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ONG cobra plano diretor da Av. Paralela
Por A Tarde - José Araújo Neto   16 de abril de 2002
No próximo dia 30, o Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) liderará um
protesto em frente à Prefeitura Municipal pedindo a implementação do Plano
Diretor de Desenvolvimento da Avenida Paralela, que vem sendo devastada por
dezenas de empreendimentos comerciais e habitacionais, nos últimos tempos.
Esta é mais uma luta encampada pelo Gambá, que ontem comemorou 20 anos de
luta na defesa da fauna e flora brasileira. O evento aconteceu no anfiteatro
do Parque da Cidade, onde compareceram membros de ONGs, músicos e solidários
com a causa ecológica.
Um dos coordenadores executivos do Gambá, Renato Cunha, disse que a luta em defesa da mata atlântica é a nível nacional e a Avenida Paralela, como um dos pontos de remanescente desta biodiversidade, encravada na área urbana de Salvador, é um exemplo prático. Atualmente, segundo Renato, há dezenas de investimentos que estão devastando parte da reserva natural daquela importante avenida de ligação entre o centro e o litoral norte, como o megaempreendimento habitacional Alphaville, academias esportivas, escolas e projetos dos quais ainda não se sabe a natureza.
"A nossa preocupação com o que vem acontecendo na Paralela é muito grande e poderia ser menor caso um plano diretor atual fosse regulamentado, porque o que está em vigor, de 1984, permite qualquer intervenção comercial naquela área", disse Renato, lembrando que os pontos mais importantes e a serem esclarecidos seriam: quem são os donos dos terrenos que compõem a avenida e quais os projetos que estão sendo analisados. "Não adianta muita coisa a gente descobrir algo que já foi aprovado pela prefeitura e órgãos estaduais, mas se antecipar ao assunto", comentou, reforçando a importância do protesto do final deste mês, na Praça Municipal.
Histórico pragmático
O Gambá, na realidade, surgiu do bate-papo apaixonado de alguns sonhadores, que desejavam rever as relações entre os seres humanos e a natureza. Era começo dos anos 80 e chegava ao fim a fase da ditadura militar, marcada pelo fim das liberdades políticas, quando as pessoas eram proibidas de se organizarem em associações e sindicatos. Muitas tinham sido duramente reprimidas por serem contra o regime de exceção e encontraram na militância pela preservação da natureza um novo ânimo e uma nova disposição de luta por mudanças na sociedade.
Para Renato, ao longo destes anos, o Gambá além de participar e promover diversas campanhas em defesa do meio ambiente serviu para chamar a atenção da sociedade baiana para a riqueza do seu patrimônio natural e o esgotamento de recursos como a água, a mata atlântica e seus ecossistemas associados como dunas e lagoas e manguezais e os graves problemas causados pela poluição industrial, pela exploração de urânio e suas conseqüências. "Poderia dizer que muitas coisas melhoraram, porque a relação das pessoas com a natureza vem se modificando, mas assim como antes a depredação continua e é preciso continuar a luta", avaliou.
Ontem, no Parque da Cidade, foram comemorados os 20 anos do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), com apresentações musicais e circenses, além de um café da manhã para 200 pessoas.
Um dos coordenadores executivos do Gambá, Renato Cunha, disse que a luta em defesa da mata atlântica é a nível nacional e a Avenida Paralela, como um dos pontos de remanescente desta biodiversidade, encravada na área urbana de Salvador, é um exemplo prático. Atualmente, segundo Renato, há dezenas de investimentos que estão devastando parte da reserva natural daquela importante avenida de ligação entre o centro e o litoral norte, como o megaempreendimento habitacional Alphaville, academias esportivas, escolas e projetos dos quais ainda não se sabe a natureza.
"A nossa preocupação com o que vem acontecendo na Paralela é muito grande e poderia ser menor caso um plano diretor atual fosse regulamentado, porque o que está em vigor, de 1984, permite qualquer intervenção comercial naquela área", disse Renato, lembrando que os pontos mais importantes e a serem esclarecidos seriam: quem são os donos dos terrenos que compõem a avenida e quais os projetos que estão sendo analisados. "Não adianta muita coisa a gente descobrir algo que já foi aprovado pela prefeitura e órgãos estaduais, mas se antecipar ao assunto", comentou, reforçando a importância do protesto do final deste mês, na Praça Municipal.
Histórico pragmático
O Gambá, na realidade, surgiu do bate-papo apaixonado de alguns sonhadores, que desejavam rever as relações entre os seres humanos e a natureza. Era começo dos anos 80 e chegava ao fim a fase da ditadura militar, marcada pelo fim das liberdades políticas, quando as pessoas eram proibidas de se organizarem em associações e sindicatos. Muitas tinham sido duramente reprimidas por serem contra o regime de exceção e encontraram na militância pela preservação da natureza um novo ânimo e uma nova disposição de luta por mudanças na sociedade.
Para Renato, ao longo destes anos, o Gambá além de participar e promover diversas campanhas em defesa do meio ambiente serviu para chamar a atenção da sociedade baiana para a riqueza do seu patrimônio natural e o esgotamento de recursos como a água, a mata atlântica e seus ecossistemas associados como dunas e lagoas e manguezais e os graves problemas causados pela poluição industrial, pela exploração de urânio e suas conseqüências. "Poderia dizer que muitas coisas melhoraram, porque a relação das pessoas com a natureza vem se modificando, mas assim como antes a depredação continua e é preciso continuar a luta", avaliou.
Ontem, no Parque da Cidade, foram comemorados os 20 anos do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), com apresentações musicais e circenses, além de um café da manhã para 200 pessoas.