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ONGs celebram luta por cidadania
Por Jornal do Commercio    12 de dezembro de 2001
Manifestações chamaram a atenção da sociedade para o direito fundamental à
vida. Um maracatu foi lançado para comemorar data
O Dia Internacional dos Direitos Humanos foi marcado ontem, no Recife, por manifestações em defesa da luta pela cidadania. Durante todo o dia, organizações não-governamentais (ONGs) realizaram atos públicos lembrando à sociedade o direito fundamental à vida. Até um maracatu formado por jovens carentes foi lançado para lembrar a data.
Pela manhã, o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável reuniu dezenas de pessoas na Ponte da Boa Vista, no centro da cidade. A intenção era lembrar o significado da data e cobrar do Governo e da sociedade condições dignas de sobrevivência para a categoria.
“Sofremos discriminações e agressões aos nossos direitos. Fizemos esse ato para mostrar à população a importância do nosso trabalho”, destacou o coordenador regional do movimento, Erick Soares.
“As pessoas nos olham como se a gente fosse ladrão. Mas catamos lixo porque não temos emprego e precisamos ganhar nosso pão”, comentou o catador José Roberto Correia, 40.
Segundo Erick, além de alertar para os direitos humanos, a manifestação quis atentar para a importância da reciclagem do lixo. “Estamos lutando pelos nossos direitos e contribuindo para a qualidade de vida da população. Escolhemos a ponte porque essa parte do Rio Capibaribe é muito poluída”, afirmou.
O evento contou com a participação de representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ONGs, Prefeituras do Recife, Olinda, Carpina, Limoeiro e Cabo de Santo Agostinho.
“Os catadores organizados podem lutar pelos seus direitos. Eles têm uma importância muito grande no ciclo da geração de renda”, avaliou a socióloga Ana Azevedo, consultora do Unicef.
O Maracatu Nação da Paz, formado por cerca de 30 jovens carentes de vários municípios pernambucanos, fez sua estréia, na tarde de ontem, em frente ao Monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora. O grupo atraiu curiosos durante a exibição.
Compenetrados, os integrantes do maracatu, com idade dos 16 aos 21, deram um show com os instrumentos de percussão confeccionados por eles. Todos aprenderam a tocar num curso promovido pelo Movimento Tortura Nunca Mais em parceria com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Daniel Melo, professor dos jovens, disse que o maracatu foi formado em cinco meses de ensaio. “Agora eles vão alimentar com música nossa luta pela paz e respeito aos direitos humanos”, disse.
O Maracatu Nação da Paz também se apresentou na sede da Polícia Civil, onde foi realizada exposição de fotografias com flagrantes de desrespeito aos direitos humanos, como crianças cheirando cola e catando lixo.
O Dia Internacional dos Direitos Humanos foi marcado ontem, no Recife, por manifestações em defesa da luta pela cidadania. Durante todo o dia, organizações não-governamentais (ONGs) realizaram atos públicos lembrando à sociedade o direito fundamental à vida. Até um maracatu formado por jovens carentes foi lançado para lembrar a data.
Pela manhã, o Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável reuniu dezenas de pessoas na Ponte da Boa Vista, no centro da cidade. A intenção era lembrar o significado da data e cobrar do Governo e da sociedade condições dignas de sobrevivência para a categoria.
“Sofremos discriminações e agressões aos nossos direitos. Fizemos esse ato para mostrar à população a importância do nosso trabalho”, destacou o coordenador regional do movimento, Erick Soares.
“As pessoas nos olham como se a gente fosse ladrão. Mas catamos lixo porque não temos emprego e precisamos ganhar nosso pão”, comentou o catador José Roberto Correia, 40.
Segundo Erick, além de alertar para os direitos humanos, a manifestação quis atentar para a importância da reciclagem do lixo. “Estamos lutando pelos nossos direitos e contribuindo para a qualidade de vida da população. Escolhemos a ponte porque essa parte do Rio Capibaribe é muito poluída”, afirmou.
O evento contou com a participação de representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ONGs, Prefeituras do Recife, Olinda, Carpina, Limoeiro e Cabo de Santo Agostinho.
“Os catadores organizados podem lutar pelos seus direitos. Eles têm uma importância muito grande no ciclo da geração de renda”, avaliou a socióloga Ana Azevedo, consultora do Unicef.
O Maracatu Nação da Paz, formado por cerca de 30 jovens carentes de vários municípios pernambucanos, fez sua estréia, na tarde de ontem, em frente ao Monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora. O grupo atraiu curiosos durante a exibição.
Compenetrados, os integrantes do maracatu, com idade dos 16 aos 21, deram um show com os instrumentos de percussão confeccionados por eles. Todos aprenderam a tocar num curso promovido pelo Movimento Tortura Nunca Mais em parceria com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Daniel Melo, professor dos jovens, disse que o maracatu foi formado em cinco meses de ensaio. “Agora eles vão alimentar com música nossa luta pela paz e respeito aos direitos humanos”, disse.
O Maracatu Nação da Paz também se apresentou na sede da Polícia Civil, onde foi realizada exposição de fotografias com flagrantes de desrespeito aos direitos humanos, como crianças cheirando cola e catando lixo.