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Universitários superam analfabetos em programa de combate à pobreza
Cerca de 70% dos inscritos possui até 4 anos de escolarização. De acordo com o Secretário Marcio Pochmann, o fenômeno já era observado anteriormente pelos levantamentos de sua equipe. "É a nova pobreza de São Paulo. Temos um número significativo de jovens entre 21 e 31 anos, brancos, escolarizados", afirma.
O levantamento foi feito a partir das fichas de inscrição no programa social. Para se inscrever era necessário ter renda familiar igual ou inferior à dois salários mínimos e estar desempregado a mais de 8 meses. Apesar do grau de instrução, os inscritos com nível superior estão interessados em ocupar trabalhos temporários como agentes de trânsito, servidores de limpeza ou auxiliares em bibliotecas municipais. A remuneração não ultrapassa um salário mínimo.Pochmann diz que, diante deste quadro, é necessário pensar em novas estratégias de combate à pobreza e ao desemprego. "Não se pode continuar agindo apenas com políticas tradicionais como a capacitação e escolarização", conclui.