Gillette incentiva seus funcionários a realizar atividades voluntárias

Sao Paulo - Através de uma pesquisa realizada em julho de 2001, a Gillette do Brasil descobriu que 84% dos seus funcionários estavam interessados em participar de atividades voluntárias. A partir desta constatação, a empresa iniciou a implantação do seu Programa de Voluntariado. O objetivo é gerar entre os funcionários um comportamento socialmente responsável, além de desenvolver as habilidades pessoais e profissionais de cada um. `Ao mesmo tempo em que o funcionário leva para a entidade sem fins lucrativos o conhecimento que adquiriu dentro da empresa, ele também traz para a Gillette as habilidades que adquiriu enquanto realizava o trabalho voluntário, como trabalhar em equipe, ser flexível, e administrar orçamentos limitados e frustrações`, afirma Adriana Garcia, gerente de treinamento e desenvolvimento da Gillette.

Além de descobrir quantas pessoas estavam interessadas em realizar atividades voluntárias, a pesquisa também constatou qual a disponibilidade de tempo, quais áreas de interesse, que tipo de público e em que local os funcionários gostariam de trabalhar como voluntários. O estudo ainda revelou que cerca de 35% dos funcionários já tinham feito algum tipo de trabalho voluntário, mas, na sua maioria, eram atividades esporádicas.

O próximo passo foi a organização de uma palestra sobre o que é ser voluntário. `Neste encontro, discutimos o que é o trabalho voluntário, a sua importância e o comprometimento que ele exige`, conta Adriana. A palestra foi realizada em parceria com o Centro de Voluntariado de São Paulo, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo disseminar a cultura do voluntariado. Presidida por Milú Villela, esta instituição busca esclarecer o que é o voluntariado moderno, mostrando à sociedade os benefícios que um voluntariado organizado, motivado, eficiente e qualificado pode produzir.

O Centro de Voluntariado também está colaborando com a Gillette na seleção de instituições, entre as mais de 400 que fazem parte do seu cadastro, de acordo com os interesses e habilidades dos funcionários da empresa. Após esta fase de identificação entre os interesses dos funcionários e as entidades que precisam de apoio, a empresa vai promover palestras de capacitação mais específicas, abordando o tipo de atividade voluntária que cada grupo de funcionários quer realizar.

Por enquanto, a Gillette decidiu concentrar o trabalho em uma das instituições que a empresa já apóia: a Casa do Menor, entidade que abriga 40 adolescentes carentes e recebe durante o dia outros 250 jovens da região de Santo Amaro, na cidade de São Paulo. A empresa melhorou a estrutura da entidade e reformou a padaria da Casa, que tem capacidade para a produção diária de seis mil pães, consumidos internamente e para a venda ao público externo e outras empresas. A Gillette aposta que a independência financeira da instituição possa ser conquistada com a venda dos pães. Aproximadamente 65 funcionários da empresa se comprometeram a realizar trabalhos voluntários na Casa do Menor.

Esperamos que, em breve, 80% dos funcionários que demonstraram interesse em realizar algum tipo de trabalho voluntário estejam efetivamente desenvolvendo atividades`, afirma Adriana. `Enquanto realiza o trabalho voluntário, o funcionário desenvolve várias habilidades, que mais tarde poderão ser úteis dentro da empresa. Ao mesmo tempo a Gillette melhora sua imagem junto à sociedade`, conclui Adriana.