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PC Solution investe na divulgação da cultura indígena em escolas públicas

Por    28 de março de 2002
Rio de Janeiro - Thini-á é um índio nativo da tribo Fulni-ô, que saiu do interior de Pernambuco com o objetivo de estudar e educar o homem branco sobre a cultura indígena. Desde 1992, ele trabalha no Rio de Janeiro em projetos educacionais voltados para o público infantil e jovem visando divulgar, a partir de um olhar interno, um pouco da cultura da sua tribo e da importância da preservação do meio ambiente. Felizmente, hoje Thini-á não faz mais este trabalho sozinho. Desde o ano passado, ele passou a contar com o apoio da Secretaria Municipal da Educação do Rio de Janeiro e da PC Solution, uma empresa especializada em consultoria em Internet.

Em 2001, a PC Solution lançou o site www.nossastribos.com.br. No endereço, é possível conhecer melhor o projeto "As Culturas Indígenas nas Escolas Públicas", que tem como objetivo levar aos colégios da rede municipal carioca informações sobre a cultura indígena. Através do projeto, Thini-á visitou 12 escolas públicas nas áreas mais carentes do Rio de Janeiro em 2001. "Nossa idéia era unir a Internet ao índio e à natureza. Queremos mostrar que essas coisas podem caminhar juntas, que podemos somar a missão de Thini-á, que é divulgar a sua cultura para garantir o respeito de toda a sociedade, à nossa missão, que é levar tecnologia aos nossos clientes", afirma Romário Marques dos Santos, diretor da PC Solution.

No site, além do calendário completo com as visitas às escolas, estão informações sobre Thini-á e sua tribo; artigos; pequenas reportagens que registram as visitas com textos e fotos; desenhos e depoimentos das crianças que já participaram do projeto. "Que legal, lá não tem dinheiro", foi o comentário de Rafael, de 12 anos, depois da apresentação do índio. "Minha mãe não vai acreditar que eu vi um índio", disse Flaviane, de 14 anos. "Tem muita coisa sobre os índios nos livros que são falsas. Os professores e diretores poderiam nos ensinar algumas coisas, como pesquisar sobre as tradições dos índios e outras curiosidades", comentou Hellen, de 13 anos.

O calendário das visitas às escolas é organizado pela Secretaria Municipal de Educação. Antes da chegada de Thini-á os professores são orientados sobre o projeto. A apresentação do índio dura aproximadamente duas horas. Ele utiliza as roupas e pinturas próprias de sua tribo, mostrando suas danças, tradições e costumes, além de falar sobre questões relacionadas ao meio ambiente, demarcação das terras indígenas e medicina natural. A apresentação é adaptada para cada faixa etária e as crianças podem participar fazendo perguntas e interagindo com Thini-á.

"Depois de terem contato com um índio de verdade, as crianças ficam muito envolvidas com a questão indígena e da ecologia", conta o diretor da PC Solution. O projeto "As Culturas Indígenas nas Escolas Públicas" deve continuar em 2002. Além da apresentação nas escolas, a idéia é que Thini-á também faça visitas a espaços culturais do Rio de Janeiro.

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