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ACS dá chance para jovens e deficientes
Por Jornal Valor    31 de julho de 2002
Relações com a comunidade Ações sociais criam oportunidades de emprego e
melhoram condições de vida
Mauro Cezar Pereira, Para o Valor, de Uberlândia (MG)
Jovens sem perspectivas profissionais, idosos involuntariamente afastados do mercado de trabalho e portadores de deficiências. Eles formam o tripé que sustenta as ações sociais da ACS voltadas à comunidade de Uberlândia (MG), onde fica a empresa de call center do grupo Algar. A companhia seleciona, treina e aproveita entre seus 1,5 mil funcionários candidatos que ingressam nos programas em busca de uma primeira ou nova chance de mostrar produtividade.
Cerca de 800 jovens já passaram pelo "Cidadania Adolescente", criado em 1999, quando a ACS foi fundada. Aproximadamente 60% deles ficaram na companhia após o treinamento desenvolvido com o intuito de melhor prepará-los para a atividade profissional. "Esse projeto inclui cursos de informática e português", explica Cida Garcia, diretora de Talentos Humanos, que calcula em R$ 800 mil os gastos anuais. "São jovens que vivem na linha da miséria", acrescenta. Os adolescentes têm acesso ao projeto por meio das parcerias com Senai e Icasu (Instituto Cristão de Assistência Social de Uberlândia).
Já o programa Portadores de Necessidades Especiais se inspira na estrutura da própria ACS, adequada aos deficientes, para introduzi-los entre os funcionários. Há a participação da Associação de Paraplégicos de Uberlândia (Aparu) nos contatos que levam candidatos ao programa, mas a adesão é baixa. "Muitos não têm interesse em ir além da venda em semáforos", resume Cida Garcia. Outros não ingressam no programa devido a experiências ruins acumuladas na busca por um emprego.
Um avanço foi registrado com a entrada do Instituto Integrar, dirigido por três tetraplégicos, que passou indicar novos candidatos. O curso tem aulas de português, matemática, geografia, atendimento ao cliente e negociação. O programa custa R$ 600 mil anuais e se empenha na formação do pessoal, sendo que 30 dos mais de 100 que passaram por ele já trabalham na ACS. "A pessoa que não fica conosco sai apta para o mercado."
Para quem tem mais de 50 anos, o programa Melhor Idade, que está mudando para Terceira Infância, tem sido o caminho para a volta à ativa. A maior dificuldade que seus integrantes encontram é com a informática, mas a produtividade e a assiduidade surpreendem. "Eles são experientes, sabem lidar com reclamações e não faltam sequer em plantões noturnos", elogia a diretora. Ela se diz impressionada com a quantidade de pessoas qualificadas que aparecem. "Um senhor de 62 anos veio trabalhar conosco depois de ficar parado desde a aposentadoria, aos 51. Culto, ele fala português, espanhol, inglês, alemão, mas não conseguia emprego", relata, garantindo não ser este um caso isolado.
Uma quarta ação desenvolvida pela empresa é o Alô Companheiro Solidário, por meio do qual todo os funcionários podem atuar como voluntários.
Jovens sem perspectivas profissionais, idosos involuntariamente afastados do mercado de trabalho e portadores de deficiências. Eles formam o tripé que sustenta as ações sociais da ACS voltadas à comunidade de Uberlândia (MG), onde fica a empresa de call center do grupo Algar. A companhia seleciona, treina e aproveita entre seus 1,5 mil funcionários candidatos que ingressam nos programas em busca de uma primeira ou nova chance de mostrar produtividade.
Cerca de 800 jovens já passaram pelo "Cidadania Adolescente", criado em 1999, quando a ACS foi fundada. Aproximadamente 60% deles ficaram na companhia após o treinamento desenvolvido com o intuito de melhor prepará-los para a atividade profissional. "Esse projeto inclui cursos de informática e português", explica Cida Garcia, diretora de Talentos Humanos, que calcula em R$ 800 mil os gastos anuais. "São jovens que vivem na linha da miséria", acrescenta. Os adolescentes têm acesso ao projeto por meio das parcerias com Senai e Icasu (Instituto Cristão de Assistência Social de Uberlândia).
Já o programa Portadores de Necessidades Especiais se inspira na estrutura da própria ACS, adequada aos deficientes, para introduzi-los entre os funcionários. Há a participação da Associação de Paraplégicos de Uberlândia (Aparu) nos contatos que levam candidatos ao programa, mas a adesão é baixa. "Muitos não têm interesse em ir além da venda em semáforos", resume Cida Garcia. Outros não ingressam no programa devido a experiências ruins acumuladas na busca por um emprego.
Um avanço foi registrado com a entrada do Instituto Integrar, dirigido por três tetraplégicos, que passou indicar novos candidatos. O curso tem aulas de português, matemática, geografia, atendimento ao cliente e negociação. O programa custa R$ 600 mil anuais e se empenha na formação do pessoal, sendo que 30 dos mais de 100 que passaram por ele já trabalham na ACS. "A pessoa que não fica conosco sai apta para o mercado."
Para quem tem mais de 50 anos, o programa Melhor Idade, que está mudando para Terceira Infância, tem sido o caminho para a volta à ativa. A maior dificuldade que seus integrantes encontram é com a informática, mas a produtividade e a assiduidade surpreendem. "Eles são experientes, sabem lidar com reclamações e não faltam sequer em plantões noturnos", elogia a diretora. Ela se diz impressionada com a quantidade de pessoas qualificadas que aparecem. "Um senhor de 62 anos veio trabalhar conosco depois de ficar parado desde a aposentadoria, aos 51. Culto, ele fala português, espanhol, inglês, alemão, mas não conseguia emprego", relata, garantindo não ser este um caso isolado.
Uma quarta ação desenvolvida pela empresa é o Alô Companheiro Solidário, por meio do qual todo os funcionários podem atuar como voluntários.