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Ashoka e Mckinsey premiam organizações sociais

Por Jornal Valor    28 de novembro de 2001
De São Paulo

A Ashoka, organização não governamental que se ocupa da profissionalização de entidades do terceiro setor, e a consultoria Mckinsey anunciam hoje, às 19 horas, os vencedores do Prêmio Empreendedor Social.

O concurso realizado pela parceria Ashoka Mckinsey destina-se a premiar organizações com objetivos sociais mas que desenvolvem um projeto de geração de renda para diversificar suas fontes de recursos.

"O prêmio funciona também como um treinamento", afirma Vivianne Naigeborin, coordenadora do centro de competência para empreendedores sociais da Ashoka Mckinsey.

A escolha dos vencedores é um processo que dura seis meses. Durante esse tempo, os profissionais das organizações inscritas no prêmio passam por vários treinamentos, conforme vão avançando no processo de seleção.

O treinamento realizado durante a avaliação dos planos de negócios e a experiência adquirida com o prêmio nos anos anteriores acabou resultando em um novo projeto: o lançamento do livro Empreendimentos Sociais Sustentáveis.

"Usamos no livro exemplos de organizações que disputaram os prêmios passados", diz Vivianne. O livro será lançado durante a cerimônia de premiação das organizações vencedoras.

Este ano, 230 organizações sociais e 350 universitários se inscreveram no concurso. Os estudantes são alocados para ajudar na elaboração do plano de negócios das organizações.

A instituição vencedora do concurso recebe R$ 30 mil. O segundo e o terceiro colocados recebem R$ 20 mil e R$ 30 mil, respectivamente. Também são concedidas cinco menções honrosas de R$ 7 mil. Os estudantes que participaram dos projetos vencedores ganham passagens e estadia paga com um acompanhante para qualquer cidade brasileira.

Segundo Vivianne, a maior característica do prêmio esse ano é que os projetos de geração de renda estão mais apoiados na prestação de serviços do que na venda de produtos. "As organizações estão percebendo que o conhecimento que eles têm pode ser vendido", diz a coordenadora.

A executiva cita o exemplo do Projeto Curumim, que se destina a atender crianças. Até há pouco tempo a organização se restringia a vender produtos de papel reciclado, como agendas e cadernos. Agora a entidade presta serviços de consultoria, ensinando empresas e escolas a implantar um projeto de reciclagem. (ML)

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