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Programa reforma creche em ação solidária
Depois de três anos de adoção em cidades do Nordeste e do Centro-Oeste, o Casa da Criança chega a São Paulo, Fortaleza e Goiânia. O projeto é similar a uma mostra de decoração. Cada construtora "adota" e responsabiliza-se por uma casa, realizando a reforma completa da estrutura. Na etapa seguinte, entram em cena os profissionais de arquitetura ou decoração para transformar e finalizar cada um dos ambientes. As obras, nas quatro entidades beneficiadas em São Paulo, incluindo o Belém, começaram em julho e devem estar concluídas em outubro.
"Além de proporcionar às crianças e adolescentes um espaço digno para viver, estudar ou praticar esportes, o objetivo do trabalho é mobilizar diversas classes profissionais, como engenheiros, arquitetos e decoradores, mostrando que é possível ser voluntário, fazendo exatamente o que se faz no dia-a-dia, sem alterar a rotina", ressalta Viviane Senna, presidente do IAS. O Centro Educacional Infantil Belém é administrado pela mantenedora Associação Evangélica Beneficente (AEB) e atende hoje cerca de 160 crianças de até 5 anos. Segundo a gerente de serviços sociais, Simoni Baufells Piragine, a entidade funciona como um espaço educacional e social, oferecendo desde o berçário ao jardim da infância.
O prédio escolhido pertence à Prefeitura e foi construído em 1967. Há 32 anos, segundo a diretora, passou para a AEB, por meio de um convênio. Nesses quatro meses previstos de obra, a direção alugou duas casas nas proximidades, onde está atendendo as crianças.
Novas instalações - Depois de concluído, o prédio do centro educacional contará com brinquedoteca, salas de artes e atendimento médico, videoteca, área de berçário com solário, pista de corrida, espaço da horta e outros espaços externos no jardim, como o novo playground e a miniquadra esportiva. Depois da inauguração, a casa ficará dez dias aberta para a visitação.
A creche Belém foi adotada pelos parceiros Fabio Mazeto, Valéria Mazeto e Jeane Manfredini, os franqueados sociais do projeto, que assumiram o desafio de organizar a reforma. Segundo eles, "coordenar essa obra significa administrar 60 profissionais que estarão trabalhando em diferentes ambientes, lidar com fornecedores, que também estão dando sua parcela de colaboração, e conciliar todos os prazos da obra, para que as crianças possam voltar logo e começar a usar todos os novos espaços."
Em São Paulo, a implementação do Casa da Criança foi impulsionada pela mobilização realizada pela Construtora Bratke Collet que, ao encampar a idéia, decidiu incentivar outras empresas do segmento a participar. Como resultado, a versão paulista ganhou a adesão de mais quatro empresas de grande porte no setor: Método Engenharia, Novomarco, Inpar e o Instituto Camargo Corrêa.
Desde sua criação em 1999, o Casa da Criança já envolveu mais de 6 mil profissionais para a reforma de 21.113 metros quadrados, com investimento de R$ 10 milhões; no total, 1.800 crianças foram beneficiadas, com seis unidades reformadas, sendo quatro no Nordeste, uma no Centro-Oeste e uma no Sudeste.