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Um banco também da Educação
Por Jornal do Commercio - Cláudio de Souza   15 de maio de 2002
Bradesco gastará este ano R$ 120 milhões em escolas com 105 mil alunos
A Fundação Bradesco concluirá a instalação da 39a unidade educacional neste ano e passará a ter presença em todos os Estados do País, além do Distrito Federal. A nova unidade será na cidade de Boa Vista, em Roraima. O orçamento da instituição para o atual exercício é de R$ 120 milhões, aproximadamente 7% superior ao do ano anterior.
Em 2001, foram atendidos pelas escolas da fundação 103 mil alunos. Com a construção da nova unidade, que terá capacidade para de 2 mil alunos e onde serão investidos um total de R$ 6 milhões, 105 mil alunos passaram a ser atendidos, desde o ensino fundamental - para crianças a partir de cinco anos - até o nível médio e cursos profissionalizantes para adultos.
A Fundação Bradesco foi criada em 1956 com a finalidade de proporcionar educação e cidadania aos funcionários e seus filhos, além das comunidades carentes onde a empresa atuava. Entretanto, hoje, o principal público da instituição são alunos carentes, que no ano passado representaram 91,08% do total atendido pela fundação. Os filhos de funcionários e empregados da Organização Bradesco representaram 8,92%.
De acordo com o diretor da Fundação Bradesco, João Cariello de Moraes Filho, a renda média das famílias dos alunos das unidades educacionais da instituição é de aproximadamente dois salários mínimos. "A seleção dos alunos privilegia os mais carentes e os que moram mais perto das escolas", explica Moraes Filho.
Segundo o Bradesco, a fundação mantém a mais extensa rede privada de ensino gratuito do País, neste momento com 38 unidades educacionais funcionando em 25 dos 26 Estados. Nos cursos regulares, os alunos ainda recebem assistência médica e odontológica, alimentação, uniforme e material didático.
A escolha dos locais onde serão construídas as escolas, segundo Cariello, é feita a partir da identificação das regiões onde há maiores carências assistenciais e educacionais. "Utilizamos também os dados do Ministério da Educação para identificar as áreas mais carentes", conta o diretor da Fundação Bradesco.
Profissionalizantes
Moraes Filho acrescenta, que pelo fluxo de migração em direção às capitais dos Estados, é nas periferias destas cidades que se concentra a maioria das escolas. O executivo ressalta que as atividades, cursos profissionalizantes e o perfil de cada unidade educacional são voltados especificamente para as realidades regionais.
Um dos exemplos, de acordo com Moraes Filho, são as duas escolas-fazenda da fundação que funcionam em regime de internato. Nas unidades de Canuanã, em Formoso do Araguaia, em Tocantins, e de Bodoquena, em Miranda, no Mato Grosso do Sul, além da formação de níveis fundamental e médio, os alunos frequentam cursos técnicos de agropecuária. A primeira atende a 1.405 alunos e a segunda, a 1.183.
O diretor da fundação acrescenta ainda que na de Canuanã é oferecido ainda o curso de formação de professores para o Nível 1 do ensino fundamental (antigo Normal), porque que há uma carência muito grande desses profissionais na localidade. "Os alunos saem da escola e são imediatamente contratados pelas prefeituras da região, que necessitam muito de professores", conta.
Em outras unidades, onde a vocação regional é para a tecnologia e o setor de serviços, os ensino profissionalizante é voltado para a área de informática e administração de empresas. Segundo Moraes Filho, na unidades de Gravataí, no Rio Grande do Sul, e de Manaus, no Amazonas, por exemplo, os alunos recebem cursos técnicos de eletrônica e de gestão de negócios.
Os professores das unidades educacionais da fundação são contratados na própria região da unidade escolar, segundo Moraes Filho, mas recebem formação global na instituição. O executivo conta que os profissionais fazem cursos em São Paulo ou então são realizados treinamentos nas próprias unidades em que trabalham com profissionais de outros Estados.
As tecnologias de ensino à distância também são muito utilizadas para o treinamento e aperfeiçoamento dos professores. Segundo Moraes Filho, todas as escolas do grupo são informatizadas e os alunos aprendem computação e Internet.
O diretor ressalta que a fundação também está realizando convênios com prefeituras de diversas cidades para o treinamento de professores da rede municipal de ensino, principalmente na área de informática. O grande desafio não é mais colocar computadores nas escolas. Agora, é preciso ter professores capacitados para ensinar a informática aos alunos", acrescenta.
Segundo Moraes Filho, no Estado de São Paulo, já foram realizados convênios com as prefeituras de Marília, Osasco e da capital, onde mais de 100 professores já foram treinados. "Sempre tentamos criar a figura do agente multiplicador", comenta.
O diretor da Fundação Bradesco, João Cariello de Moraes Filho, conta que a instituição busca abranger toda a comunidade ao redor das unidades educacionais, a partir de cursos noturnos também para os pais de alunos. Esses cursos vão desde ensino fundamental e alfabetização até o nível médio e cursos técnicos.
Turnos para adultos
Para os adultos, normalmente, são oferecidos horários noturnos, já que a maioria trabalha e as salas de aula são ocupadas pelas crianças e adolescente durante o dia. "Queremos que nenhum pai de aluno seja analfabeto", acrescenta.
Moraes Filho afirma que as diretoras das unidades educacionais têm autonomia para escolher quais cursos a escola deverá oferecer de acordo com as necessidades regionais, e recebem uma verba destinada a cursos especiais.
Muitos alunos de cursos técnicos e profissionalizantes da fundação são encaminhados para estágios no próprio banco Bradesco ou em outras empresas. Segundo Moraes Filho, como a oferta de vagas é muito limitada dentro do banco ou em empresas do grupo, é muito comum a fundação realizar convênios com outras companhias para que os jovens possam realizar estágios e receberem um encaminhamento profissional.
Moraes Filho, lembra também que foram realizados convênios com empresas de tecnologia internacionais fornecedoras do banco Bradesco para a criação de software voltados para as escolas. Um deles, segundo Moraes Filho, é o programa de treinamento em informática para deficientes visuais, que foi desenvolvido pela empresa americana Micro Power.
Outra atividade que a fundação está começando a realizar é a aplicação e certificação dos alunos de telecursos. Segundo Moraes filho, neste ano a fundação aplicou as primeiras provas a detentos que tinham concluído cursos de ensino à distância e ganharam a certificação.
Há dois anos, a Organização Bradesco também começou a implementar um programa de melhoria dos padrões de contribuição social das empresas fornecedoras. Gradativamente, o grupo vai exigindo que os cerca de 3.500 fornecedores comecem a utilizar os mesmos de benefícios sociais que a Organização mantém.
A Fundação Bradesco concluirá a instalação da 39a unidade educacional neste ano e passará a ter presença em todos os Estados do País, além do Distrito Federal. A nova unidade será na cidade de Boa Vista, em Roraima. O orçamento da instituição para o atual exercício é de R$ 120 milhões, aproximadamente 7% superior ao do ano anterior.
Em 2001, foram atendidos pelas escolas da fundação 103 mil alunos. Com a construção da nova unidade, que terá capacidade para de 2 mil alunos e onde serão investidos um total de R$ 6 milhões, 105 mil alunos passaram a ser atendidos, desde o ensino fundamental - para crianças a partir de cinco anos - até o nível médio e cursos profissionalizantes para adultos.
A Fundação Bradesco foi criada em 1956 com a finalidade de proporcionar educação e cidadania aos funcionários e seus filhos, além das comunidades carentes onde a empresa atuava. Entretanto, hoje, o principal público da instituição são alunos carentes, que no ano passado representaram 91,08% do total atendido pela fundação. Os filhos de funcionários e empregados da Organização Bradesco representaram 8,92%.
De acordo com o diretor da Fundação Bradesco, João Cariello de Moraes Filho, a renda média das famílias dos alunos das unidades educacionais da instituição é de aproximadamente dois salários mínimos. "A seleção dos alunos privilegia os mais carentes e os que moram mais perto das escolas", explica Moraes Filho.
Segundo o Bradesco, a fundação mantém a mais extensa rede privada de ensino gratuito do País, neste momento com 38 unidades educacionais funcionando em 25 dos 26 Estados. Nos cursos regulares, os alunos ainda recebem assistência médica e odontológica, alimentação, uniforme e material didático.
A escolha dos locais onde serão construídas as escolas, segundo Cariello, é feita a partir da identificação das regiões onde há maiores carências assistenciais e educacionais. "Utilizamos também os dados do Ministério da Educação para identificar as áreas mais carentes", conta o diretor da Fundação Bradesco.
Profissionalizantes
Moraes Filho acrescenta, que pelo fluxo de migração em direção às capitais dos Estados, é nas periferias destas cidades que se concentra a maioria das escolas. O executivo ressalta que as atividades, cursos profissionalizantes e o perfil de cada unidade educacional são voltados especificamente para as realidades regionais.
Um dos exemplos, de acordo com Moraes Filho, são as duas escolas-fazenda da fundação que funcionam em regime de internato. Nas unidades de Canuanã, em Formoso do Araguaia, em Tocantins, e de Bodoquena, em Miranda, no Mato Grosso do Sul, além da formação de níveis fundamental e médio, os alunos frequentam cursos técnicos de agropecuária. A primeira atende a 1.405 alunos e a segunda, a 1.183.
O diretor da fundação acrescenta ainda que na de Canuanã é oferecido ainda o curso de formação de professores para o Nível 1 do ensino fundamental (antigo Normal), porque que há uma carência muito grande desses profissionais na localidade. "Os alunos saem da escola e são imediatamente contratados pelas prefeituras da região, que necessitam muito de professores", conta.
Em outras unidades, onde a vocação regional é para a tecnologia e o setor de serviços, os ensino profissionalizante é voltado para a área de informática e administração de empresas. Segundo Moraes Filho, na unidades de Gravataí, no Rio Grande do Sul, e de Manaus, no Amazonas, por exemplo, os alunos recebem cursos técnicos de eletrônica e de gestão de negócios.
Os professores das unidades educacionais da fundação são contratados na própria região da unidade escolar, segundo Moraes Filho, mas recebem formação global na instituição. O executivo conta que os profissionais fazem cursos em São Paulo ou então são realizados treinamentos nas próprias unidades em que trabalham com profissionais de outros Estados.
As tecnologias de ensino à distância também são muito utilizadas para o treinamento e aperfeiçoamento dos professores. Segundo Moraes Filho, todas as escolas do grupo são informatizadas e os alunos aprendem computação e Internet.
O diretor ressalta que a fundação também está realizando convênios com prefeituras de diversas cidades para o treinamento de professores da rede municipal de ensino, principalmente na área de informática. O grande desafio não é mais colocar computadores nas escolas. Agora, é preciso ter professores capacitados para ensinar a informática aos alunos", acrescenta.
Segundo Moraes Filho, no Estado de São Paulo, já foram realizados convênios com as prefeituras de Marília, Osasco e da capital, onde mais de 100 professores já foram treinados. "Sempre tentamos criar a figura do agente multiplicador", comenta.
O diretor da Fundação Bradesco, João Cariello de Moraes Filho, conta que a instituição busca abranger toda a comunidade ao redor das unidades educacionais, a partir de cursos noturnos também para os pais de alunos. Esses cursos vão desde ensino fundamental e alfabetização até o nível médio e cursos técnicos.
Turnos para adultos
Para os adultos, normalmente, são oferecidos horários noturnos, já que a maioria trabalha e as salas de aula são ocupadas pelas crianças e adolescente durante o dia. "Queremos que nenhum pai de aluno seja analfabeto", acrescenta.
Moraes Filho afirma que as diretoras das unidades educacionais têm autonomia para escolher quais cursos a escola deverá oferecer de acordo com as necessidades regionais, e recebem uma verba destinada a cursos especiais.
Muitos alunos de cursos técnicos e profissionalizantes da fundação são encaminhados para estágios no próprio banco Bradesco ou em outras empresas. Segundo Moraes Filho, como a oferta de vagas é muito limitada dentro do banco ou em empresas do grupo, é muito comum a fundação realizar convênios com outras companhias para que os jovens possam realizar estágios e receberem um encaminhamento profissional.
Moraes Filho, lembra também que foram realizados convênios com empresas de tecnologia internacionais fornecedoras do banco Bradesco para a criação de software voltados para as escolas. Um deles, segundo Moraes Filho, é o programa de treinamento em informática para deficientes visuais, que foi desenvolvido pela empresa americana Micro Power.
Outra atividade que a fundação está começando a realizar é a aplicação e certificação dos alunos de telecursos. Segundo Moraes filho, neste ano a fundação aplicou as primeiras provas a detentos que tinham concluído cursos de ensino à distância e ganharam a certificação.
Há dois anos, a Organização Bradesco também começou a implementar um programa de melhoria dos padrões de contribuição social das empresas fornecedoras. Gradativamente, o grupo vai exigindo que os cerca de 3.500 fornecedores comecem a utilizar os mesmos de benefícios sociais que a Organização mantém.