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ONGs levam ao governador os problemas da área ambiental
Por O Estado de São Paulo    26 de outubro de 2001
Entidades querem que secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Trípoli,
deixe o cargo
Membros do Conselho da Fundação SOS Mata Atlântica entregaram ontem ao governador Geraldo Alckmin carta em que relatam problemas da atual gestão da Secretaria do Meio Ambiente. Participaram da audiência, além do governador, os secretários do Meio Ambiente, Ricardo Trípoli, e dos Recursos Hídricos, Antônio Carlos de Mendes Thame.
"Trouxemos um conjunto de problemas que fragilizaram o sistema estadual de meio ambiente na gestão de Trípoli, que vem privilegiando interesses políticos sobre os ambientais", disse o ambientalista João Paulo Capobianco. Estavam presentes ainda o presidente da SOS, Roberto Klabin, o superintende Mário Mantovani e os conselheiros Paulo Nogueira Netto, Fábio Feldmann e Rodrigo Mesquita.
A manifestação da SOS Mata Atlântica é mais um episódio na crise iniciada por causa do documento do Coletivo de Entidades Ambientalistas do Conselho Estadual do Meio Ambiente, em que mais de 70 ongs pedem a substituição do secretário. Segundo os ambientalistas, Trípoli colocou em "completo isolamento setores expressivos do ambientalismo de São Paulo, conseguindo o fato inédito de colocar todos na oposição", disse Capobianco.
O documento contém exemplos de processos de elaboração de leis e programas interrompidos - como o não envio de projeto de lei que instituti a Política Estadual de Resíduos Sólidos. Cita ainda o projeto de regularização de ocupações em área de mananciais, que "colocaria nas mãos da secretaria, sem controle social, o poder discricionário total para 'negociar' diretamente com os interessados em resolver seus problemas, criando, portanto, espaço de manipulação de interesses econômicos e políticos jamais pensados."
Um denúncia foi a expedição, pela Diretoria de Operações Ambientais de Bertioga, de 127 licenças autorizando desmatamentos, no período de 25 de fevereiro a 5 de maio de 1999. O fato foi denunciado, mas nenhuma providência foi tomada.
Segundo Roberto Klabin, Alckmin - que não recebeu a imprensa - se comprometeu a dar logo parecer sobre o assunto. "Procuramos mostrar os acontecimentos de forma técnica, mas cabe ao governador decidir", disse. O secretário Mendes Thame não quis comentar o caso. (Maura Campanili)
Membros do Conselho da Fundação SOS Mata Atlântica entregaram ontem ao governador Geraldo Alckmin carta em que relatam problemas da atual gestão da Secretaria do Meio Ambiente. Participaram da audiência, além do governador, os secretários do Meio Ambiente, Ricardo Trípoli, e dos Recursos Hídricos, Antônio Carlos de Mendes Thame.
"Trouxemos um conjunto de problemas que fragilizaram o sistema estadual de meio ambiente na gestão de Trípoli, que vem privilegiando interesses políticos sobre os ambientais", disse o ambientalista João Paulo Capobianco. Estavam presentes ainda o presidente da SOS, Roberto Klabin, o superintende Mário Mantovani e os conselheiros Paulo Nogueira Netto, Fábio Feldmann e Rodrigo Mesquita.
A manifestação da SOS Mata Atlântica é mais um episódio na crise iniciada por causa do documento do Coletivo de Entidades Ambientalistas do Conselho Estadual do Meio Ambiente, em que mais de 70 ongs pedem a substituição do secretário. Segundo os ambientalistas, Trípoli colocou em "completo isolamento setores expressivos do ambientalismo de São Paulo, conseguindo o fato inédito de colocar todos na oposição", disse Capobianco.
O documento contém exemplos de processos de elaboração de leis e programas interrompidos - como o não envio de projeto de lei que instituti a Política Estadual de Resíduos Sólidos. Cita ainda o projeto de regularização de ocupações em área de mananciais, que "colocaria nas mãos da secretaria, sem controle social, o poder discricionário total para 'negociar' diretamente com os interessados em resolver seus problemas, criando, portanto, espaço de manipulação de interesses econômicos e políticos jamais pensados."
Um denúncia foi a expedição, pela Diretoria de Operações Ambientais de Bertioga, de 127 licenças autorizando desmatamentos, no período de 25 de fevereiro a 5 de maio de 1999. O fato foi denunciado, mas nenhuma providência foi tomada.
Segundo Roberto Klabin, Alckmin - que não recebeu a imprensa - se comprometeu a dar logo parecer sobre o assunto. "Procuramos mostrar os acontecimentos de forma técnica, mas cabe ao governador decidir", disse. O secretário Mendes Thame não quis comentar o caso. (Maura Campanili)