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Milhões de afegãos estão morrendo
Por A Critica    22 de novembro de 2001
HERAT, Afeganistão (AFP) - O governo da província afegã de Herat (oeste),
Ismail Jan, afirmou ontem que "entre oito e nove milhões de afegãos estão
morrendo de fome", e pediu uma "jihad (guerra santa) contra o analfabetismo".
Em uma reunião com mulheres afegãs assistida também pela AFP, Jan afirmou que "100.000 pessoas morreram" entre 1996 e 2001 durante a guerra com a milícia fundamentalista dos talibãs, que foi expulsa da província. "No tempo dos talibãs, suas casas eram prisões para vocês e por isso sofreram mais do que nós, os homens", disse Jan, acrescentando que "entre 8 e 9 milhões de afegãos estão morrendo de fome" .
Membro da Jamiat-i-Islami (sociedade islâmica) do presidente Burhanuddin Rabbani, Jan dirige a cidade de Herat, mas enfrenta a hostilidade de um partido xiita, o Hezb-i-Wahdat, pelo controle de algumas partes da província, segundo os jornalistas locais.
Mark Malloch Brown, alto funcionário das Nações Unidas responsável pela reconstrução do Afeganistão, disse ontem que será necessário um plano de cinco anos para o país e sugeriu a quantia de US$ 6,5 bilhões.
Numa coletiva de imprensa, Malloch Brown afirmou que era "um pouco prematuro dar uma estimativa de custos" para o Afeganistão, mas acrescentou que em poucos dias poderá divulgar um número mais preciso.
O grande número de fatores desconhecidos, neste caso, como o custo do transporte e o possível impacto econômico da volta dos quatro milhões de refugiados, acaba dificultando este tipo de análise.
Nesta avaliação prévia, Brown citou Moçambique como exemplo, país onde foi implantado um plano de reconstrução de cinco anos no início da década de 90, com custo de US$ 6,5 bilhões e que permitiu retomar a economia no país, após um longo período de guerra civil.
Desde ontem ocorre em Washington uma série de reuniões de alto nível para identificar as necessidades do Afeganistão. "Trata-se de uma iniciativa útil dos Estados Unidos e do Japão para trabalhar sobre assuntos básicos que precisam ser resolvidos", afirmou.
Depois de quase três décadas de guerras, o Afeganistão praticamente não tem estradas, eletricidade e serviços de água potável, enfrentando problemas sérios de infra-estrutura.
Em uma reunião com mulheres afegãs assistida também pela AFP, Jan afirmou que "100.000 pessoas morreram" entre 1996 e 2001 durante a guerra com a milícia fundamentalista dos talibãs, que foi expulsa da província. "No tempo dos talibãs, suas casas eram prisões para vocês e por isso sofreram mais do que nós, os homens", disse Jan, acrescentando que "entre 8 e 9 milhões de afegãos estão morrendo de fome" .
Membro da Jamiat-i-Islami (sociedade islâmica) do presidente Burhanuddin Rabbani, Jan dirige a cidade de Herat, mas enfrenta a hostilidade de um partido xiita, o Hezb-i-Wahdat, pelo controle de algumas partes da província, segundo os jornalistas locais.
Mark Malloch Brown, alto funcionário das Nações Unidas responsável pela reconstrução do Afeganistão, disse ontem que será necessário um plano de cinco anos para o país e sugeriu a quantia de US$ 6,5 bilhões.
Numa coletiva de imprensa, Malloch Brown afirmou que era "um pouco prematuro dar uma estimativa de custos" para o Afeganistão, mas acrescentou que em poucos dias poderá divulgar um número mais preciso.
O grande número de fatores desconhecidos, neste caso, como o custo do transporte e o possível impacto econômico da volta dos quatro milhões de refugiados, acaba dificultando este tipo de análise.
Nesta avaliação prévia, Brown citou Moçambique como exemplo, país onde foi implantado um plano de reconstrução de cinco anos no início da década de 90, com custo de US$ 6,5 bilhões e que permitiu retomar a economia no país, após um longo período de guerra civil.
Desde ontem ocorre em Washington uma série de reuniões de alto nível para identificar as necessidades do Afeganistão. "Trata-se de uma iniciativa útil dos Estados Unidos e do Japão para trabalhar sobre assuntos básicos que precisam ser resolvidos", afirmou.
Depois de quase três décadas de guerras, o Afeganistão praticamente não tem estradas, eletricidade e serviços de água potável, enfrentando problemas sérios de infra-estrutura.