programa Nacional de DST/Aids, Paulo Roberto Teixeira.
O Brasil participa dessa empreitada embalado pela vitória obtida no ano passado. Em 2001, acusado pelos Estados Unidos de ameaçar um acordo sobre patentes, o País recebeu o apoio em peso da comunidade internacional. "Não sei se teríamos sucesso se lutássemos outra vez, sozinhos. Com a aliança, nossas forças serão maiores."
O primeiro passo para a formação desse bloco está sendo dado esta semana, com a realização, em São Paulo, de um encontro de representantes de grandes cidades, onde o número de pacientes portadores de HIV é alto. Os debates começaram ontem, com a exposição das experiências de Cidade do México, Pequim e Nova York. No fim do encontro, amanhã, está prevista a discussão dos termos dessa nova aliança.
Uma das preocupações maiores do bloco, diz Teixeira, é a garantia de acesso aos medicamentos. "No ano passado, com a atitude do Brasil, o preço da matéria-prima para os remédios caiu. Imagine quando tivermos um bloco. É um efeito cascata."
O Brasil, que produz remédios genéricos para a aids, já ofereceu transferir tecnologia para outros países. "Fomos sondados, mas as conversas até agora emperraram porque governos temem represálias comerciais."
Economia - Teixeira anunciou ontem que o País, entre 1997 e 2001, teve uma economia de US$ 1,1 bilhão, com internações de pacientes de aids que deixaram de ser feitas, graças à distribuição de remédios.No mesmo período, com o programa, foram gastos US$ 1,2 bilhão.
"Esses números desmentem as críticas recebidas no início do programa, de que a quantia gasta era muito alta."
A formação de uma política de combate à epidemia nas grandes cidades deve respeitar as particularidades de cada país. Mas, completa, há princípios que podem ser transpostos: a integralidade da assistência, o respeito aos direitos humanos e a ênfase na prevenção.
O Brasil quer mudar de estratégia na luta internacional para combater a aids. A intenção é formar um bloco de países que reivindique melhores condições de acesso a medicamentos, preservativos, troca de seringas. "A aliança vai nos permitir alterar o contexto mundial de aids", disse ontem o coordenador do Programa Nacional de DST/Aids, Paulo Roberto Teixeira.
O Brasil participa dessa empreitada embalado pela vitória obtida no ano passado. Em 2001, acusado pelos Estados Unidos de ameaçar um acordo sobre patentes, o País recebeu o apoio em peso da comunidade internacional. "Não sei se teríamos sucesso se lutássemos outra vez, sozinhos. Com a aliança, nossas forças serão maiores."
O primeiro passo para a formação desse bloco está sendo dado esta semana, com a realização, em São Paulo, de um encontro de representantes de grandes cidades, onde o número de pacientes portadores de HIV é alto. Os debates começaram ontem, com a exposição das experiências de Cidade do México, Pequim e Nova York. No fim do encontro, amanhã, está prevista a discussão dos termos dessa nova aliança.
Uma das preocupações maiores do bloco, diz Teixeira, é a garantia de acesso aos medicamentos. "No ano passado, com a atitude do Brasil, o preço da matéria-prima para os remédios caiu. Imagine quando tivermos um bloco. É um efeito cascata."
O Brasil, que produz remédios genéricos para a aids, já ofereceu transferir tecnologia para outros países. "Fomos sondados, mas as conversas até agora emperraram porque governos temem represálias comerciais."
Economia - Teixeira anunciou ontem que o País, entre 1997 e 2001, teve uma economia de US$ 1,1 bilhão, com internações de pacientes de aids que deixaram de ser feitas, graças à distribuição de remédios.No mesmo período, com o programa, foram gastos US$ 1,2 bilhão.
"Esses números desmentem as críticas recebidas no início do programa, de que a quantia gasta era muito alta."
A formação de uma política de combate à epidemia nas grandes cidades deve respeitar as particularidades de cada país. Mas, completa, há princípios que podem ser transpostos: a integralidade da assistência, o respeito aos direitos humanos e a ênfase na prevenção.