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Programa de geração de renda para mulheres chefes de família

Por    12 de maio de 2002
São Paulo - A Fundação Telefônica mantém, desde janeiro deste ano, um Programa de Geração de Renda para mães que são chefes de família, com base em estudos indicando que mulheres, via de regra, quando conseguem melhorar de situação financeira, imediatamente direcionam os benefícios dessa mudança para a qualidade de vida dos filhos, ou seja, tendem a tirar os filhos do mercado de trabalho e mandá-los para a escola.

Com base nos dados do IBGE, que revelam que 25% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres, a Fundação Telefônica concluiu que uma boa forma de melhorar a situação das crianças, fazendo com que voltassem às salas de aula, era estimular o aumento de renda das chefes de família de baixa renda.

São três projetos específicos tocados pela Fundação: um em São Paulo, um em Salvador e outro no Rio de Janeiro. Em São Paulo, quem toca o projeto, chamado Comércio Justo, é Lizete Prata, ex-diretora da Fundabrinq e coordenadora da ONG Mundaréu. Ele consiste em identificar 12 cooperativas de mulheres, aprimorar os trabalhos (capacitação técnica e de gestão), abrir um site (catálogo de vendas) e uma loja na vila Madalena, em maio. A Fundação entra com o patrocínio e a Mundaréu cuida do resto.

Uma das cooperativas já "adotadas" dentro do Programa é uma de costureiras no Jardim Ângela, já recebendo capacitação há três meses. Lá, as chefes de família estão aprendendo noções de melhoria técnica dos produtos (ligados a cama, mesa e banho) e treinamento para gerenciamento da cooperativa (o que fazer com o dinheiro recebido, como reinvestir, maximização de uso de matérias-primas, etc.). Alguns resultados já são observados, entre eles, um maior entendimento de gestão da cooperativa, como fazer produtos de acordo com as tendências da moda (noções de demanda) e também como melhorar o tratamento de seus filhos e agregados.

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