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O papel das empresas no combate ao racismo
Por Instituto Ethos    7 de junho de 2002
`O preconceito no Brasil é social e não racista`. Essa afirmação, segundo
Sueli Carneiro, diretora executiva do Geledés Instituto da Mulher Negra,
esconde uma realidade que a maioria das pessoas e empresas preferem não
admitir: a de que o Brasil é um país que discrimina a sua população negra.
De acordo com Sueli, a primeira atitude para combater a discriminação é admitir que ela existe. `Acredito que ocorre no Brasil o pior tipo de racismo, pois é velado de uma falsa democracia racial, onde as diferenças não são valorizadas, mas sim usadas como forma de exclusão`, afirmou.
Segundo ela, recentes pesquisas feitas por entidades como o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), mostram que a população negra brasileira fica sujeita a formas crueis de discriminação. `Estudos provaram que um negro recebe menos que um branco que ocupa o mesmo cargo, e que se a pessoa for além de negra, mulher, seu salário será ainda mais inferior`, disse.
Outros números comprovam essa triste realidade: um levantamento feito por ONGs ligadas à promoção dos direitos humanos verificou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, que em 1999 ficou em 74º lugar, subiria para a 49ª posição se fosse considerada só a população branca e, por outro lado, se fosse calculado somente tendo como base a população negra, o IDH cairia para o 108º lugar.
Para reverter esta situação, Sueli acredita que as medidas compensatórias, como a garantia de cotas para negros nas universidades e repartições públicas, são um primeiro passo, mas outros precisam ser colocados em prática. `Temos urgência na implemantação de políticas de democratização racial. É preciso ter em mente que 44% da população brasielira é negra e que para essa pessoas estão sendo constantemente negadas direitos básicos à educação, saúde e moradia`, apontou Sueli. Ela também lembrou que uma política de inclusão para esses grupos discriminados geraria um maior número de consumidores, eleitores e cidadãos, conscientes e atuantes na sociedade.
`A discriminação cria um ônus gigantesco para a sociedade e impede uma grande parcela da população de exercer o seu direito participativo no desenvolvimento econômico, social e político do Brasil`, advertiu. `Não creio que me cabe dizer aqui o que as empresas devem fazer para diminuir o racismo e a exclusão social, mas acredito que admitir que existe preconceito nos locais de trabalhos é um passo decisivo`, disse a diretora executiva do Geledés.
`Eu realmente acredito que um país que foi capaz de construir o belo mito da democracia racial, poderá também torná-lo realidade`, finalizou Sueli na plenária que apresentou na Conferência Nacional 2002.
De acordo com Sueli, a primeira atitude para combater a discriminação é admitir que ela existe. `Acredito que ocorre no Brasil o pior tipo de racismo, pois é velado de uma falsa democracia racial, onde as diferenças não são valorizadas, mas sim usadas como forma de exclusão`, afirmou.
Segundo ela, recentes pesquisas feitas por entidades como o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), mostram que a população negra brasileira fica sujeita a formas crueis de discriminação. `Estudos provaram que um negro recebe menos que um branco que ocupa o mesmo cargo, e que se a pessoa for além de negra, mulher, seu salário será ainda mais inferior`, disse.
Outros números comprovam essa triste realidade: um levantamento feito por ONGs ligadas à promoção dos direitos humanos verificou que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, que em 1999 ficou em 74º lugar, subiria para a 49ª posição se fosse considerada só a população branca e, por outro lado, se fosse calculado somente tendo como base a população negra, o IDH cairia para o 108º lugar.
Para reverter esta situação, Sueli acredita que as medidas compensatórias, como a garantia de cotas para negros nas universidades e repartições públicas, são um primeiro passo, mas outros precisam ser colocados em prática. `Temos urgência na implemantação de políticas de democratização racial. É preciso ter em mente que 44% da população brasielira é negra e que para essa pessoas estão sendo constantemente negadas direitos básicos à educação, saúde e moradia`, apontou Sueli. Ela também lembrou que uma política de inclusão para esses grupos discriminados geraria um maior número de consumidores, eleitores e cidadãos, conscientes e atuantes na sociedade.
`A discriminação cria um ônus gigantesco para a sociedade e impede uma grande parcela da população de exercer o seu direito participativo no desenvolvimento econômico, social e político do Brasil`, advertiu. `Não creio que me cabe dizer aqui o que as empresas devem fazer para diminuir o racismo e a exclusão social, mas acredito que admitir que existe preconceito nos locais de trabalhos é um passo decisivo`, disse a diretora executiva do Geledés.
`Eu realmente acredito que um país que foi capaz de construir o belo mito da democracia racial, poderá também torná-lo realidade`, finalizou Sueli na plenária que apresentou na Conferência Nacional 2002.