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Superando a deficiência
Por Correio da Bahia    30 de outubro de 2001
Cursos qualificam portadores de necessidades especiais para o mercado de
trabalho
Encontrar emprego está difícil para todo mundo. Para os portadores de necessidades especiais, então, essa busca é muito mais difícil. Eles precisam superar os limites impostos pela deficiência auditiva, física ou mental e provar que são capazes de exercer uma atividade produtiva.
Para ajudar nessa tarefa, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (Apada) promove vários cursos gratuitos de qualificação, financiados pela Secretaria do Trabalho e Ação Social (Setras) e pelo programa Comunidade Solidária.
Cerca de 120 alunos freqüentam as aulas de economia do lar, cabeleireiro, panificação e pintura em tecido, com quatro meses de duração. Além de preparar os alunos para o emprego formal, como no caso da panificação, os professores ensinam os deficientes a produzir artigos para o mercado informal. O curso de economia do lar, por exemplo, ensina a fazer amaciante de roupa, maionese e queijo coalho. As turmas atualmente em funcionamento concluem as aulas em dezembro. Em breve, a Apada lançará novos cursos de pátina (duas turmas) e artesanato (uma turma).
A alegria de aprender a fazer coisas novas contagia os alunos e suas famílias. A depiladora Edna Oliveira dos Santos, mãe do estudante Gessinei, conta que não tem trabalho para acordá-lo para o curso de panificação. "Ele está gostando muito, acorda cedo, vai para o curso e, de tarde, vai para a escola. Quando chega, de noite, ele ainda faz pão, sequilho e salgados que aprende lá", relata a mãe. Ela espera que, no fim das aulas, o jovem seja encaminhado a um emprego. Assim, ele poderia juntar dinheiro para comprar um aparelho auditivo, que permite ouvir melhor, mas custa muito caro.
Além do conhecimento profissional, os alunos também são estimulados a exercer a cidadania. "A gente recebe, aqui, alguns jovens que não têm nem carteira de identidade", exemplifica Natália Dantas, diretora da Escola Marizanda Dantas para deficientes auditivos, mantida pela Apada. Ela acrescenta que os portadores de necessidades especiais também melhoram a auto-estima, já que se descobrem capazes de fazer coisas úteis para a comunidade.
A Apada seleciona seus alunos a partir de um banco de dados formado em parceria com outras instituições que cuidam de deficientes, como Centro de Educação Especial da Bahia (Ceeba), Centro de Arte e Educação Alternativa (Caeba), Instituto Pestalozzi e Associação Baiana dos Portadores de Deficiência (Abadef). Para os cursos financiados pela Setras, a idade mínima é de 16 anos; para os cursos do Comunidade Solidária, a idade mínima é 18 anos.
Mas não são apenas os portadores de necessidades especiais que freqüentam os cursos da Apada. Um dos cursos mais procurados é o de libras, a linguagem brasileira de sinais, que interessa não só aos deficientes auditivos, mas também a profissionais que lidam com eles. "Nós recebemos muitas pessoas que trabalham com educação, mas ultimamente também vem muita gente de outras áreas, como delegados e outras pessoas que querem se comunicar com os surdos", afirma Natália Dantas. "A comunidade, em geral, está começando a se envolver nessa questão do deficiente auditivo".
Encontrar emprego está difícil para todo mundo. Para os portadores de necessidades especiais, então, essa busca é muito mais difícil. Eles precisam superar os limites impostos pela deficiência auditiva, física ou mental e provar que são capazes de exercer uma atividade produtiva.
Para ajudar nessa tarefa, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (Apada) promove vários cursos gratuitos de qualificação, financiados pela Secretaria do Trabalho e Ação Social (Setras) e pelo programa Comunidade Solidária.
Cerca de 120 alunos freqüentam as aulas de economia do lar, cabeleireiro, panificação e pintura em tecido, com quatro meses de duração. Além de preparar os alunos para o emprego formal, como no caso da panificação, os professores ensinam os deficientes a produzir artigos para o mercado informal. O curso de economia do lar, por exemplo, ensina a fazer amaciante de roupa, maionese e queijo coalho. As turmas atualmente em funcionamento concluem as aulas em dezembro. Em breve, a Apada lançará novos cursos de pátina (duas turmas) e artesanato (uma turma).
A alegria de aprender a fazer coisas novas contagia os alunos e suas famílias. A depiladora Edna Oliveira dos Santos, mãe do estudante Gessinei, conta que não tem trabalho para acordá-lo para o curso de panificação. "Ele está gostando muito, acorda cedo, vai para o curso e, de tarde, vai para a escola. Quando chega, de noite, ele ainda faz pão, sequilho e salgados que aprende lá", relata a mãe. Ela espera que, no fim das aulas, o jovem seja encaminhado a um emprego. Assim, ele poderia juntar dinheiro para comprar um aparelho auditivo, que permite ouvir melhor, mas custa muito caro.
Além do conhecimento profissional, os alunos também são estimulados a exercer a cidadania. "A gente recebe, aqui, alguns jovens que não têm nem carteira de identidade", exemplifica Natália Dantas, diretora da Escola Marizanda Dantas para deficientes auditivos, mantida pela Apada. Ela acrescenta que os portadores de necessidades especiais também melhoram a auto-estima, já que se descobrem capazes de fazer coisas úteis para a comunidade.
A Apada seleciona seus alunos a partir de um banco de dados formado em parceria com outras instituições que cuidam de deficientes, como Centro de Educação Especial da Bahia (Ceeba), Centro de Arte e Educação Alternativa (Caeba), Instituto Pestalozzi e Associação Baiana dos Portadores de Deficiência (Abadef). Para os cursos financiados pela Setras, a idade mínima é de 16 anos; para os cursos do Comunidade Solidária, a idade mínima é 18 anos.
Mas não são apenas os portadores de necessidades especiais que freqüentam os cursos da Apada. Um dos cursos mais procurados é o de libras, a linguagem brasileira de sinais, que interessa não só aos deficientes auditivos, mas também a profissionais que lidam com eles. "Nós recebemos muitas pessoas que trabalham com educação, mas ultimamente também vem muita gente de outras áreas, como delegados e outras pessoas que querem se comunicar com os surdos", afirma Natália Dantas. "A comunidade, em geral, está começando a se envolver nessa questão do deficiente auditivo".