Notícias
Ambientalista teme pelo fracasso da Agenda 21
Por A Tarde    24 de outubro de 2001
Rio e Curitiba - A Agenda 21 brasileira demorou tempo demais para ficar
pronta. Agora, corre o risco de chegar à reunião Rio + 10 - a cúpula da ONU
que acontece na África do Sul no ano que vem para marcar dez anos da
Rio-92 - como um pacote de intenções sobre desenvolvimento sustentável
''vazio'', que não faz parte dos programas de desenvolvimento do governo e
não obteve o apoio da população. Pode, assim, não ser implementada.
Esse foi o diagnóstico apresentado ontem pelos ambientalistas durante o encerramento do XIII Foro de Ministros da América Latina e do Caribe.
Os representantes das ONGs (Organizações Não-Governamentais) criticaram a comissão responsável pela elaboração do documento e pediram ao ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, que a Agenda 21 seja oficialmente incorporada aos programas de desenvolvimento social do governo. ''As políticas para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável só sairão do papel se integradas a um projeto maior de incentivo social'', afirma a nota distribuída à imprensa do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais par o Meio Ambiente.
A criação de uma Agenda 21, um documento com intenções e propostas para reduzir a destruição do meio ambiente e incentivar o desenvolvimento sustentável, foi proposta e acordada em 1992. Mas foi só em 1997 que o Brasil criou uma comissão e começou a realizar reuniões para discutir o assunto. Agora, a comissão promete que o documento será entregue em abril d ano que vem ao presidente Fernando Henrique Cardoso, para que ele o divulgu em junho.
O ministério, no entanto, rejeita a crítica e não considera que o documento esteja atrasado. ''Para que a agenda refletisse a opinião de uma sociedade tão diversa como a brasileira, foi necessário tempo para fazer reuniões em todos os Estados do País'', explicou o secretário-executivo do Meio Ambient e presidente da comissão, José Carlos Carvalho. ''Dez anos pode parecer muito tempo, mas também pode ser considerado um recorde se consideramos as dimensões brasileiras. E o importante é que agora ela (a Agenda) contém a opinião das comunidades, das prefeituras, de milhares de pessoas'', concordou Everton Vargas, representante do Itamaraty na comissão elaboradora.
Os ativistas discordam e afirmam que a consulta não foi tão ampla como anunciam os membros da comissão. ''As conversas se concentraram em alguns poucos grupos ambientalistas, mas ela deveria ter sido uma grande discussão sobre desenvolvimento sustentável, envolvendo economistas, planejadores e, principalmente, membros do próprio governo'', disse Cimara Machado, do Fóru Brasileiro de ONGs no Rio Grande do Sul.
Esse foi o diagnóstico apresentado ontem pelos ambientalistas durante o encerramento do XIII Foro de Ministros da América Latina e do Caribe.
Os representantes das ONGs (Organizações Não-Governamentais) criticaram a comissão responsável pela elaboração do documento e pediram ao ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, que a Agenda 21 seja oficialmente incorporada aos programas de desenvolvimento social do governo. ''As políticas para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável só sairão do papel se integradas a um projeto maior de incentivo social'', afirma a nota distribuída à imprensa do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais par o Meio Ambiente.
A criação de uma Agenda 21, um documento com intenções e propostas para reduzir a destruição do meio ambiente e incentivar o desenvolvimento sustentável, foi proposta e acordada em 1992. Mas foi só em 1997 que o Brasil criou uma comissão e começou a realizar reuniões para discutir o assunto. Agora, a comissão promete que o documento será entregue em abril d ano que vem ao presidente Fernando Henrique Cardoso, para que ele o divulgu em junho.
O ministério, no entanto, rejeita a crítica e não considera que o documento esteja atrasado. ''Para que a agenda refletisse a opinião de uma sociedade tão diversa como a brasileira, foi necessário tempo para fazer reuniões em todos os Estados do País'', explicou o secretário-executivo do Meio Ambient e presidente da comissão, José Carlos Carvalho. ''Dez anos pode parecer muito tempo, mas também pode ser considerado um recorde se consideramos as dimensões brasileiras. E o importante é que agora ela (a Agenda) contém a opinião das comunidades, das prefeituras, de milhares de pessoas'', concordou Everton Vargas, representante do Itamaraty na comissão elaboradora.
Os ativistas discordam e afirmam que a consulta não foi tão ampla como anunciam os membros da comissão. ''As conversas se concentraram em alguns poucos grupos ambientalistas, mas ela deveria ter sido uma grande discussão sobre desenvolvimento sustentável, envolvendo economistas, planejadores e, principalmente, membros do próprio governo'', disse Cimara Machado, do Fóru Brasileiro de ONGs no Rio Grande do Sul.