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CST promove a educação ambiental de funcionários e comunidade
Por Celeste Boucinhas   6 de setembro de 2002
Serra - ES - Pelo próprio ramo de atividade em que atua, a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) sabe que a sobrevivência do seu negócio depende diretamente do meio ambiente. `É importante salientar que estamos numa siderúrgica, partimos do minério de ferro, da utilização do carvão, para chegar ao nosso produto final, o aço`, explica Robson de Almeida Melo e Silva, gerente do Departamento de Meio Ambiente e Comunicação da CST.
Segundo Silva, uma gestão ambiental eficaz é parte essencial no funcionamento de uma siderúrgica, pois dela dependem as escalas de uso de água, de matéria-prima, e outros insumos. `São quantidades enormes, que requerem disciplina, padronização, enfim, uma política com excelência na gestão ambiental`.
Um exemplo desse cuidado é a utilização da água. Quase a sua totalidade (95%) é água do mar, que representa 42 milhões de litros por hora. Os outros 5% - cerca de dois milhões de litros por hora - são de água doce. Essa água passa por um processo de recirculação, que permite que entre 95% e 96% seja reaproveitada.
Outra ação de gestão ambiental responsável é a produção de energia. Obtida com termoelétricas próprias, que são alimentadas com o gás liberado no processo de produção do aço, a CST produz 225 megawatts de energia por mês, o que daria para abastecer uma cidade com cerca de 800 mil habitantes. O excedente da energia, em torno de 13%, é vendido.
A política de resíduos sólidos também merece um acompanhamento permanente da companhia, já que para cada tonelada de aço produzida, são gerados cerca de 500 quilos de resíduos. `Chamamos os resíduos sólidos de subprodutos ou co-produtos, pois eles são reaproveitados`, conta Silva. Segundo ele, 36% dos resíduos sólidos resultantes da produção do aço são reciclados e reutilizados no próprio processo siderúrgico, 62% são comercializados para empresas de cimento, cerâmica, química e ferrovias, entre outras, e 2% são estocados adequadamente, aguardando reutilização.
O cuidado com a política ambiental também é repassado para os fornecedores da CST, sejam eles de serviços ou de produtos. Silva explica que os funcionários terceirizados recebem toda a educação ambiental que o público interno da siderúrgica tem, e que os fornecedores de produtos passam por um constante acompanhamento dos seus desempenhos ambientais. `Fazemos auditorias permanentes e averiguação da legislação ambiental. Queremos garantir que toda a nossa cadeia produtiva incorpore o cuidado e a consciência com o meio ambiente`, ressalta Silva.
Educação ambiental
Além da gestão ambiental no processo industrial, a CST também investe na educação sobre o meio ambiente, tanto para o seu público interno, como para a comunidade onde está instalada. Composto por quatro módulos, o Programa Interagir de Educação Ambiental é direcionado aos funcionários da siderúrgica e tem duração de um ano. O primeiro módulo, explica Silva, é o Despertar, que busca a reflexão dos colaboradores sobre a questão ambiental por meio da sensibilização. O módulo seguinte é o Agir, que leva os funcionários da companhia a localizar como eles mesmos podem colaborar, dentro de sua atividade, na promoção da eficiência ambiental. O terceiro módulo é o Gestor, onde são apresentados os modelos e os resultados adotados pelas CST na sua política ambiental. Já o quarto módulo é exclusivo para os funcionários terceirizados. `O primeiro módulo leva a uma reflexão, no segundo a pessoa vai identificar o seu papel no processo e, o terceiro módulo apresenta ao funcionário toda a gestão ambiental da empresa`, resume Silva.
Silva conta que todos os 3,6 mil funcionários da siderúrgica já passaram pelos dois primeiros módulos e que, semanalmente, são formados de dois a três novos grupos, com cerca de 25 a 30 pessoas cada, para passar pelo terceiro módulo. `Todos somos responsáveis. É preciso pensar nas coisas globais e aprender a agir localmente`, acredita o gerente.
Para Naum Alves Filho, técnico-programador da CST, os módulos são excelentes e apresentam resultados imediatos no dia-a-dia dos funcionários. `Já participei do Despertar e do Agir, e na próxima semana vou estar no Gestor`, conta Alves Filho, que é funcionário da siderúrgica há 20 anos.
Segundo ele, a CST oferece meios para que os funcionários da empresa possam aprender e colaborar com a gestão ambiental. `Aqui, a gente percebe que a CST não tem apenas a preocupação, como também tem a visão sobre a importância em cuidar do meio ambiente`, elogia Alves Filho.
Educar para o futuro
`Não somos uma escola, mas somos uma parte interessada da comunidade`. Dessa forma, Silva justifica a preocupação da CST em investir em programas que levem a consciência ambiental para as instituições de ensino fundamental, médio e superior da região da Grande Vitória/ES.
Batizado de Programa de Comunicação Ambiental CST-Escolas, este programa oferece treinamento em educação ambiental para professores da rede pública de ensino. Criado há cinco anos, ele já beneficiou cerca de 50 mil alunos e 1,7 mil professores. Com 57 escolas atualmente, esta iniciativa, além dos cursos que promove com os professores, ainda realiza visitas monitoradas dos alunos à CST, nas quais as crianças aprendem como funciona a gestão da água, dos resíduos e da energia da empresa.
Com duração de dois anos, o programa recebe dez novas escolas por ano, que não têm nenhum custo e recebem todo o material didático de suporte necessário. `Esta foi a forma que encontramos de levar a consciência ambiental para as futuras gerações. Os professores vão repassar para os alunos o que aprenderam aqui, e eles, por sua vez, vão levar para as suas casas, amigos e comunidade`, conta Silva. `Não é possível separar a causa ambiental de outras questões socioeconômicas e culturais, por isso é preciso promover uma educação que englobe todos estes tópicos`, garante.
Ainda na atuação no ensino fundamental e médio, a CST promove o Encontro de Educação Ambiental, um evento anual onde todas as escolas participantes do programa se reúnem para trocar experiências. Realizado durante a Semana do Meio Ambiente, em junho, o encontro também apresenta os trabalhos desenvolvidos por técnicos da CST na promoção de uma gestão ambiental responsável.
Outra forma de promover a troca de informações entre as escolas é o Jornal Teia Ambiental, que tem tiragem mensal de cinco mil exemplares. Já a Banca de Meio Ambiente é uma biblioteca itinerante, com material didático para ajudar no aprendizado ambiental das crianças. Esta Banca permanece aproximadamente 30 dias em cada escola – atualmente são cinco bancas circulando. Para ajudar nas aulas práticas de educação ambiental de seus funcionários e dos alunos, a CST também criou o Centro de Educação Ambiental, um espaço com área de 350 mil m2, com lagos e dois borboletários, que já recebeu mais de 25 mil visitantes.
Para Andréia de Oliveira S. de Souza, pedagoga da Escola José Áureo Monjardim, o projeto é uma oportunidade de promover a educação ambiental nas escolas e também observar de perto os esforços de uma empresa em estimular o cuidado com o meio ambiente, tanto dentro como fora de suas dependências.
Segundo a pedagoga, os recursos didáticos que a siderúrgica oferece são excelentes, e a vantagem em conseguir uma parceria com uma empresa que, por sua atividade já seria bastante poluidora, é `verificar que a CST está fazendo a parte dela, e também nos ajudando a fazer a nossa`.
Educação superior e transparência
A educação superior é outro foco que recebe cuidados da CST. `Este é um desdobramento do projeto de educação nas escolas de ensino básico e fundamental. Lá estamos preparando as futuras gerações, os futuros formadores de opinião, e percebemos que era preciso atuar também com os formadores de opinião de agora, com aqueles que estão se preparando para entrar no mercado de trabalho`, explica Silva. Seis instituições de ensino superior participam deste programa, que incentiva o desenvolvimento de trabalhos de conclusão de curso dentro do tema ambiental, atingindo mais de 1,5 mil alunos, através de palestras e fornecimento de material técnico e pedagógico, ligados a questão.
A transparência na sua política com o meio ambiente também é uma preocupação da CST, que publica anualmente o seu relatório ambiental. O terceiro relatório deve estar disponível até o final de setembro. `Contratamos uma consultoria independente para checar todos os nossos indicadores. Buscamos aperfeiçoar cada vez mais o relatório, que segue as orientações do GRI (Global Report Initiative) e do Instituto Ethos`, esclarece Silva.
`O princípio empresarial de desenvolvimento sustentável é de que não adianta construir em cima do vazio. Não somos uma ilha, podemos apresentar excelentes resultados, mas essa riqueza gerada aqui, não só a financeira, mas a científica, a humana, precisa ser repartida com a comunidade`, acredita o gerente.
Raio X
Nome da empresa: Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) Contato: Robson de Almeida Melo e Silva Cargo: gerente do Departamento de Meio Ambiente e Comunicação Número de funcionários: 3,6 mil Faturamento de 2001: US$ 881 milhões Endereço: Brigadeiro Eduardo Gomes, 930 - Jardim Limoeiro – Serra/ES Telefone: (27) 3348-1333 Site: www.cst.com.br
Fonte: Instituto Ethos de Responsabilidade Social
Segundo Silva, uma gestão ambiental eficaz é parte essencial no funcionamento de uma siderúrgica, pois dela dependem as escalas de uso de água, de matéria-prima, e outros insumos. `São quantidades enormes, que requerem disciplina, padronização, enfim, uma política com excelência na gestão ambiental`.
Um exemplo desse cuidado é a utilização da água. Quase a sua totalidade (95%) é água do mar, que representa 42 milhões de litros por hora. Os outros 5% - cerca de dois milhões de litros por hora - são de água doce. Essa água passa por um processo de recirculação, que permite que entre 95% e 96% seja reaproveitada.
Outra ação de gestão ambiental responsável é a produção de energia. Obtida com termoelétricas próprias, que são alimentadas com o gás liberado no processo de produção do aço, a CST produz 225 megawatts de energia por mês, o que daria para abastecer uma cidade com cerca de 800 mil habitantes. O excedente da energia, em torno de 13%, é vendido.
A política de resíduos sólidos também merece um acompanhamento permanente da companhia, já que para cada tonelada de aço produzida, são gerados cerca de 500 quilos de resíduos. `Chamamos os resíduos sólidos de subprodutos ou co-produtos, pois eles são reaproveitados`, conta Silva. Segundo ele, 36% dos resíduos sólidos resultantes da produção do aço são reciclados e reutilizados no próprio processo siderúrgico, 62% são comercializados para empresas de cimento, cerâmica, química e ferrovias, entre outras, e 2% são estocados adequadamente, aguardando reutilização.
O cuidado com a política ambiental também é repassado para os fornecedores da CST, sejam eles de serviços ou de produtos. Silva explica que os funcionários terceirizados recebem toda a educação ambiental que o público interno da siderúrgica tem, e que os fornecedores de produtos passam por um constante acompanhamento dos seus desempenhos ambientais. `Fazemos auditorias permanentes e averiguação da legislação ambiental. Queremos garantir que toda a nossa cadeia produtiva incorpore o cuidado e a consciência com o meio ambiente`, ressalta Silva.
Educação ambiental
Além da gestão ambiental no processo industrial, a CST também investe na educação sobre o meio ambiente, tanto para o seu público interno, como para a comunidade onde está instalada. Composto por quatro módulos, o Programa Interagir de Educação Ambiental é direcionado aos funcionários da siderúrgica e tem duração de um ano. O primeiro módulo, explica Silva, é o Despertar, que busca a reflexão dos colaboradores sobre a questão ambiental por meio da sensibilização. O módulo seguinte é o Agir, que leva os funcionários da companhia a localizar como eles mesmos podem colaborar, dentro de sua atividade, na promoção da eficiência ambiental. O terceiro módulo é o Gestor, onde são apresentados os modelos e os resultados adotados pelas CST na sua política ambiental. Já o quarto módulo é exclusivo para os funcionários terceirizados. `O primeiro módulo leva a uma reflexão, no segundo a pessoa vai identificar o seu papel no processo e, o terceiro módulo apresenta ao funcionário toda a gestão ambiental da empresa`, resume Silva.
Silva conta que todos os 3,6 mil funcionários da siderúrgica já passaram pelos dois primeiros módulos e que, semanalmente, são formados de dois a três novos grupos, com cerca de 25 a 30 pessoas cada, para passar pelo terceiro módulo. `Todos somos responsáveis. É preciso pensar nas coisas globais e aprender a agir localmente`, acredita o gerente.
Para Naum Alves Filho, técnico-programador da CST, os módulos são excelentes e apresentam resultados imediatos no dia-a-dia dos funcionários. `Já participei do Despertar e do Agir, e na próxima semana vou estar no Gestor`, conta Alves Filho, que é funcionário da siderúrgica há 20 anos.
Segundo ele, a CST oferece meios para que os funcionários da empresa possam aprender e colaborar com a gestão ambiental. `Aqui, a gente percebe que a CST não tem apenas a preocupação, como também tem a visão sobre a importância em cuidar do meio ambiente`, elogia Alves Filho.
Educar para o futuro
`Não somos uma escola, mas somos uma parte interessada da comunidade`. Dessa forma, Silva justifica a preocupação da CST em investir em programas que levem a consciência ambiental para as instituições de ensino fundamental, médio e superior da região da Grande Vitória/ES.
Batizado de Programa de Comunicação Ambiental CST-Escolas, este programa oferece treinamento em educação ambiental para professores da rede pública de ensino. Criado há cinco anos, ele já beneficiou cerca de 50 mil alunos e 1,7 mil professores. Com 57 escolas atualmente, esta iniciativa, além dos cursos que promove com os professores, ainda realiza visitas monitoradas dos alunos à CST, nas quais as crianças aprendem como funciona a gestão da água, dos resíduos e da energia da empresa.
Com duração de dois anos, o programa recebe dez novas escolas por ano, que não têm nenhum custo e recebem todo o material didático de suporte necessário. `Esta foi a forma que encontramos de levar a consciência ambiental para as futuras gerações. Os professores vão repassar para os alunos o que aprenderam aqui, e eles, por sua vez, vão levar para as suas casas, amigos e comunidade`, conta Silva. `Não é possível separar a causa ambiental de outras questões socioeconômicas e culturais, por isso é preciso promover uma educação que englobe todos estes tópicos`, garante.
Ainda na atuação no ensino fundamental e médio, a CST promove o Encontro de Educação Ambiental, um evento anual onde todas as escolas participantes do programa se reúnem para trocar experiências. Realizado durante a Semana do Meio Ambiente, em junho, o encontro também apresenta os trabalhos desenvolvidos por técnicos da CST na promoção de uma gestão ambiental responsável.
Outra forma de promover a troca de informações entre as escolas é o Jornal Teia Ambiental, que tem tiragem mensal de cinco mil exemplares. Já a Banca de Meio Ambiente é uma biblioteca itinerante, com material didático para ajudar no aprendizado ambiental das crianças. Esta Banca permanece aproximadamente 30 dias em cada escola – atualmente são cinco bancas circulando. Para ajudar nas aulas práticas de educação ambiental de seus funcionários e dos alunos, a CST também criou o Centro de Educação Ambiental, um espaço com área de 350 mil m2, com lagos e dois borboletários, que já recebeu mais de 25 mil visitantes.
Para Andréia de Oliveira S. de Souza, pedagoga da Escola José Áureo Monjardim, o projeto é uma oportunidade de promover a educação ambiental nas escolas e também observar de perto os esforços de uma empresa em estimular o cuidado com o meio ambiente, tanto dentro como fora de suas dependências.
Segundo a pedagoga, os recursos didáticos que a siderúrgica oferece são excelentes, e a vantagem em conseguir uma parceria com uma empresa que, por sua atividade já seria bastante poluidora, é `verificar que a CST está fazendo a parte dela, e também nos ajudando a fazer a nossa`.
Educação superior e transparência
A educação superior é outro foco que recebe cuidados da CST. `Este é um desdobramento do projeto de educação nas escolas de ensino básico e fundamental. Lá estamos preparando as futuras gerações, os futuros formadores de opinião, e percebemos que era preciso atuar também com os formadores de opinião de agora, com aqueles que estão se preparando para entrar no mercado de trabalho`, explica Silva. Seis instituições de ensino superior participam deste programa, que incentiva o desenvolvimento de trabalhos de conclusão de curso dentro do tema ambiental, atingindo mais de 1,5 mil alunos, através de palestras e fornecimento de material técnico e pedagógico, ligados a questão.
A transparência na sua política com o meio ambiente também é uma preocupação da CST, que publica anualmente o seu relatório ambiental. O terceiro relatório deve estar disponível até o final de setembro. `Contratamos uma consultoria independente para checar todos os nossos indicadores. Buscamos aperfeiçoar cada vez mais o relatório, que segue as orientações do GRI (Global Report Initiative) e do Instituto Ethos`, esclarece Silva.
`O princípio empresarial de desenvolvimento sustentável é de que não adianta construir em cima do vazio. Não somos uma ilha, podemos apresentar excelentes resultados, mas essa riqueza gerada aqui, não só a financeira, mas a científica, a humana, precisa ser repartida com a comunidade`, acredita o gerente.
Raio X
Nome da empresa: Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) Contato: Robson de Almeida Melo e Silva Cargo: gerente do Departamento de Meio Ambiente e Comunicação Número de funcionários: 3,6 mil Faturamento de 2001: US$ 881 milhões Endereço: Brigadeiro Eduardo Gomes, 930 - Jardim Limoeiro – Serra/ES Telefone: (27) 3348-1333 Site: www.cst.com.br
Fonte: Instituto Ethos de Responsabilidade Social