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Solidariedade e arte rendem monumento e cursos a carentes
Shirley reuniu um grupo de artistas plásticos para ajudá-la a pintar as casas. A tinta foi doada pela prefeitura e pela empresa responsável pela construção do monumento. Os moradores aprenderam com os artistas e, além de higienizar as casas, descobriram que a tinta com cal, misturada com pigmentos coloridos, todos em tons claros, dá beleza ao lugar. "As pessoas simples, que moram em favelas, são como todos nós. Gostam de viver em um lugar bonito e sabem apreciar o belo", diz.
Na primeira fase do projeto foram beneficiadas 25 casas. "Estamos tentando fazer mais. Aqui no bairro temos cerca de 200 moradias." Outra proposta de Shirley é a união da comunidade para elaborar desenhos que serão transformados em mosaicos e expostos junto ao monumento, em forma de minipainéis.
Foram selecionados 144, que também serviram de inspiração para a pintura das casas. "Os artistas plásticos tinham muitas idéias, mas respeitaram a vontade dos moradores, que preferiram temas como golfinhos, flores e pássaros."
Mosaico - Paralelamente, a artista está ministrando no bairro aulas de mosaico para crianças, jovens e adultos, no salão paroquial da igreja. Amanhã, serão inaugurados o monumento e a exposição de mosaicos no antigo terreno da Eletropaulo.