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TA desenvolve programa de apoio a dependentes químicos
Por Instituto Ethos    26 de julho de 2002
Desde maio de 2000, a Transportadora Americana (TA) desenvolve um programa
de prevenção e recuperação de dependentes químicos. Antes de implantá-lo, a
empresa não possuía informações sobre o número de usuários de álcool e
drogas entre seus funcionários. Mas decidiu criar o programa como medida de
prevenção. Afinal, são cerca de 300 motoristas da TA e outros 300
terceirizados que rodam pelas estradas do País, e podem aumentar os riscos
de acidentes se estiverem sob o efeito de substâncias químicas. A
preocupação reflete uma triste realidade: de acordo com o Departamento de
Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP), a cada três mortes envolvendo
motoristas alcoolizados ocorridas nas estradas do País, duas das vítimas não
estavam alcoolizadas.
`A dependência química é uma doença. Por isso, os funcionários que sofrem desse mal precisam de tratamento`, afirma Izabel Cristina Marques, coordenadora do Programa de Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos. O programa atua em duas frentes: por um lado, desenvolve ações de informação e sensibilização sobre conceitos, conseqüências e processos de recuperação da dependência química e do álcool; por outro, identifica e aborda o dependente químico, através da observação de seu comportamento profissional, de exames quando necessário e de apoio psicológico e financeiro no tratamento.
Ele é coordenado por duas equipes: uma multidisciplinar e outra de apoio. Juntas, essas equipes somam cerca de dez pessoas, entre psicólogas, especialistas em segurança do trabalho e representantes dos funcionários. A equipe multidisciplinar é responsável pela elaboração, implantação, manutenção e reavaliação do programa. Já a equipe de apoio tem como missão coordenar o dia-a-dia do grupo de dependentes e seus familiares, contribuindo para a sua recuperação. `Uma consultoria especializada ajudou-nos a montar estas equipes e a elaborar o programa`, conta Izabel.
A primeira etapa foi a realização de palestras sobre dependência química para todos os funcionários. O objetivo era esclarecer os funcionários sobre os problemas causados pelo uso de drogas e álcool e informá-los sobre a implantação do programa. Em seguida, a empresa iniciou a realização de testes de bafômetro e toxicológicos. `Os motoristas assinam um documento autorizando a realização destes testes e são informados que eles não têm caráter punitivo`, diz Izabel.
Segundo ela, a reação dos funcionários é positiva em 99% dos casos. `Alguns se sentem vigiados, mas a imensa maioria apóia o programa`, explica a coordenadora. Os exames toxicológicos são feitos na admissão e mensalmente, por sorteio. Já os testes com bafômetro são realizados em todos os motoristas todos os dias pela manhã, antes de eles saírem para trabalhar, e no final da tarde, quando retornam da estrada. Este teste detecta se a pessoa ingeriu álcool nas últimas horas.
O resultado é conferido na hora - se é positivo, o motorista não pode trabalhar naquele dia. Ele é encaminhado para casa e, no dia seguinte, participa de uma conversa com a psicóloga, que faz parte da equipe de apoio. O motorista também pode procurar o apoio desta equipe por decisão própria, por indicação do chefe ou da família. A psicóloga orienta o dependente químico a procurar ajuda de um grupo de apoio, como os Alcoólicos Anônimos ou os Narcóticos Anônimos.
`A idéia inicial era formar um grupo dentro da própria empresa, mas como o número de funcionários em tratamento é pequeno, decidimos encaminhá-los para o grupo mais perto de suas casas`, explica Izabel. Em caso de internação, a transportadora se compromete a cobrir até 80% dos custos do processo de recuperação do dependente químico.
Funcionário da área contábil da TA, Cléber Luis Ramos conhece o programa de prevenção e recuperação de dependentes químicos e acredita que ele traz mais segurança para os funcionários da empresa. `Ficamos mais tranqüilos ao saber que nossos colegas motoristas não estão trabalhando sobre o efeito de álcool ou drogas`, diz Ramos. Ele já foi submetido ao teste toxicológico uma vez. `Alguns funcionários acham que é uma invasão de privacidade, mas eu não sinto isso. Acho que é uma coisa positiva`, afirma ele.
`Acredito que só quem realmente usa drogas é que fica apreensivo com os testes`, diz o gerente de operações da TA, José Maria Faé. Ele participou da implantação do programa na empresa e conta que o teste toxicológico de um de seus subordinados teve resultado positivo. `Ele foi encaminhado para a psicóloga e recebeu todo o apoio da empresa para superar a dependência`, explica Faé. A participação no programa é sigilosa e por isso a TA não permitiu que o Instituto Ethos entrasse em contato com os funcionários em tratamento.
Em 2001, foram realizados 85 exames toxicológicos. Apenas três apresentaram resultado positivo. Esses três funcionários foram encaminhados para tratamento e estão em recuperação. Não foi necessária nenhuma internação. Neste último ano, a TA também não registrou nenhum acidente envolvendo motoristas que haviam utilizado álcool ou drogas.
Raio X
Nome da empresa: Transportadora Americana (TA)
Contato: Izabel Cristina Marques, coordenadora do Programa de Prevenção e
Recuperação de Dependentes Químicos
Número de funcionários: 864
Faturamento de 2001: R$ 61 milhões
Endereço: Av. Comendador Thomaz Fortunato, 3466, Praia dos Namorados, Americana/SP
Telefone: (19) 3471-9104
Site: www.tanet.com.br
E-mail: izabel@tanet.com.br
`A dependência química é uma doença. Por isso, os funcionários que sofrem desse mal precisam de tratamento`, afirma Izabel Cristina Marques, coordenadora do Programa de Prevenção e Recuperação de Dependentes Químicos. O programa atua em duas frentes: por um lado, desenvolve ações de informação e sensibilização sobre conceitos, conseqüências e processos de recuperação da dependência química e do álcool; por outro, identifica e aborda o dependente químico, através da observação de seu comportamento profissional, de exames quando necessário e de apoio psicológico e financeiro no tratamento.
Ele é coordenado por duas equipes: uma multidisciplinar e outra de apoio. Juntas, essas equipes somam cerca de dez pessoas, entre psicólogas, especialistas em segurança do trabalho e representantes dos funcionários. A equipe multidisciplinar é responsável pela elaboração, implantação, manutenção e reavaliação do programa. Já a equipe de apoio tem como missão coordenar o dia-a-dia do grupo de dependentes e seus familiares, contribuindo para a sua recuperação. `Uma consultoria especializada ajudou-nos a montar estas equipes e a elaborar o programa`, conta Izabel.
A primeira etapa foi a realização de palestras sobre dependência química para todos os funcionários. O objetivo era esclarecer os funcionários sobre os problemas causados pelo uso de drogas e álcool e informá-los sobre a implantação do programa. Em seguida, a empresa iniciou a realização de testes de bafômetro e toxicológicos. `Os motoristas assinam um documento autorizando a realização destes testes e são informados que eles não têm caráter punitivo`, diz Izabel.
Segundo ela, a reação dos funcionários é positiva em 99% dos casos. `Alguns se sentem vigiados, mas a imensa maioria apóia o programa`, explica a coordenadora. Os exames toxicológicos são feitos na admissão e mensalmente, por sorteio. Já os testes com bafômetro são realizados em todos os motoristas todos os dias pela manhã, antes de eles saírem para trabalhar, e no final da tarde, quando retornam da estrada. Este teste detecta se a pessoa ingeriu álcool nas últimas horas.
O resultado é conferido na hora - se é positivo, o motorista não pode trabalhar naquele dia. Ele é encaminhado para casa e, no dia seguinte, participa de uma conversa com a psicóloga, que faz parte da equipe de apoio. O motorista também pode procurar o apoio desta equipe por decisão própria, por indicação do chefe ou da família. A psicóloga orienta o dependente químico a procurar ajuda de um grupo de apoio, como os Alcoólicos Anônimos ou os Narcóticos Anônimos.
`A idéia inicial era formar um grupo dentro da própria empresa, mas como o número de funcionários em tratamento é pequeno, decidimos encaminhá-los para o grupo mais perto de suas casas`, explica Izabel. Em caso de internação, a transportadora se compromete a cobrir até 80% dos custos do processo de recuperação do dependente químico.
Funcionário da área contábil da TA, Cléber Luis Ramos conhece o programa de prevenção e recuperação de dependentes químicos e acredita que ele traz mais segurança para os funcionários da empresa. `Ficamos mais tranqüilos ao saber que nossos colegas motoristas não estão trabalhando sobre o efeito de álcool ou drogas`, diz Ramos. Ele já foi submetido ao teste toxicológico uma vez. `Alguns funcionários acham que é uma invasão de privacidade, mas eu não sinto isso. Acho que é uma coisa positiva`, afirma ele.
`Acredito que só quem realmente usa drogas é que fica apreensivo com os testes`, diz o gerente de operações da TA, José Maria Faé. Ele participou da implantação do programa na empresa e conta que o teste toxicológico de um de seus subordinados teve resultado positivo. `Ele foi encaminhado para a psicóloga e recebeu todo o apoio da empresa para superar a dependência`, explica Faé. A participação no programa é sigilosa e por isso a TA não permitiu que o Instituto Ethos entrasse em contato com os funcionários em tratamento.
Em 2001, foram realizados 85 exames toxicológicos. Apenas três apresentaram resultado positivo. Esses três funcionários foram encaminhados para tratamento e estão em recuperação. Não foi necessária nenhuma internação. Neste último ano, a TA também não registrou nenhum acidente envolvendo motoristas que haviam utilizado álcool ou drogas.
Raio X
Nome da empresa: Transportadora Americana (TA)
Contato: Izabel Cristina Marques, coordenadora do Programa de Prevenção e
Recuperação de Dependentes Químicos
Número de funcionários: 864
Faturamento de 2001: R$ 61 milhões
Endereço: Av. Comendador Thomaz Fortunato, 3466, Praia dos Namorados, Americana/SP
Telefone: (19) 3471-9104
Site: www.tanet.com.br
E-mail: izabel@tanet.com.br