Notícias
Conferência busca novas formas de prevenir a aids
Por A Crítica    11 de julho de 2002
BARCELONA, Espanha (AFP) - Sem soluções para os países de terceiro mundo
ameaçados ou já devastados pelo vírus da aids, a 14ª Conferência
internacional sobre a doença, em Barcelona (Nordeste da Espanha), está
trabalhando para encontrar novas formas de prevenção, visto que todos os
indicadores da doença estão no vermelho. O levantamento de dados sobre a
aids realizado pelo Centro Norte-americano de Controle de Doenças (CDC)
mostra que, há mais de 20 anos da identificação do HIV, depois de centenas
de milhares de dólares gastos - e enquanto apenas pouco mais de dois
preservativos são distribuídos por ano e por adulto do sexo masculino,
recém-nascidos e idosos incluídos - a epidemia não está sendo driblada,
contrariamente às previsões dos especialistas. Esta realidade envolve
inclusive os homossexuais norte-americanos, cuja comunidade foi a primeira a
ser afetada pela doença no início dos anos 80 e que batalhou duramente pela
informação. A taxa de contaminação pelo HIV e as doenças sexualmente
transmissíveis é nove vezes mais elevada entre eles que entre os homens e as
mulheres heterossexuais.
A única mudança notável, segundo este estudo, pode ser observada entre os homossexuais afro-americanos ou hispânicos, que formam o grande batalhão de portadores do vírus. Com mais de 6% da taxa de infecção, eles são três vezes mais afetados que os gays de raça branca. Outro estudo do CDC revela que a grande maioria dos jovens afro-americanos homossexuais soropositivos -entre 75% e 91%- não sabe que estão com o vírus. Este estudo mostra além disso que os problemas psicológicos -depressão, toxicomania, violência entre casais- estão ligados a comportamentos de alto risgo e a contaminações, e contribuem para a multiplicação das relações sem proteção com casais mais jovens. Em Moscou mais de 30% dos moradores de rua são portadores do vírus.
A única mudança notável, segundo este estudo, pode ser observada entre os homossexuais afro-americanos ou hispânicos, que formam o grande batalhão de portadores do vírus. Com mais de 6% da taxa de infecção, eles são três vezes mais afetados que os gays de raça branca. Outro estudo do CDC revela que a grande maioria dos jovens afro-americanos homossexuais soropositivos -entre 75% e 91%- não sabe que estão com o vírus. Este estudo mostra além disso que os problemas psicológicos -depressão, toxicomania, violência entre casais- estão ligados a comportamentos de alto risgo e a contaminações, e contribuem para a multiplicação das relações sem proteção com casais mais jovens. Em Moscou mais de 30% dos moradores de rua são portadores do vírus.