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O Terceiro Setor
Levantamento feito pelo ISER (Instituto Superior de Estudos da Religião - RJ), em parceria com a Johns Hopkins University, apurou que o Brasil tem em torno de 220 mil instituições beneficentes, sem fins lucrativos, congregando 10 milhões de voluntários, prestando atendimento direto a cerca de 40 milhões de pessoas, isto é, 1/4 da população brasileira. São números gigantescos que sempre foram desconhecidos.
A descoberta só aconteceu quando o governo publicou uma lei (nº 9.732/98) eliminando isenções fiscais de todas as entidades de assistência social. O governo legislou para uma minoria fraudulenta e fulminantemente produziu um impacto sobre a massa de milhões da atividade beneficente, compreendendo voluntários e atendidos que cobrem a área dolorosa da omissão do Poder Público.
Duas características sobressaem: 1ª) É um contingente de brasileiros que carrega a bandeira do cumprimento dos deveres num país formado na cultura monotônica de exaltada exigência de direitos, freqüentemente sem a contrapartida indispensável do cumprimento dos deveres; 2ª) Apesar de imenso, esse contingente humano vê sua força inibida pela falta de organização. A primeira característica é essencial, a segunda é circunstancial. Circunstancial porque, uma vez contando com o que é realmente essencial - o potencial de arregimentação e decisão - o quadro de desorganização poderá ser revertido. E, efetivamente, esse quadro começou a alterar-se.