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IBGE vai aperfeiçoar pesquisas sobre indicadores de pobreza
Por Jornal Valor - Renata Batista, Do Rio   18 de outubro de 2001
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está desenvolvendo
uma série de pesquisas para melhorar a qualidade dos indicadores de pobreza
no Brasil. A novidade mais recentes é uma pesquisa sobre utilização do
tempo, cujo primeiro piloto já foi feito com um grupo de 500 pessoas. Outra
é a nova versão da pesquisa sobre trabalho informal.
Na pesquisa sobre uso do tempo, a idéia é levantar o que as pessoas fazem, onde e com quem, em intervalos de 15 minutos. Tereza Cristina Araújo, representante do IBGE no grupo das Organizações das Nações Unidas (ONU) que estuda os indicadores de pobreza, que esteve reunido até ontem no Rio de Janeiro, explica que esse tipo de pesquisa ajuda a verificar o trabalho informal, o trabalho oculto das mulheres e a situação das crianças e dos idosos, por exemplo.
"Numa pesquisa como essa, fica evidente os papéis femininos e masculinos na sociedade e quanto se cuida de crianças e idosos", diz Tereza Cristina.
Ela explica, porém, que a pesquisa ainda não tem data para ser realizada. "Fizemos apenas um piloto que ainda está sendo analisado. Além disso, depende de orçamento, o que também não está definido", conta.
O IBGE também está ampliando a pesquisa sobre economia informal, que vai a campo em março. Ao contrário da primeira versão, realizada em 1995 apenas nas áreas metropolitanas, a nova pesquisa atingirá todo o país, inclusive as regiões rurais.
O questionário reformulado também trará informações sobre condições de vida e pobreza. Aos entrevistados será perguntado, por exemplo, qual renda julgam necessária para cobrir seus gastos - com alimentação e em geral - e como avaliam a própria moradia.
A socióloga explica que existem diversas formas de se medir a pobreza. Há os indicadores absolutos, como o rendimento das pessoas, mortalidade infantil.
Também existem conceitos relativos, muito usado na União Européia, onde os indicadores são comparados com a mediana verificada entre a população.
"O foco dos campos incluídos na pesquisa de trabalho informal é medir a pobreza de forma subjetiva, mostrar a percepção que as pessoas têm sobre suas qualidades de vida, que valores têm e onde querem chegar", diz.
Tereza Cristina explica que os indicadores de pobreza são cada vez mais importantes porque deles depende, por exemplo, alguns repasses de agências internacionais e até a concessão de alguns financiamentos.
Segundo ele, no Brasil, as principais informações já podem ser encontradas nas pesquisas tradicionais do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) e a Síntese de Indicadores Sociais.
Ontem, durante o encerramento do encontro no Rio de Janeiro, representantes dos órgãos nacionais de estatísticas de diversos países iniciaram a formulação de um documento com a síntese das melhores metodologias para medição da pobreza no mundo.
Foi a quarta reunião do grupo - a segunda no Rio. Estão previstas outras duas reuniões. "A ONU quer consolidar e padronizar os indicadores", completa.
Na pesquisa sobre uso do tempo, a idéia é levantar o que as pessoas fazem, onde e com quem, em intervalos de 15 minutos. Tereza Cristina Araújo, representante do IBGE no grupo das Organizações das Nações Unidas (ONU) que estuda os indicadores de pobreza, que esteve reunido até ontem no Rio de Janeiro, explica que esse tipo de pesquisa ajuda a verificar o trabalho informal, o trabalho oculto das mulheres e a situação das crianças e dos idosos, por exemplo.
"Numa pesquisa como essa, fica evidente os papéis femininos e masculinos na sociedade e quanto se cuida de crianças e idosos", diz Tereza Cristina.
Ela explica, porém, que a pesquisa ainda não tem data para ser realizada. "Fizemos apenas um piloto que ainda está sendo analisado. Além disso, depende de orçamento, o que também não está definido", conta.
O IBGE também está ampliando a pesquisa sobre economia informal, que vai a campo em março. Ao contrário da primeira versão, realizada em 1995 apenas nas áreas metropolitanas, a nova pesquisa atingirá todo o país, inclusive as regiões rurais.
O questionário reformulado também trará informações sobre condições de vida e pobreza. Aos entrevistados será perguntado, por exemplo, qual renda julgam necessária para cobrir seus gastos - com alimentação e em geral - e como avaliam a própria moradia.
A socióloga explica que existem diversas formas de se medir a pobreza. Há os indicadores absolutos, como o rendimento das pessoas, mortalidade infantil.
Também existem conceitos relativos, muito usado na União Européia, onde os indicadores são comparados com a mediana verificada entre a população.
"O foco dos campos incluídos na pesquisa de trabalho informal é medir a pobreza de forma subjetiva, mostrar a percepção que as pessoas têm sobre suas qualidades de vida, que valores têm e onde querem chegar", diz.
Tereza Cristina explica que os indicadores de pobreza são cada vez mais importantes porque deles depende, por exemplo, alguns repasses de agências internacionais e até a concessão de alguns financiamentos.
Segundo ele, no Brasil, as principais informações já podem ser encontradas nas pesquisas tradicionais do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) e a Síntese de Indicadores Sociais.
Ontem, durante o encerramento do encontro no Rio de Janeiro, representantes dos órgãos nacionais de estatísticas de diversos países iniciaram a formulação de um documento com a síntese das melhores metodologias para medição da pobreza no mundo.
Foi a quarta reunião do grupo - a segunda no Rio. Estão previstas outras duas reuniões. "A ONU quer consolidar e padronizar os indicadores", completa.