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Dança alimenta sonhos nos Jardins
Por Jornal Valor    13 de novembro de 2001
Alguns são meninos abandonados. Outros egressos do extinto SOS Criança. São
cerca de 50 pessoas, de 8 a 14 anos, que partilham dois destinos em comum: o
das ruas, onde nasceram, e o de um futuro que pode ser mais promissor. O
processo de transmutação é lento, mas contínuo e forjado há quatro anos num
sobrado de dois andares no bairro dos Jardins, em São Paulo, sede do Ballet
Stagium, onde as crianças se encontram para treinar e realimentar seu sonho.
"Estamos preparando esses meninos para se tornarem bailarinos, adotando a dança como carreira. É um trabalho com duplo enfoque, educativo e profissionalizante", explica a bailarina e coreógrafa Marika Gidali, fundadora do Stagium.
O projeto faz parte de um programa mais amplo, o "Dança a Serviço da Educação", desenvolvido em parceria com o governo federal, Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e BR Distribuidora, que utiliza os incentivos da Lei Rouanet para patrocinar o grupo. Dos R$ 28 milhões que a empresa pretende desembolsar esse ano em projetos sociais e culturais, cerca de 50% serão amortizados pela lei.
"Esse é um caminho excelente, porque afasta crianças e adolescentes das situações de risco social e divulga a marca da BR Distribuidora, posicionando-a como empresa-cidadã " , afirma Lorena Coelho, chefe do Setor de Patrocínio da empresa. Lorena atribui aos patrocínios culturais e sociais da BR Distribuidora papel decisivo na reviravolta ocorrida na empresa há dois anos. "Saímos de um prejuízo de R$ 73 milhões, em 1999, para um lucro de R$ 285 milhões ano passado."
Os parceiros do "Dança a Serviço da Educação" são responsáveis também pelo sucesso de duas outras vertentes do programa. Uma é dirigida a escolas da rede pública de ensino da capital situadas na periferia. O trabalho envolve alunos e professores. Às quintas-feiras, a companhia de dança leva seus espetáculos até as escolas, em sistema de rodízio. Com os professores o trabalho ocorre uma vez por mês e envolve 30 pessoas. Trata-se de um curso de conhecimento corporal, ou de sensibilização dos professores.
O duplo foco - criança e professor - é adotado também na atividade que os bailarinos desenvolvem com 1.400 internos da Febem. Para se aproximarem e serem aceitos pelos meninos, os componentes do Stagium utilizaram uma "ponte": treinaram 18 professores de dança de rua, como hip hop e "street dance", e aproveitaram sua empatia com os internos como elo de ligação.
A proposta é promover a socialização, o resgate da auto-estima e o conhecimento do próprio corpo. Satisfeitos com os resultados, os bailarinos já se preparam para dar o próximo salto: um projeto para ajudar os meninos que deixam a instituição a se reintegrar na sociedade. (F.Z.)
"Estamos preparando esses meninos para se tornarem bailarinos, adotando a dança como carreira. É um trabalho com duplo enfoque, educativo e profissionalizante", explica a bailarina e coreógrafa Marika Gidali, fundadora do Stagium.
O projeto faz parte de um programa mais amplo, o "Dança a Serviço da Educação", desenvolvido em parceria com o governo federal, Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e BR Distribuidora, que utiliza os incentivos da Lei Rouanet para patrocinar o grupo. Dos R$ 28 milhões que a empresa pretende desembolsar esse ano em projetos sociais e culturais, cerca de 50% serão amortizados pela lei.
"Esse é um caminho excelente, porque afasta crianças e adolescentes das situações de risco social e divulga a marca da BR Distribuidora, posicionando-a como empresa-cidadã " , afirma Lorena Coelho, chefe do Setor de Patrocínio da empresa. Lorena atribui aos patrocínios culturais e sociais da BR Distribuidora papel decisivo na reviravolta ocorrida na empresa há dois anos. "Saímos de um prejuízo de R$ 73 milhões, em 1999, para um lucro de R$ 285 milhões ano passado."
Os parceiros do "Dança a Serviço da Educação" são responsáveis também pelo sucesso de duas outras vertentes do programa. Uma é dirigida a escolas da rede pública de ensino da capital situadas na periferia. O trabalho envolve alunos e professores. Às quintas-feiras, a companhia de dança leva seus espetáculos até as escolas, em sistema de rodízio. Com os professores o trabalho ocorre uma vez por mês e envolve 30 pessoas. Trata-se de um curso de conhecimento corporal, ou de sensibilização dos professores.
O duplo foco - criança e professor - é adotado também na atividade que os bailarinos desenvolvem com 1.400 internos da Febem. Para se aproximarem e serem aceitos pelos meninos, os componentes do Stagium utilizaram uma "ponte": treinaram 18 professores de dança de rua, como hip hop e "street dance", e aproveitaram sua empatia com os internos como elo de ligação.
A proposta é promover a socialização, o resgate da auto-estima e o conhecimento do próprio corpo. Satisfeitos com os resultados, os bailarinos já se preparam para dar o próximo salto: um projeto para ajudar os meninos que deixam a instituição a se reintegrar na sociedade. (F.Z.)