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Professora ganha prêmio nacional
Por A Critica    17 de outubro de 2001
Projeto que usa jogos e brincadeiras para crianças na pré-escola
inova na educação
Jogos e brincadeiras usados em sala de aula com o objetivo de contribuir na formação de desempenho das crianças. Com esta receita, utilizada na Escola Municipal de Educação Indígena Professora Marilene Garrido, em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), a professora Cláudia Barbosa, 24, vai receber, nos próximos dias, o Prêmio Qualidade na Educação Infantil 2001.
O prêmio, resultado de uma parceria da Fundação Orsa e Ministério da Educação (MEC), tem objetivo de valorizar e difundir experiências pedagógicas relevantes praticadas por professores de educação infantil (creches e pré-escola) em instituições públicas da rede municipal. Este ano, foram premiadas as 27 melhores experiências brasileiras nessa área, uma em cada Estado do País.
Tudo começou, segundo ela, com a chegada de um folder, enviado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), apresentando propostas de brincadeiras e atividades para serem realizadas em sala de aula com crianças na faixa etária da pré-escola.
Trabalhando com uma turma de 23 alunos, com idade de seis anos, a maioria de origem indígena, ela percebeu a necessidade de estimular e incentivar alguns alunos, muito tímidos, que não se adaptavam ao convívio em sala de aula. Por isso, ela foi a primeira a se oferecer para realizar os jogos na escola que funciona na sede do Município.
Entre os jogos usados pela professora está o "passa-passa", no qual as crianças, usando uma bola de algodão, passam no corpo das outras visando descobrir a parte mais sensível do ou da colega. "Tinha muitas crianças que não se deixavam tocar, eram muito tímidas, retraídas e com a brincadeira elas se tornaram mais descontraídas", explicou Cláudia. Outra brincadeira, a com tinta guache, foi importante para mostrar aos alunos a importância dos dedos das mãos. Ela fazia com que eles mergulhassem a mão na tinta e colocassem no papel, deixando à mostra as mãos. "Os alunos às vezes perguntavam o por que de tantos dedos se só usavam dois para escrever", conta ela, que aproveitava a oportunidade para explicar a importância dos demais dedos.
Professora há quatro anos, Cláudia entende a responsabilidade da atividade, por isso diz dar-se ao máximo para conseguir um bom aproveitamento em sala de aula. Pela idade, a turma exige muito da professora e ela tem que estar preparada, observa.
Entusiasmada com o projeto, do qual tem sido parceira desde o início, a diretora da escola, Rosa Laura Wellner, 31, garante que as brincadeiras melhoraram o relacionamento da turma e os sentimentos de solidariedade, amizade e fraternidade. Rosa é psicopedagoga e está há 16 anos trabalhando na educação e se entusiasma com o projeto. "As crianças eram muito tímidas no começo, mas já se deixam envolver pelas brincadeiras e participam melhor das aulas", conta ela.
As brincadeiras são realizadas durante um dia na semana, mas diariamente Cláudia e Rosa criam maneiras para envolver os meninos na escola. "Todos os dias a professora tem que fazer brincadeiras, cantar e brincar com os alunos", conta ela, que não teve gastos financeiros para implantar o projeto, que recebe material da Seduc.
A entrega do prêmio, de R$ 3 mil para cada professor premiado, diploma e um kit com materiais para trabalhar em sala de aula (livros, lápis de cor, tinta) está prevista para acontecer no início desta segunda quinzena de outubro.
Jogos e brincadeiras usados em sala de aula com o objetivo de contribuir na formação de desempenho das crianças. Com esta receita, utilizada na Escola Municipal de Educação Indígena Professora Marilene Garrido, em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus), a professora Cláudia Barbosa, 24, vai receber, nos próximos dias, o Prêmio Qualidade na Educação Infantil 2001.
O prêmio, resultado de uma parceria da Fundação Orsa e Ministério da Educação (MEC), tem objetivo de valorizar e difundir experiências pedagógicas relevantes praticadas por professores de educação infantil (creches e pré-escola) em instituições públicas da rede municipal. Este ano, foram premiadas as 27 melhores experiências brasileiras nessa área, uma em cada Estado do País.
Tudo começou, segundo ela, com a chegada de um folder, enviado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), apresentando propostas de brincadeiras e atividades para serem realizadas em sala de aula com crianças na faixa etária da pré-escola.
Trabalhando com uma turma de 23 alunos, com idade de seis anos, a maioria de origem indígena, ela percebeu a necessidade de estimular e incentivar alguns alunos, muito tímidos, que não se adaptavam ao convívio em sala de aula. Por isso, ela foi a primeira a se oferecer para realizar os jogos na escola que funciona na sede do Município.
Entre os jogos usados pela professora está o "passa-passa", no qual as crianças, usando uma bola de algodão, passam no corpo das outras visando descobrir a parte mais sensível do ou da colega. "Tinha muitas crianças que não se deixavam tocar, eram muito tímidas, retraídas e com a brincadeira elas se tornaram mais descontraídas", explicou Cláudia. Outra brincadeira, a com tinta guache, foi importante para mostrar aos alunos a importância dos dedos das mãos. Ela fazia com que eles mergulhassem a mão na tinta e colocassem no papel, deixando à mostra as mãos. "Os alunos às vezes perguntavam o por que de tantos dedos se só usavam dois para escrever", conta ela, que aproveitava a oportunidade para explicar a importância dos demais dedos.
Professora há quatro anos, Cláudia entende a responsabilidade da atividade, por isso diz dar-se ao máximo para conseguir um bom aproveitamento em sala de aula. Pela idade, a turma exige muito da professora e ela tem que estar preparada, observa.
Entusiasmada com o projeto, do qual tem sido parceira desde o início, a diretora da escola, Rosa Laura Wellner, 31, garante que as brincadeiras melhoraram o relacionamento da turma e os sentimentos de solidariedade, amizade e fraternidade. Rosa é psicopedagoga e está há 16 anos trabalhando na educação e se entusiasma com o projeto. "As crianças eram muito tímidas no começo, mas já se deixam envolver pelas brincadeiras e participam melhor das aulas", conta ela.
As brincadeiras são realizadas durante um dia na semana, mas diariamente Cláudia e Rosa criam maneiras para envolver os meninos na escola. "Todos os dias a professora tem que fazer brincadeiras, cantar e brincar com os alunos", conta ela, que não teve gastos financeiros para implantar o projeto, que recebe material da Seduc.
A entrega do prêmio, de R$ 3 mil para cada professor premiado, diploma e um kit com materiais para trabalhar em sala de aula (livros, lápis de cor, tinta) está prevista para acontecer no início desta segunda quinzena de outubro.