Notícias
Crise econômica é a raiz da violência juvenil na AL
Por Folha Online - Raquel Souza   13 de março de 2002
Equipe GD
As constantes crises econômicas atingem de forma mais intensa a população juvenil. São os jovens que mais sofrem com a falta de credibilidade no futuro, comuns em momentos de crise econômica. "A ausência de planos de vida futura é maior entre esse grupo, já que os adultos, em casos de crise, costumam apostar suas expectativas nos filhos", analisa a socióloga Miriam Abramovay. Essa situação faz com que o jovens fiquem vulneráveis ao desemprego e propensos a agir com violência. Mais que isso: serem vítimas de uma violência que impera hoje na sociedade. Sendo assim, essa questão junto aos jovens não pode ser vista apenas sob a ótica policial, deve ser compreendida de uma maneira mais ampla, acredita uma das autoras do livro, recém lançado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), "Juventude, Violência e Vulnerabilidade Social na América Latina: desafios para políticas públicas".
Entre a população que desfruta de poucas oportunidades econômicas na América Latina, o segmento juvenil é o mais pobre. Nas áreas rurais, por exemplo, o número de jovens do sexo masculino que apenas trabalha e está abaixo da linha de pobreza varia entre 60% e 90% do total de jovens trabalhadores. "É uma porcentagem extremamente alta que ilustra a condição de vulnerabilidade da juventude", comenta a socióloga.
Miriam destaca também que até o ano 2005 a expectativa é de que este segmento populacional ultrapasse os 100 milhões em toda AL. Esse dado, segundo ela, exige dos governantes maior preocupação com as áreas de saúde, lazer e cultura. "É importante dizer que no campo das políticas públicas a preocupação com os jovens é recente. E, os governos costumam vincular a juventude com a infância e a adolescência sem compreender que este segmento tem suas especificidades", diz ela.
Nas crianças, segundo a especialista, a preocupação com o futuro (inserção no mercado de trabalho, constituição de famílias) ainda não faz parte de suas preocupações e elas desfrutam de um tempo maior para chegar a vida adulta com os efeitos da crise já amenizados.
As constantes crises econômicas atingem de forma mais intensa a população juvenil. São os jovens que mais sofrem com a falta de credibilidade no futuro, comuns em momentos de crise econômica. "A ausência de planos de vida futura é maior entre esse grupo, já que os adultos, em casos de crise, costumam apostar suas expectativas nos filhos", analisa a socióloga Miriam Abramovay. Essa situação faz com que o jovens fiquem vulneráveis ao desemprego e propensos a agir com violência. Mais que isso: serem vítimas de uma violência que impera hoje na sociedade. Sendo assim, essa questão junto aos jovens não pode ser vista apenas sob a ótica policial, deve ser compreendida de uma maneira mais ampla, acredita uma das autoras do livro, recém lançado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), "Juventude, Violência e Vulnerabilidade Social na América Latina: desafios para políticas públicas".
Entre a população que desfruta de poucas oportunidades econômicas na América Latina, o segmento juvenil é o mais pobre. Nas áreas rurais, por exemplo, o número de jovens do sexo masculino que apenas trabalha e está abaixo da linha de pobreza varia entre 60% e 90% do total de jovens trabalhadores. "É uma porcentagem extremamente alta que ilustra a condição de vulnerabilidade da juventude", comenta a socióloga.
Miriam destaca também que até o ano 2005 a expectativa é de que este segmento populacional ultrapasse os 100 milhões em toda AL. Esse dado, segundo ela, exige dos governantes maior preocupação com as áreas de saúde, lazer e cultura. "É importante dizer que no campo das políticas públicas a preocupação com os jovens é recente. E, os governos costumam vincular a juventude com a infância e a adolescência sem compreender que este segmento tem suas especificidades", diz ela.
Nas crianças, segundo a especialista, a preocupação com o futuro (inserção no mercado de trabalho, constituição de famílias) ainda não faz parte de suas preocupações e elas desfrutam de um tempo maior para chegar a vida adulta com os efeitos da crise já amenizados.