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Favelas do Rio incluídas em programas sociais
Por Diário do nordeste   31 de julho de 2002
Rio - O governo federal vai incluir moradores dos complexos de favela do
Alemão, da Penha e da Maré, na zona norte do Rio, nos programas sociais,
como o Vale-Gás e o Bolsa-Escola.
O anúncio foi feito pela secretária nacional de Ação Social, Wanda Engell, em reunião com representantes dos governos estadual e municipal, dos moradores das favelas e a comissão de jornalistas que acompanha a investigação da morte do jornalista Tim Lopes. Ele foi capturado por traficantes no Complexo do Alemão, e morto, depois de um ''julgamento'', na Grota, no Complexo da Penha. Pela proposta inicial, somente a Penha seria beneficiada. Mas os moradores protestaram. ''Terá que morrer um jornalista em cada comunidade para que o poder público olhe por nós?'', indagou o líder comunitário Jorge João da Silva, o Jorginho, da organização não-governamental SOS Complexo do Alemão. ''É como se o Tim Lopes tivesse doado a vida dele para que a nossa pudesse melhorar. Espero que ninguém mais precise doar vidas''. A secretária aceitou a sugestão de incluir Alemão e Maré nos projetos. Wanda Engell informou que será feito um cadastro das famílias de cada uma das favelas, para saber as necessidades de cada região. ''Não temos um retrato dessas comunidades, apenas dados genéricos'', afirmou. Wanda ressaltou que hoje as favelas são alvos de ações sociais ''pulverizadas, paralelas'' dos governos municipal e estadual. A idéia dela é coordenar essas ações. As famílias serão classificadas dentro de um Índice de Desenvolvimento Familiar, pelo Ipea.
O anúncio foi feito pela secretária nacional de Ação Social, Wanda Engell, em reunião com representantes dos governos estadual e municipal, dos moradores das favelas e a comissão de jornalistas que acompanha a investigação da morte do jornalista Tim Lopes. Ele foi capturado por traficantes no Complexo do Alemão, e morto, depois de um ''julgamento'', na Grota, no Complexo da Penha. Pela proposta inicial, somente a Penha seria beneficiada. Mas os moradores protestaram. ''Terá que morrer um jornalista em cada comunidade para que o poder público olhe por nós?'', indagou o líder comunitário Jorge João da Silva, o Jorginho, da organização não-governamental SOS Complexo do Alemão. ''É como se o Tim Lopes tivesse doado a vida dele para que a nossa pudesse melhorar. Espero que ninguém mais precise doar vidas''. A secretária aceitou a sugestão de incluir Alemão e Maré nos projetos. Wanda Engell informou que será feito um cadastro das famílias de cada uma das favelas, para saber as necessidades de cada região. ''Não temos um retrato dessas comunidades, apenas dados genéricos'', afirmou. Wanda ressaltou que hoje as favelas são alvos de ações sociais ''pulverizadas, paralelas'' dos governos municipal e estadual. A idéia dela é coordenar essas ações. As famílias serão classificadas dentro de um Índice de Desenvolvimento Familiar, pelo Ipea.