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Projeto beneficia comunidade através da pesquisa científica

Por Correio da Bahia / Vinícius Clay   3 de novembro de 2001
Como reverter o conhecimento oriundo de pesquisas científicas desenvolvidas no país em benefícios para a comunidade? Para tentar responder a esta questão, foi criado o projeto da Lei de Inovação Tecnológica, apresentando idéias que têm despertado grande interesse do Ministério da Ciência e Tecnologia. Sérgio Arouca, médico e professor da Fundação e Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), esteve ontem em Salvador para difundir o projeto elaborado pelo senador Roberto Freire (PPS).

De acordo com Arouca, cada vez mais a ciência e a tecnologia vêm assumindo papel fundamental no processo de desenvolvimento de um país, daí a importância de se discutirem propostas como esta no momento atual. Entre outros itens, a lei propõe a criação de mecanismos de flexibilidade nos institutos de pesquisa. Com isso, as entidades vão poder receber direitos de patente pelos medicamentos por ela criados, contratar pesquisadores e elaborar parcerias com o setor privado, desde que o objeto de pesquisa seja de interesse nacional.

"A ciência não pode ficar isolada do desenvolvimento brasileiro e vice-versa", declarou o especialista, ressaltando que, por diversas vezes, pesquisas realizadas no Brasil foram apropriadas por laboratórios de empresas multinacionais. Segundo Arouca, os Estados Unidos e alguns países europeus mantêm estreita relação entre os setores industrial e científico, e isto é fundamental para o desenvolvimento local.

Durante esta etapa, o projeto de lei está sendo difundido por todo o país para que sejam discutidas novas possibilidades e sugestões de melhoria. "Nunca houve este tipo de articulação no Brasil, este é um momento único e é fundamental que este projeto seja levado adiante", concluiu.

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