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Associação Paulista de Medicina promove caminhada no Dia Mundial da Saúde

Por    5 de abril de 2002
São Paulo - A Associação Paulista de Medicina (APM) inicia sua participação no Agita Mundo, no próximo dia 7 de abril, no Parque do Ibirapuera, com uma caminhada rumo ao Parque do Ibirapuera. O grupo sairá do Hospital São Paulo, na Vila Clementino, onde os participantes receberão suas camisetas “AGITA MUNDO”. De lá segue para o Parque do Ibirapuera, onde um grupo de médicos e alunos das áreas de Medicina e Fisioterapia estarão tirando dúvidas, passando informações e distribuindo material informativo sobre a importância da prática de atividade física, para crianças e seus pais.

A intenção é chamar a atenção para a necessidade de conscientizar tanto as crianças como seus familiares para o fato de que a atividade física é a melhor forma de prevenção de dores musculoesqueléticas, da obesidade e de diversas doenças decorrentes do sedentarismo.

Estudo sobre a dor crônica
Também no dia 7, um questionário será entregue aos visitantes da barraca para dar início a um importante estudo sobre o tema.

O questionário faz parte de uma pesquisa com crianças entre 10 e 17 anos de diferentes classes sociais que levanta o grau de incidência existente na relação entre sedentarismo em jovens e crianças e as dores musculoesqueléticas.

A pesquisa é coordenada pelo Prof. Dr. Sergio Nicoletti, Diretor do Departamento de Serviços Gerais da Associação Paulista de Medicina (APM) e professor adjunto do departamento de Ortopedia e Traumatologia da UNIFESP. Com o apoio da APM, Unifesp, Universidade de Mogi das Cruzes e do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), vem mapeando os principais fatores de risco para o aparecimento da dor crônica inespecífica e quais as atitudes tomadas pela família e pelos jovens para seu combate.

Dor musculooesquelética
A dor musculoesquelética é um dos mais importantes problemas de saúde pública enfrentado pelos países ocidentais. Os custos relacionados com aspectos médicos e sociais têm crescido incessantemente nas últimas décadas e atingem atualmente cifras da ordem de bilhões de dólares em vários países.

Assumindo proporções epidêmicas, a dor musculoesquelética tem sido muito estudada em adultos, geralmente relacionada a doenças como o câncer ou a situações de trabalho. Apesar do grande esforço de pesquisa empreendido nos últimos anos, pouco se avançou no que diz respeito ao conhecimento dos mecanismos que desencadeiam dores musculoesqueléticas que não apresentam causas estruturalmente localizadas em lesões teciduais. Não se avançou suficientemente, também, no que diz respeito ao conhecimento dos fatores que contribuem para que algumas pessoas se tornem funcionalmente incapacitadas, enquanto outras, vivendo nos mesmos ambientes de trabalho, se tornam incapacitados.

Dentre as principais incógnitas relacionadas à dor, médicos procuram fatos que respondam se as reações individuais frente à percepção de dor ocasionada pelo trabalho estão mais fortemente associadas a fatores ambientais, como a carga de trabalho e a dificuldade de realizar tarefas complexas ou se são mais intensamente influenciadas por fatores pessoais como características físicas, atitudes e padrão de enfrentamento de dificuldades.

A dor em crianças
O estudo da dor em crianças apresenta muitos aspectos importantes. Em primeiro lugar, a literatura internacional tem mostrado que a prevalência de dor em crianças ativas, que estudam, passeiam, quase não tomam remédios e quase não vão ao médico é muito alta. No Brasil, no entanto, poucos trabalhos objetivam estudar a dor entre as crianças, e dentre os que existem, raros foram desenhados para avaliar a percepção de dor em crianças que não apresentam doenças graves.

No entanto, o estudo da dor em crianças normais é extremamente importante, não apenas para aliviar a carga de sofrimento causada pela sensação de dor, mas também pelo potencial que a análise de crianças tem para aumentar a nossa compreensão sobre os processos dolorosos que acometem os adultos.

Caminhada APM - Agita Mundo
Data: 7 de abril
Horário: 7h45
Concentração: em frente ao estacionamento do Pronto Socorro do Hospital São Paulo
Endereço: rua Pedro Toledo, 697 - Vila Clementino - São Paulo

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