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Companhia Vale do Rio Doce cria unidade de conservação auto-sustentável
Por Celeste Boucinhas   6 de setembro de 2002
São Paulo - É possível transformar uma unidade de conservação em uma unidade de negócio sustentável? A Companhia Vale do Rio Doce acredita que sim. Através da Reserva Natural da Vale do Rio Doce, localiza em Linhares/ES, a empresa quer mostrar que investir numa área de proteção ambiental, além de ser uma ação responsável, pode ser um bom negócio para todas as partes envolvidas. Em 1999, a Vale do Rio Doce implantou um Plano Diretor de Uso na reserva, que liberou seu acesso ao público e criou mecanismos para que, até 2003, a reserva possa se manter sem recursos da empresa. Com este projeto, a companhia ganhou o Prêmio ECO 2002 de Conservação e Educação Ambiental, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham - SP).
O primeiro passo do projeto foi a realização de um completo zoneamento ecológico-econômico da reserva, uma das últimas áreas preservadas de Mata Atlântica do País. Este estudo identificou a exploração do ecoturismo e o cultivo de mudas de espécies vegetais nativas como as opções mais indicadas para viabilizar a sua sustentabilidade.
Com base neste diagnóstico, foram iniciadas construções e feitas melhorias na infra-estrutura para atividades de lazer e para hospedagem. A reserva tem atualmente capacidade para receber mais de 50 hóspedes por dia. A abertura do espaço para visitação pública foi acompanhada por um rigoroso sistema de controle. Os turistas têm acesso a uma área inferior a 1% da reserva.
A possibilidade de receber visitantes, facilitou – e ampliou – a implantação de programas de educação ambiental. É o caso, por exemplo, do projeto Vale Semear, que no segundo semestre de 2001 contou com a participação de 2,5 mil estudantes e professores da rede pública.
A reserva ainda recebe os funcionários da Vale do Rio Doce e seus familiares, através do projeto Domingo na Reserva. A estimativa é que, desde a abertura ao público, já foram recebidos cerca de 5 mil visitantes e hóspedes. Além de contribuir para aumentar a conscientização sobre a necessidade de preservação do meio ambiente, essa movimentação vem gerando renda e criando dezenas de empregos, a maior parte deles para a comunidade.
A outra fonte de receita é um viveiro com capacidade para produzir 45 milhões de mudas por ano, de 800 espécies diferentes, predominantemente da Mata Atlântica. As mudam destinam-se, principalmente, à recuperação de áreas degradadas, mas também são vendidas para programas de arborização urbana e recuperação de matas ciliares. O viveiro já cobre 30% das despesas anuais com a manutenção da reserva.
O modelo de gestão adotado pela Vale do Rio Doce tem servido de inspiração para diversas outras áreas de proteção, inclusive oficiais, empenhadas na busca da auto-sustentação. O programa é operado pelo Instituto Ambiental Vale do Rio Doce, ligado à Fundação Vale do Rio Doce, que emprega 120 funcionários, além de contar com apoio de uma equipe multidisciplinar de profissionais da empresa ligados a diferentes áreas – meio ambiente, comunicação e recursos humanos, entre outras.
Futuramente, a companhia planeja reproduzir essa experiência em outras áreas onde atua na preservação ou recuperação ambiental, como, por exemplo, na Serra dos Carajás/PA e no Quadrilátero Ferrífero/MG. Maior parceira privada do Ibama, a Vale do Rio Doce vem desenvolvendo, junto com a instituição e governos estaduais e municipais, planos diretores para várias áreas protegidas.
Fonte: Instituto Ethos de Responsabilidade Social
O primeiro passo do projeto foi a realização de um completo zoneamento ecológico-econômico da reserva, uma das últimas áreas preservadas de Mata Atlântica do País. Este estudo identificou a exploração do ecoturismo e o cultivo de mudas de espécies vegetais nativas como as opções mais indicadas para viabilizar a sua sustentabilidade.
Com base neste diagnóstico, foram iniciadas construções e feitas melhorias na infra-estrutura para atividades de lazer e para hospedagem. A reserva tem atualmente capacidade para receber mais de 50 hóspedes por dia. A abertura do espaço para visitação pública foi acompanhada por um rigoroso sistema de controle. Os turistas têm acesso a uma área inferior a 1% da reserva.
A possibilidade de receber visitantes, facilitou – e ampliou – a implantação de programas de educação ambiental. É o caso, por exemplo, do projeto Vale Semear, que no segundo semestre de 2001 contou com a participação de 2,5 mil estudantes e professores da rede pública.
A reserva ainda recebe os funcionários da Vale do Rio Doce e seus familiares, através do projeto Domingo na Reserva. A estimativa é que, desde a abertura ao público, já foram recebidos cerca de 5 mil visitantes e hóspedes. Além de contribuir para aumentar a conscientização sobre a necessidade de preservação do meio ambiente, essa movimentação vem gerando renda e criando dezenas de empregos, a maior parte deles para a comunidade.
A outra fonte de receita é um viveiro com capacidade para produzir 45 milhões de mudas por ano, de 800 espécies diferentes, predominantemente da Mata Atlântica. As mudam destinam-se, principalmente, à recuperação de áreas degradadas, mas também são vendidas para programas de arborização urbana e recuperação de matas ciliares. O viveiro já cobre 30% das despesas anuais com a manutenção da reserva.
O modelo de gestão adotado pela Vale do Rio Doce tem servido de inspiração para diversas outras áreas de proteção, inclusive oficiais, empenhadas na busca da auto-sustentação. O programa é operado pelo Instituto Ambiental Vale do Rio Doce, ligado à Fundação Vale do Rio Doce, que emprega 120 funcionários, além de contar com apoio de uma equipe multidisciplinar de profissionais da empresa ligados a diferentes áreas – meio ambiente, comunicação e recursos humanos, entre outras.
Futuramente, a companhia planeja reproduzir essa experiência em outras áreas onde atua na preservação ou recuperação ambiental, como, por exemplo, na Serra dos Carajás/PA e no Quadrilátero Ferrífero/MG. Maior parceira privada do Ibama, a Vale do Rio Doce vem desenvolvendo, junto com a instituição e governos estaduais e municipais, planos diretores para várias áreas protegidas.
Fonte: Instituto Ethos de Responsabilidade Social