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Empresas debatem necessidade de investir no social
Uma oportunidade para conhecer as práticas e as políticas das empresas que investem na área social e, acima de tudo, um instrumento que irá ajudar na difusão da importância do terceiro setor. Estes, segundo opinam alguns participantes do evento, são os dois principais aspectos do II Congresso Nacional Sobre Investimento Social Privado, que se realizará em Fortaleza de 24 a 26 de abril, promovido pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) e Fundação Demócrito Rocha.
"É da maior importância para o Ceará trazer para cá esta discussão sobre o investimento social privado porque vai ajudar muito na divulgação deste conceito de atuação das empresas." A avaliação é da gerente-executiva do Instituto CDL de Cultura e Responsabilidade Social, Tereza Tavares. O instituto foi fundado em abril de 2000 e surgiu da necessidade da própria Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) atuar como elemento de difusão, junto aos comerciantes, dos conceitos e práticas de ações que promovam melhorias para as comunidades, segundo Tereza.
Uma destas iniciativas é o projeto Troquinho Solidário, que envolve todos os três mil comerciantes associados à CDL. O dinheiro arrecadado com os cinco mil cofrinhos espalhados nos estabelecimentos comerciais vão para seis entidades - Apae, Associção Peter Pan, Associação dos Voluntários do Hospital São José, Iprede, Lar Torres de Melo e Cada do Menino Jesus.
Na opinião da gerente-executiva do instituto, o encontro é o momento oportuno para conhecer novos modelos, diretrizes e práticas que estão sendo implementadas pelas empresas. Uma oportunidade que não surge com muita freqüência, segundo Tereza. "É sempre muito difícil para as entidades participarem dos eventos do setor, que sempre acontecem fora do Estado. Como este vai ser aqui, estamos conclamando todas as empresas associadas ao CDL para participarem."
O II Congresso Nacional Sobre Investimento Social Privado, que se realizará no Hotel Vila Galé, deve reunir 400 participantes, contingente de pessoas que irá propiciar um retrato atualizado do cenário nacional, na opinião de Maria Leinad Carbogim, da Fundação Brasil Cidadão. "Todas as entidades vão estar em busca de informações e troca de experiências."
Para ela, o conceito de investimento social privado no Estado ainda precisa ser mais divulgado porque "existe grande parcela de empresas que já foi sensibilizada, mas ainda há um longo caminho a percorrer, principalmente no Ceará." Leinad entende que o encontro será uma boa oportunidade para abrir a cabeça das pessoas, no sentido de se promover a responsabilidade social como instrumento que ajuda a evitar crises sociais.
As inscrições para o II Encontro Nacional Sobre Investimento Social Privado custam R$ 1.100. Para incentivar a participação dos mais variados setores da economia, os funcionários das empresas associadas à CDL e às federações do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faec) e da Indústria (Fiec) pagarão R$ 780.