Notícias
Jovens deixam pichação para virar grafiteiros
Por A Critica    14 de novembro de 2001
Dentro de cinco meses, a cena de um grupo de jovens colorindo muros e
prédios de Manaus será comum. Ao invés de pichadores indesejáveis e
transgressores da lei, 280 jovens serão grafiteiros profissionais. Ontem, a
Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Infância e
Juventude (Seminf), abriu a aula inaugural da primeira turma de 60 alunos. O
projeto foi batizado como Art.comlata e visa uma parceria simples: os
adolescentes são reconhecidos profissionalmente e em troca a cidade fica
limpa e com ares de cultura e arte. Depois de estudar 13 disciplinas, entre
elas valores do patrimônio público, policromia, desenho e psicologia, os
grafiteiros vão deixar sua marca por Manaus. O primeiro prédio autorizado
pela Prefeitura de Manaus a receber a pintura é o edifício Palácio do
Comércio, no Centro.
De acordo com o coordenador do projeto, o psicanalista e pastor Fernando Antônio de Melo Paula, todo pichador na realidade tenta colocar sua agressividade para fora, deixando sua marca narcisista. Mas que a partir de agora estarão aperfeiçoando seu traço. O processo do desenho de rua é dividido em três etapas: a pichação, que é o conhecido "desenho sujeira" que enfeia a cidade; o "vômito", que são as letras gordas e coloridas; e, por último, o grafismo, a arte em si. "É uma escala progressiva. E o Art.comlata vem refinar as cores e traços."
Fernando explica que o projeto está em fase de conquista. O primeiro contato com os pichadores foi em agosto numa mostra de grafites realizada no Estádio Vivaldo Lima. Naquele dia, conta o psicanalista, a equipe da Seminf inscreveu 200 jovens para o curso, que começa em dezembro. Os instrutores serão os próprios grafiteiros aperfeiçoados e ao invés de treinar nos muros estarão em sala de aula.
Para chegar aos meninos foi necessário ingressar na cultura deles - hip-hop - que abrange, além do grafite, o break, que é um estilo de dança, juntamente a seus MCs e DJs, que embalam o som. Entre outras descobertas, uma surpresa: os grafiteiros possuem um código de ética. "Ninguém queima a arte do outro, ou seja, a arte de um não é coberta por outra", ressalta Fernando, informando que o ídolo de um grafiteiro é nada mais nada menos que Picasso.
Há três anos Manaus começou a ser bombardeada por pichações e isso preocupou a Seminf, revela a secretária Rosaline Pinheiro. "Foi quando pensamos num projeto que trouxesse esses jovens para próximo de nós, para conhecer seus anseios e loucuras de subir em prédios altos e viadutos." Ela conta que a idéia foi desenvolvida por longos meses por uma equipe multidisciplinar formada por professor, psicólogo, assistente social e psicanalista como o pastor Fernando, que já trabalhava com alguns deles na igreja. Ainda há tempo para se inscrever no Art.comlata, totalmente gratuito, pelos telefones 236-3700 e 236-3487.
De acordo com o coordenador do projeto, o psicanalista e pastor Fernando Antônio de Melo Paula, todo pichador na realidade tenta colocar sua agressividade para fora, deixando sua marca narcisista. Mas que a partir de agora estarão aperfeiçoando seu traço. O processo do desenho de rua é dividido em três etapas: a pichação, que é o conhecido "desenho sujeira" que enfeia a cidade; o "vômito", que são as letras gordas e coloridas; e, por último, o grafismo, a arte em si. "É uma escala progressiva. E o Art.comlata vem refinar as cores e traços."
Fernando explica que o projeto está em fase de conquista. O primeiro contato com os pichadores foi em agosto numa mostra de grafites realizada no Estádio Vivaldo Lima. Naquele dia, conta o psicanalista, a equipe da Seminf inscreveu 200 jovens para o curso, que começa em dezembro. Os instrutores serão os próprios grafiteiros aperfeiçoados e ao invés de treinar nos muros estarão em sala de aula.
Para chegar aos meninos foi necessário ingressar na cultura deles - hip-hop - que abrange, além do grafite, o break, que é um estilo de dança, juntamente a seus MCs e DJs, que embalam o som. Entre outras descobertas, uma surpresa: os grafiteiros possuem um código de ética. "Ninguém queima a arte do outro, ou seja, a arte de um não é coberta por outra", ressalta Fernando, informando que o ídolo de um grafiteiro é nada mais nada menos que Picasso.
Há três anos Manaus começou a ser bombardeada por pichações e isso preocupou a Seminf, revela a secretária Rosaline Pinheiro. "Foi quando pensamos num projeto que trouxesse esses jovens para próximo de nós, para conhecer seus anseios e loucuras de subir em prédios altos e viadutos." Ela conta que a idéia foi desenvolvida por longos meses por uma equipe multidisciplinar formada por professor, psicólogo, assistente social e psicanalista como o pastor Fernando, que já trabalhava com alguns deles na igreja. Ainda há tempo para se inscrever no Art.comlata, totalmente gratuito, pelos telefones 236-3700 e 236-3487.