Notícias
Manifestação pela paz
Por Correio da Bahia    8 de outubro de 2001
Cerca de 900 crianças solidarizaram-se com as vítimas do atentado terrorista
aos Estados Unidos
Margareth Xavier
Crianças de creches e instituições sociais fizeram um apelo em prol da paz mundial
Mais de 900 crianças participaram ontem das comemorações do Dia da Criança na Associação Atlética Banco do Brasil. O evento, organizado pelo Comitê da Cidadania dos Funcionários do Banco do Brasil, reuniu meninos e meninas de idades variadas, pertencentes a creches e instituições mantidas com a ajuda do trabalho voluntário dos funcionários. Entre as ações de ontem, o tema principal foi a paz. As crianças iniciaram a festa solidarizando-se com as vítimas do World Trade Center (EUA), soltando balões brancos num ato humanitário pela paz mundial.
"Nosso principal objetivo é contribuir para que essas crianças tenham multiplicadas suas oportunidades de estudo, lazer e cultura, inclusive na comemoração de datas como o Dia da Criança", considerou Maria Idalba Arruda, da coordenação do evento. No total, o comitê atende a dez creches, dois orfanatos e dois asilos, com cerca de 5,7 mil crianças assistidas em todo o estado, além de cerca de 17 mil adultos que participam dos projetos de alfabetização.
Com direito a pipoca, cachorro-quente e muita diversão, a meninada se espalhou pelo clube para aproveitar o dia. Na abertura do evento, as crianças fizeram uma pausa nas brincadeiras para ouvir a leitura da carta escrita por Maurício dos Santos Eloe, 12 anos, do Centrevida, pedindo paz no mundo. "Fiquei assustado quando vi pela televisão o que estava acontecendo no mundo e resolvi escrever essa carta, falando de tantas crianças e de tantas pessoas que vivem hoje em situação tão difícil e do quanto a gente precisa aprender a evitar a guerra", considerou.
A turma foi recebida por mais de 150 voluntários do banco, que brincaram e se misturaram às crianças na confraternização. A programação incluiu apresentação de palhaços, música e distribuição de brinquedos. "Essa é uma oportunidade rara para que todos nós possamos estar reunidos, crianças e voluntários, exercendo juntos nossa cidadania", considerou Assis Arruda, voluntário e superintendente do Banco do Brasil na Bahia.
História - O Comitê da Cidadania começou a se organizar ainda em 1993, quando todo o país se engajava na campanha idealizada pelo sociólogo Hebert de Souza, o Betinho. A maioria das ações beneficentes é organizada por Israel Vieira de Abreu, que iniciou um trabalho tímido, visitando as agências, pedindo donativos, arrecadando e distribuindo alimentos nas instituições. Hoje, cerca de 500 funcionários participam com ele do trabalho e se emocionam sempre que falam do assunto.
"Não quero ser indiferente, ver e não sentir as frustrações e desilusões das crianças diante do que a mídia oferece", afirma Israel. O comitê, coordenado pelos próprios funcionários, mantém assistência a instituições localizadas em bairros carentes, além de ter construído a Padaria da Cidadania, na Saúde, distribuindo café da manhã a 500 pessoas, graças à venda do papel que iria para o lixo nas agências do Banco do Brasil. O comitê mantém ainda cursos profissionalizantes, além de auxílio e orientação para jovens, deficientes e portadores do vírus HIV que não possuem nenhuma fonte de renda.
Margareth Xavier
Crianças de creches e instituições sociais fizeram um apelo em prol da paz mundial
Mais de 900 crianças participaram ontem das comemorações do Dia da Criança na Associação Atlética Banco do Brasil. O evento, organizado pelo Comitê da Cidadania dos Funcionários do Banco do Brasil, reuniu meninos e meninas de idades variadas, pertencentes a creches e instituições mantidas com a ajuda do trabalho voluntário dos funcionários. Entre as ações de ontem, o tema principal foi a paz. As crianças iniciaram a festa solidarizando-se com as vítimas do World Trade Center (EUA), soltando balões brancos num ato humanitário pela paz mundial.
"Nosso principal objetivo é contribuir para que essas crianças tenham multiplicadas suas oportunidades de estudo, lazer e cultura, inclusive na comemoração de datas como o Dia da Criança", considerou Maria Idalba Arruda, da coordenação do evento. No total, o comitê atende a dez creches, dois orfanatos e dois asilos, com cerca de 5,7 mil crianças assistidas em todo o estado, além de cerca de 17 mil adultos que participam dos projetos de alfabetização.
Com direito a pipoca, cachorro-quente e muita diversão, a meninada se espalhou pelo clube para aproveitar o dia. Na abertura do evento, as crianças fizeram uma pausa nas brincadeiras para ouvir a leitura da carta escrita por Maurício dos Santos Eloe, 12 anos, do Centrevida, pedindo paz no mundo. "Fiquei assustado quando vi pela televisão o que estava acontecendo no mundo e resolvi escrever essa carta, falando de tantas crianças e de tantas pessoas que vivem hoje em situação tão difícil e do quanto a gente precisa aprender a evitar a guerra", considerou.
A turma foi recebida por mais de 150 voluntários do banco, que brincaram e se misturaram às crianças na confraternização. A programação incluiu apresentação de palhaços, música e distribuição de brinquedos. "Essa é uma oportunidade rara para que todos nós possamos estar reunidos, crianças e voluntários, exercendo juntos nossa cidadania", considerou Assis Arruda, voluntário e superintendente do Banco do Brasil na Bahia.
História - O Comitê da Cidadania começou a se organizar ainda em 1993, quando todo o país se engajava na campanha idealizada pelo sociólogo Hebert de Souza, o Betinho. A maioria das ações beneficentes é organizada por Israel Vieira de Abreu, que iniciou um trabalho tímido, visitando as agências, pedindo donativos, arrecadando e distribuindo alimentos nas instituições. Hoje, cerca de 500 funcionários participam com ele do trabalho e se emocionam sempre que falam do assunto.
"Não quero ser indiferente, ver e não sentir as frustrações e desilusões das crianças diante do que a mídia oferece", afirma Israel. O comitê, coordenado pelos próprios funcionários, mantém assistência a instituições localizadas em bairros carentes, além de ter construído a Padaria da Cidadania, na Saúde, distribuindo café da manhã a 500 pessoas, graças à venda do papel que iria para o lixo nas agências do Banco do Brasil. O comitê mantém ainda cursos profissionalizantes, além de auxílio e orientação para jovens, deficientes e portadores do vírus HIV que não possuem nenhuma fonte de renda.