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Instituto Brincante ensina cultura popular para professores
Passados onze anos, a casa multicolorida na rua Purpurina, chamada de Espaço Brincante, não comporta mais o número de espectadores que costumam ir às apresentações de Nobrega. Fruto de um trabalho intenso, hoje, cabe aos artistas os grande palcos. Nem por isso, a casa foi desativada. Os ensaios permanecem, há cursos de formação de atores e bailarinos e o casal ainda resolveu se enveredar por um outro caminho: o educativo.
Em dezembro, foi formalizado o Instituto Brincante, que está sob a coordenação de Rosani. A entidade pretende mostrar aos educadores como utilizar os recursos e a linguagem da cultura popular brasileira em seus trabalhos. A iniciativa já teve uma primeira versão experimental que fez sucesso.
"A idéia nasceu de conversas com duas educadoras. Elas afirmavam que seria uma experiência impar para a educação, ter gente capaz de trabalhar com crianças e adolescentes mostrando os benefícios e a importância da cultura popular", afirma Rosani.
Segundo a coordenadora, tratam-se de produções humanas que alimentam a alma. "Não podemos nos preocupar apenas com o alimento do corpo. A educação também deve zelar pelo sensível", acredita.
Com apoio financeiro do Instittuto C&A e o Instituto Alana, as cinco novas turmas foram compostas de 30 educadores cada. As atividades estão divididas em módulos variados por assuntos como músicas, brincadeiras, danças brasileiras, confecção de bonecos, educação e sensibilidade, poesia e romanceiro popular. "É um produto riquíssimo que o Brincante oferece, pois na formação de professores há uma privação desse tipo de conhecimento", lamenta Laís Ribeiro Ávila, consultora do Instituto C&A.
Parte das turmas foram compostas por professores indicados pelas instituições patrocinadoras que também financiam parcialmente a participação de educadores não vinculados a elas. Para estes últimos é preciso pagar uma mensalidade de R$165.
Mais informações podem ser obtidas por e-mail ou no telefone (11) 3816-0575.