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Real Food auxilia na reintegração de presos
Há cerca de 30 anos a Real Food fornece alimentos prontos para presídios e/ou administra o trabalho de suas cozinhas internas. Durante este período, a empresa estreitou suas relações com esse público, passou a ouvi-lo, a convidá-lo a fazer parte do seu quadro de funcionários e ajudá-lo a se reintegrar à sociedade. Hoje, a Real Food conta com seis funcionários egressos trabalhando dentro da empresa e cerca de 50 presos trabalhando em cozinhas internas dentro de presídios.
O envolvimento da empresa com os presos começa depois da seleção, através de concorrência pública, para o fornecimento das refeições para determinado presídio. Uma equipe de nutricionistas vai até a penitenciária para discutir o cardápio com representantes dos presos. "Eles nos ajudam a elaborar a composição das refeições", conta Oliveira. Além de fornecer a alimentação, a Real Food também distribui material esportivo para os presos, como bolas e uniformes. "O ideal seria se todos estivessem trabalhando. Como isso ainda não é possível, o esporte é uma maneira de eles extravasarem um pouco da sua energia", afirma Oliveira.
A lei permite que as pessoas em cumprimento de pena em regime fechado realizem trabalhos internos para empresas privadas. Nas penitenciárias atendidas pela Real Food que possuem cozinha interna, mais de 50% da mão-de-obra é formada por presos. Eles recebem um salário que é depositado mensalmente em uma caderneta de poupança, e poderá ser sacado no momento da saída do presídio. O salário também pode ser utilizado pela família do preso. A cada três dias trabalhados, cada preso abate um dia no total de sua pena.
A Real Food também apóia a Associação Pró-Patronato Público de Santo André/SP (Apropasa), uma associação que busca reabilitar e auxiliar presos recém-saídos da Cadeia Pública da cidade. A entidade é formada por funcionários voluntários da Vara de Execuções Criminais do Município e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santo André. Esses voluntários organizam visitas periódicas de uma psicóloga e uma assistente social ao preso que está quase terminando o cumprimento de sua pena e deve ficar mais poucos meses dentro do presídio. Essas profissionais verificam a experiência profissional do preso e ajudam-no a se recolocar no mercado de trabalho.
"A produtividade das pessoas que saíram do presídio é sensivelmente maior que a dos outros funcionários, pois eles sabem que será difícil conseguir uma nova chance no mercado de trabalho", afirma Oliveira, baseado na experiência da Real Food com seus seis funcionários egressos. A empresa espera dobrar este número até o fim de 2002. "Eles têm um grande comprometimento com a empresa e servem de motivação para os outros funcionários. São capazes de incentivar os colegas, mostrando que já viveram dificuldades muito maiores do que eles eventualmente enfrentam, e que venceram", explica o diretor administrativo.
Oliveira conta que seus clientes ou fornecedores não criticam a iniciativa da empresa em trabalhar com a população carcerária ou egressa dos presídios. "Outras empresas acham interessante a iniciativa da Real Food e acabam simpatizando com a idéia."
Informações mais detalhadas poderão ser obtidas pelo telefone: (11) 4979-5550 ou pelo e-mail: anderson@realfood.com.br
Não deixe de visitar o site: www.realfood.com.br