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Solidariedade, tudo a ver
Por Correio Brasiliense - Rodrigo Hilário   12 de dezembro de 2001
Um número cada vez maior de jovens do Distrito Federal participa de
movimentos sociais. Eles usam internet, jornais experimentais, palestras e
campanhas educativas para exercer a cidadania
Da equipe do Correio
Eles cansaram de esperar. Arregaçaram as mangas e buscaram alternativas às iniciativas oficiais para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Jovens de todo o Distrito Federal estão se engajando em projetos que reforçam os conceitos de cidadania. Formam uma rede de voluntariado que reúne várias entidades preocupadas em dedicar parte do seu tempo à construção de um mundo mais democrático, justo e fraterno.
A Agência Juvenil de Direitos, criada no ano passado por 12 jovens do Setor P Sul, em Ceilândia, é um exemplo. Por iniciativa própria, o grupo fez um levantamento na delegacia de polícia do bairro, no mês passado. Descobriu que, de janeiro para cá, pelo menos 16 adolescentes morreram assassinados na região.
A descoberta deu início a uma série de atividades em prol da qualidade de vida dos habitantes do lugar. ‘‘Por conta da criminalidade, o P Sul é um lugar que reflete medo. Mas aqui mora gente de bem. Queremos cobrar das autoridades mais investimentos contra a violência’’, conta a estudante Lílian Melo, 22 anos. No último sábado, a agência realizou o Movimento Pela Vida, que promoveu atividades culturais e uma caminhada pelas ruas do Setor P Sul para pedir mais justiça e segurança.
Com mais de 300 voluntários, a maioria jovens, a ONG Gente Nova incentiva o desenvolvimento de valores humanitários por meio de congressos, feiras, exposições, debates, palestras e outras ações sociais. A mais conhecida é a campanha Quilômetro de Solidariedade, que arrecada agasalhos e brinquedos para instituições carentes do DF.
No começo do mês, eles conseguiram juntar 11 mil brinquedos, que serão distribuídos em 40 creches e orfanatos de Brasília. ‘‘A mudança da sociedade começa com a transformação do indivíduo. Procuramos resgatar o amor ao próximo como forma de construir um mundo melhor’’, explica Raquel Feu, diretora da ONG.
A internet é o veículo usado pelo Grupo Interagir para estimular o protagonismo juvenil — projetos sociais que têm o jovem como ator principal. A ordem é integrar as entidades através de fóruns e encontros regionais. ‘‘Jovem não é só o futuro do país. É também o presente. Precisamos apenas de incentivo dos setores público e privado’’, diz o universitário Henrique Dantas, 20, um dos 26 membros do grupo.
A estudante de Jornalismo Alaíse Beserra, 19, e mais seis amigas criaram, em março de 1998, o projeto de comunicação jovem Da Hora. No ano passado, receberam o prêmio Jovens Voluntários 2000, concedido pelo Instituto C&A e pelo Centro de Voluntariado do DF. Além de divulgar informações sobre juventude em jornais experimentais, o programa mantém uma pauta de mobilização social.
SERVIÇO
Agência Juvenil de Direitos
378-2646 / 377-2346
Grupo Da Hora
386-1130
Grupo Interagir
www.protagonismojuvenil.org.br
ONG Gente Nova
9986-0513
Da equipe do Correio
Eles cansaram de esperar. Arregaçaram as mangas e buscaram alternativas às iniciativas oficiais para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Jovens de todo o Distrito Federal estão se engajando em projetos que reforçam os conceitos de cidadania. Formam uma rede de voluntariado que reúne várias entidades preocupadas em dedicar parte do seu tempo à construção de um mundo mais democrático, justo e fraterno.
A Agência Juvenil de Direitos, criada no ano passado por 12 jovens do Setor P Sul, em Ceilândia, é um exemplo. Por iniciativa própria, o grupo fez um levantamento na delegacia de polícia do bairro, no mês passado. Descobriu que, de janeiro para cá, pelo menos 16 adolescentes morreram assassinados na região.
A descoberta deu início a uma série de atividades em prol da qualidade de vida dos habitantes do lugar. ‘‘Por conta da criminalidade, o P Sul é um lugar que reflete medo. Mas aqui mora gente de bem. Queremos cobrar das autoridades mais investimentos contra a violência’’, conta a estudante Lílian Melo, 22 anos. No último sábado, a agência realizou o Movimento Pela Vida, que promoveu atividades culturais e uma caminhada pelas ruas do Setor P Sul para pedir mais justiça e segurança.
Com mais de 300 voluntários, a maioria jovens, a ONG Gente Nova incentiva o desenvolvimento de valores humanitários por meio de congressos, feiras, exposições, debates, palestras e outras ações sociais. A mais conhecida é a campanha Quilômetro de Solidariedade, que arrecada agasalhos e brinquedos para instituições carentes do DF.
No começo do mês, eles conseguiram juntar 11 mil brinquedos, que serão distribuídos em 40 creches e orfanatos de Brasília. ‘‘A mudança da sociedade começa com a transformação do indivíduo. Procuramos resgatar o amor ao próximo como forma de construir um mundo melhor’’, explica Raquel Feu, diretora da ONG.
A internet é o veículo usado pelo Grupo Interagir para estimular o protagonismo juvenil — projetos sociais que têm o jovem como ator principal. A ordem é integrar as entidades através de fóruns e encontros regionais. ‘‘Jovem não é só o futuro do país. É também o presente. Precisamos apenas de incentivo dos setores público e privado’’, diz o universitário Henrique Dantas, 20, um dos 26 membros do grupo.
A estudante de Jornalismo Alaíse Beserra, 19, e mais seis amigas criaram, em março de 1998, o projeto de comunicação jovem Da Hora. No ano passado, receberam o prêmio Jovens Voluntários 2000, concedido pelo Instituto C&A e pelo Centro de Voluntariado do DF. Além de divulgar informações sobre juventude em jornais experimentais, o programa mantém uma pauta de mobilização social.
SERVIÇO
Agência Juvenil de Direitos
378-2646 / 377-2346
Grupo Da Hora
386-1130
Grupo Interagir
www.protagonismojuvenil.org.br
ONG Gente Nova
9986-0513