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Cigarro é a principal causa de câncer de pulmão
Em São Paulo, o médico oncologista Hakaru Tadokoro vem atuando por meio da Oncoterapia, clínica especializada no tratamento do câncer, no sentido de conscientizar e tratar os males do fumo, como o câncer de pulmão, que mata 50 mil pessoas por ano no País. Abaixo, segue release sobre o assunto "Cigarro é a principal causa de câncer de pulmão", que fala sobre os sintomas, perspectivas de cura e tratamento e até traz um pouco sobre o surgimento e consolidação do tabaco como consumo no Brasil e no mundo.
O câncer de pulmão é um tumor agressivo, com capacidade muito grande de invasão de órgãos vizinhos fundamentais para a saúde (como artérias, nervos, veias, pericárdio e esôfago) disseminando-se para o restante do corpo. Sozinha, esta doença é responsável por 7% das mortes no mundo e 30% das provocadas por câncer, o que representa um valor estimado médio de 50 mil mortes por ano no Brasil.
O médico Tadokoro adverte que este tipo é o mais comum entre fumantes. A maioria dos pacientes com câncer de pulmão no Brasil chega tarde ao médico especialista. Os primeiros sintomas e sinais são tosse, sibilos, ronco, dor no tórax, escarros com sangue, falta de ar, e ronquidão, comprometendo o nervo frênito (que move as cordas vocais) , conferindo o diagnósticos de pneumonia e tuberculose.
As possibilidades de tratamento e cura dependem do nível de desenvolvimento em que a doença se encontra: quanto menor estiver o tumor e antes diagnosticado, maiores são as chances de cura. “Há vários tipos de tratamento, como a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e a terapia biomolecular. A cirurgia e a radioterapia consistem nas formas locais de tratamento da doença. Enquanto a cirurgia é usada para a retirada dos tumores, a radioterapia mata a célula maligna pelo efeito da irradiação, podendo também atingir outros tecidos e provocar o aparecimento de dermatite no paciente. Já a quimioterapia, tratamento à base de drogas, impede a reprodução celular e conseqüentemente leva as células malignas à morte. Mas atua também sobre as células normais, causando efeitos colaterais temporários, como queda de cabelo, vômito e diarréia. Hoje, podemos tratar com drogas que inibem o crescimento e a multiplicação das células tumorais, como bloqueadores da tirasino quinase”, informa Takodoro.
Independentemente do tipo celular de tumor o tabagismo é o principal fator de risco do câncer pulmonar, responsável por 80% dos casos de câncer pulmonar, assim como 90% das mortes decorrentes, 85% das doenças pulmonares crônicas, 25% dos problemas cardíacos e 25% dos distúrbios vasculares cerebrais. O oncologista ainda lembra que "as outras causas do câncer de pulmão podem ser contato com agentes químicos (como o arsênico, asbestos, berílio, cromo, radônio, níquel, cádmio e cloreto de vinila encontrados no ambiente ocupacional), baixo consumo de frutas e verduras e também predisposição genética”.
Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, o aumento do consumo do tabaco está colaborando com o rápido crescimento da incidência do câncer de pulmão, principalmente entre as mulheres, que adquiriram o hábito de fumar a partir dos anos 60, devido à ampla divulgação do produto. O número de casos de câncer de pulmão em mulheres, trinta anos depois, superou a incidência de câncer de mama.
O tabaco Cientificamente chamado de Nicotiana Tabacum, o tabaco surgiu em 1.000 a.C nos grupos indígenas da América Central, disseminando-se pela Europa a partir do século XVI. Mas foi só no final do século XIX que iniciou sua industrialização sob a forma de cigarro. Seu uso espalhou-se de forma epidêmica por todo o mundo a partir de meados do século XX. Os resultados desta nova moda só seriam comprovados na década de 1960, com a divulgação dos primeiros relatórios médicos que relacionavam o cigarro ao adoecimento do usuário e também do fumante passivo. Fumar, a partir de então, passou a ser visto como dependência química.
Hakaru expõe que o tabaco reduz a liberação de oxigênio e nutrientes para os órgãos do corpo, aumentando a incidência de doenças cardíacas e respiratórias, além de facilitar o nascimento prematuro de bebês e do desenvolvimento de câncer de boca e possibilidade de se contrair infecções por vírus e bactérias. “A fumaça do cigarro libera 4,7 mil substâncias químicas diferentes, das quais 60 causam algum tipo de câncer. Quando uma pessoa fuma, ela libera milhões de partículas de fuligem que são depositadas em todo trajeto que percorrem pelo corpo. A fumaça absorvida pela mucosa brônquica passa rapidamente para o sangue, alcançando todo o corpo em menos de um minuto. A nicotina chega atingir até o útero da gestante que fuma”, acrescenta.
Os prejuízos do uso do tabaco não se limitam apenas a quem fuma. Geralmente, nas casas em que há um fumante as crianças possuem maior propensão a sofrer de bronquite e as chances de um fumante passivo ter sua saúde prejudicada aumentam 250%.
Existem inúmeros tipos de câncer, como o de pele, pulmão, mama, fígado, estômago, rim, ovário, cérebro, próstata, pâncreas e ossos, dos quais 90% deles são curáveis se diagnosticados precocemente e tratados de maneira correta. “A maioria dos fatores de risco de se ter câncer são previsíveis e relacionados ao estilo e qualidade de vida: hábitos como fumar, praticar atividades físicas, qualidade da alimentação e fatores ambientais. O fumo, já citado, incrementa as chances de câncer no pulmão, esôfago , cabeça e pescoço. Quando a pessoa ingere muito álcool são grandes as possibilidades do desenvolvimento de câncer de estômago, bexiga, pâncreas e rim, enquanto a exposição solar aumenta o risco de câncer de pele e o excesso de alimentos gordurosos favorece o tumor de intestino. Além disso, não podemos esquecer da propensão genética de cada um”, comenta o oncologista.