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Desenvolvimento humano no Brasil fica abaixo da média da AL
Por O Povo    26 de julho de 2002
A expectativa de vida baixa dos brasileiros deve-se à mortalidade infantil:
32 óbitos para cada mil crianças que nascem vivas. Os homicídios contribuem
para diminuir a expectativa de vida dos homens.
O Brasil tem o mesmo Produto Interno Bruto (PIB) per capita da média latino-americana, mas está atrás em educação e expectativa de vida, indica o Informe sobre o Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado em Brasília, que o coloca em 73º lugar numa lista de 173 países.
Entretanto, o IDH do Brasil aumentou de 1999 para 2000, ganhando duas posições na tabela, que este ano inclui mais 11 países. Apesar das ''pequenas conquistas'' na alfabetização de adultos, o gigante sul-americano, nona potência econômica mundial, tem um índice de alfabetização de 85,2%, uma expectativa de vida de 67,7 anos e uma renda per capita de 7.625 dólares.
A educação, a expectativa de vida e a renda são os três elementos que o PNUD estuda para elaborar o IHD, cujo informe deste ano foi dedicado à democracia. A Noruega, pelo segundo ano consecutivo, lidera a lista de países com melhor IDH do planeta.
''O que determinou a melhora do IDH brasileiro entre 1999 e 2000 foi o crescimento da renda per capita ajustada com o poder de compra'', garante o informe. ''A capacidade de transformar renda em qualidade de vida depende de políticas públicas adequadas'', afirmou o funcionário do PNUD José Carlos Libânio na apresentação do informe em Brasília.
Isto é um sinal de que o bem-estar da população não corresponde na mesma proporção à renda média por habitante no Brasil, a 60º maior do mundo. Levando-se em conta o fator educação, o Brasil fica em 83º na lista, apesar de ter conseguido aumentar em quase 10% o índice de alfabetização desde 1985 e de ter o 43º melhor índice bruto de matrículas do mundo.
Em termos de expectativa de vida, os números no Brasil são piores. O país ocupa o 102º lugar, abaixo das Filipinas, que têm metade da sua renda per capita.
E o que é pior, entre 1995 e 2000, só conseguiu aumentar este índice em 7,7 anos, enquanto o Peru, por exemplo, partindo de um número bem mais baixo, conseguiu somar 12,6 anos à expectativa de vida de seus habitantes, ultrapassando os vizinhos.
A expectativa de vida relativamente baixa dos brasileiros se deve à mortalidade infantil - 32 óbitos para cada mil crianças que nascem vivas. As mortes violentas, principalmente por homicídios, fazem com que a expectativa de vida dos homens seja oito anos menor que a das mulheres.
Por isso, a possibilidade um menino nascido entre 1995 e 2000 chegar aos 65 anos é de 40%, em comparação com os 20% de um país como a Costa Rica, enquanto no caso de uma menina esta probabilidade é de 25%.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não aceita este dados e acusa o PNUD de continuar utilizando métodos obsoletos sobre educação e expectativa de vida. Segundo os índices atualizados do instituto, o Brasil deveria ocupar o 70 lugar, 11 posições acima desde 1990, primeiro ano do informe, e 2000.
Quanto à saúde, um dos fatores que por sua vez incide diretamente na expectativa de vida, o PNUD reconhece que o Brasil conseguiu evitar uma catástrofe da saúde pública, graças à bem sucedida campanha de prevenção e distribuição gratuita de tratamento e medicamentos contra a Aids.
O Brasil tem o mesmo Produto Interno Bruto (PIB) per capita da média latino-americana, mas está atrás em educação e expectativa de vida, indica o Informe sobre o Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgado em Brasília, que o coloca em 73º lugar numa lista de 173 países.
Entretanto, o IDH do Brasil aumentou de 1999 para 2000, ganhando duas posições na tabela, que este ano inclui mais 11 países. Apesar das ''pequenas conquistas'' na alfabetização de adultos, o gigante sul-americano, nona potência econômica mundial, tem um índice de alfabetização de 85,2%, uma expectativa de vida de 67,7 anos e uma renda per capita de 7.625 dólares.
A educação, a expectativa de vida e a renda são os três elementos que o PNUD estuda para elaborar o IHD, cujo informe deste ano foi dedicado à democracia. A Noruega, pelo segundo ano consecutivo, lidera a lista de países com melhor IDH do planeta.
''O que determinou a melhora do IDH brasileiro entre 1999 e 2000 foi o crescimento da renda per capita ajustada com o poder de compra'', garante o informe. ''A capacidade de transformar renda em qualidade de vida depende de políticas públicas adequadas'', afirmou o funcionário do PNUD José Carlos Libânio na apresentação do informe em Brasília.
Isto é um sinal de que o bem-estar da população não corresponde na mesma proporção à renda média por habitante no Brasil, a 60º maior do mundo. Levando-se em conta o fator educação, o Brasil fica em 83º na lista, apesar de ter conseguido aumentar em quase 10% o índice de alfabetização desde 1985 e de ter o 43º melhor índice bruto de matrículas do mundo.
Em termos de expectativa de vida, os números no Brasil são piores. O país ocupa o 102º lugar, abaixo das Filipinas, que têm metade da sua renda per capita.
E o que é pior, entre 1995 e 2000, só conseguiu aumentar este índice em 7,7 anos, enquanto o Peru, por exemplo, partindo de um número bem mais baixo, conseguiu somar 12,6 anos à expectativa de vida de seus habitantes, ultrapassando os vizinhos.
A expectativa de vida relativamente baixa dos brasileiros se deve à mortalidade infantil - 32 óbitos para cada mil crianças que nascem vivas. As mortes violentas, principalmente por homicídios, fazem com que a expectativa de vida dos homens seja oito anos menor que a das mulheres.
Por isso, a possibilidade um menino nascido entre 1995 e 2000 chegar aos 65 anos é de 40%, em comparação com os 20% de um país como a Costa Rica, enquanto no caso de uma menina esta probabilidade é de 25%.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não aceita este dados e acusa o PNUD de continuar utilizando métodos obsoletos sobre educação e expectativa de vida. Segundo os índices atualizados do instituto, o Brasil deveria ocupar o 70 lugar, 11 posições acima desde 1990, primeiro ano do informe, e 2000.
Quanto à saúde, um dos fatores que por sua vez incide diretamente na expectativa de vida, o PNUD reconhece que o Brasil conseguiu evitar uma catástrofe da saúde pública, graças à bem sucedida campanha de prevenção e distribuição gratuita de tratamento e medicamentos contra a Aids.