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Coordenadora da Pastoral da Criança elogia Bolsa-Escola

Por O Estado de São Paulo - LUCIANA NUNES LEAL    22 de novembro de 2001
RIO - A coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, defendeu ontem o programa Bolsa-Escola, do Ministério da Educação, como importante instrumento para acabar com a corrupção e o paternalismo nas ações sociais dos governos. "Os R$ 15 por criança parecem pouco, mas promovem desenvolvimento local sustentável", disse, na mesa redonda sobre direitos humanos da 3.ª Assembléia-Geral da Conferência Parlamentar das Américas, no Rio.

"Já vi muita corrupção via intermediários. Escutei parlamentares dizerem que se tiverem cesta básica três meses antes da eleição para distribuir estão eleitos. O bolsa-escola chega diretamente à mãe", argumentou ela, que este ano foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, dado ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan. "É o possível no momento e os resultados mostram a promoção da mulher em sua cidadania", disse. "O bolsa-escola é uma forma moderna de combater a dominação política. Nenhum programa é perfeito, mas a direção está certa."

A Pastoral da Criança teve o orçamento dobrado, de R$ 8 milhões em 2000 para R$ 16 milhões em 2001, e 80% são recursos do Ministério da Saúde. Segundo Zilda, nas áreas atendidas pela pastoral a mortalidade infantil fica em torno de 13 mortes por mil nascidos vivos, quando a média nacional é de 34 mortes por mil nascidos vivos.

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