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Investimento em cultura está integrado ao desenvolvimento social
Por redeGIFE    5 de dezembro de 2001
No próximo dia 14 de dezembro os associados do GIFE que desenvolvem ações em cultura reúnem-se em São Paulo para debater as possibilidades de investimento social privado na área. Entre os participantes do grupo, que é coordenado pelo vice-presidente Ricardo Ribenboim, estão Silvia Finguerut, gerente geral de patrimônio e ecologia da Fundação Roberto Marinho, e Gina Machado, gerente de projetos na área de cultura da Vitae. Veja alguns trechos de entrevista concedida por elas ao redeGIFE.
redeGIFE – O que é mais relevante para o interesse público: investir na cultura como fim em si ou na cultura como instrumento para outras ações sociais?
Silvia Finguerut – Creio que o investimento em cultura seja uma ação de cidadania e de educação de um povo. Somos o que somos, ou seja, distinguimo-nos de outros povos através das manifestações culturais. Por isso parece-me que seja válida qualquer ação de mobilização cultural. Focá-las apenas do ponto de vista social seria restritivo.
Gina Machado – O investimento na área de cultura jamais pode ser considerado um fim em si. A vida cultural está inserida na sociedade e, portanto, está integrada à educação e ao desenvolvimento social.
redeGIFE – Algumas pessoas questionam o valor do investimento em cultura erudita, contrapondo com o suprimento do que consideram como necessidades mais básicas da população, como alimentação, saúde ou educação. Como vocês encaram esta questão?
Gina – Cultura erudita não pode ser compreendida como firula de gente rica. Não é razoável estabelecer um divisor de águas entre cultura erudita, cultura popular, cultura vernacular e folclore. É claro que devemos dar grande prioridade à saúde, à educação e ao combate à fome. Mas devemos também priorizar o combate à exclusão cultural. A humanidade empobrece quando fica limitada exclusivamente ao reino da necessidade.
Silvia – O investimento em cultura é prioritário seja ela qual for. É lógico que num país com tantas carências há que se atender a alimentação e a saúde. Na educação, a cultura já está implícita.
redeGIFE – O que é mais relevante para o interesse público: investir na cultura como fim em si ou na cultura como instrumento para outras ações sociais?
Silvia Finguerut – Creio que o investimento em cultura seja uma ação de cidadania e de educação de um povo. Somos o que somos, ou seja, distinguimo-nos de outros povos através das manifestações culturais. Por isso parece-me que seja válida qualquer ação de mobilização cultural. Focá-las apenas do ponto de vista social seria restritivo.
Gina Machado – O investimento na área de cultura jamais pode ser considerado um fim em si. A vida cultural está inserida na sociedade e, portanto, está integrada à educação e ao desenvolvimento social.
redeGIFE – Algumas pessoas questionam o valor do investimento em cultura erudita, contrapondo com o suprimento do que consideram como necessidades mais básicas da população, como alimentação, saúde ou educação. Como vocês encaram esta questão?
Gina – Cultura erudita não pode ser compreendida como firula de gente rica. Não é razoável estabelecer um divisor de águas entre cultura erudita, cultura popular, cultura vernacular e folclore. É claro que devemos dar grande prioridade à saúde, à educação e ao combate à fome. Mas devemos também priorizar o combate à exclusão cultural. A humanidade empobrece quando fica limitada exclusivamente ao reino da necessidade.
Silvia – O investimento em cultura é prioritário seja ela qual for. É lógico que num país com tantas carências há que se atender a alimentação e a saúde. Na educação, a cultura já está implícita.