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Filantropia com diversão

Por A Critica    8 de outubro de 2001
Com um público avaliado em 30 mil pessoas, a 23ª edição da Feira da Bondade chegou ao fim ontem reunindo gente, como já é de costume, para se divertir com muita música, comida e ajudar a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O evento teve início na última sexta-feira e foi realizado no Clube do Trabalhador do Serviço Social da Indústria (Sesi), no bairro do Aleixo (Zona Leste).

O objetivo da Feira da Bondade é arrecadar fundos para a Apae e, este ano, de acordo com o presidente da entidade, Paulo Abreu, 51, a expectativa foi reunir cerca de R$ 90 mil. No ano passado, foram arrecadados R$ 75 mil e o público chegou a 26 mil pessoas. Abreu considerou o primeiro dia de feira de 2001 como o melhor dos últimos quatro anos, sendo que o sábado, comumente, é o que reúne o maior público. "No ano passado, fomos prejudicados pela eleição. Este ano, teve o show da Cássia Eller, mas não chegou a interferir" , analisa o presidente.

Com ingresso a R$ 1, a Feira da Bondade, além do caráter filantrópico, também acabou sendo uma opção de divertimento a mais na cidade para quem curte música e comidas variadas. Foram montadas 21 barracas, algumas expondo produtos variados (imóveis, bijuterias, roupas, cosméticos) e outras oferecendo pratos de culinárias diversas. Cinco dessas barracas, chamadas voluntárias, doaram tudo que arrecadaram para a Apae. Uma delas foi a "Bexiga", que há 18 anos ajuda a Apae. Composta de 60 voluntários, a barraca representa o Estado de São Paulo e ofereceu em seu cardápio uma variedade de massas. "Somos uma pequena confraria que resulta numa barraca", define um dos coordenadores da "Bexiga", Armando Ennes.

Os voluntários do grupo começaram a levantar fundos para a feira em março. Segundo Ennes, no ano passado foram arrecadados R$ 28 mil e, este ano, os voluntários esperam chegar a R$ 30 mil.

As outras quatro barracas que doaram toda a sua renda para a entidade foram as do "Amazonas", da "Casa da Amizade", a da "Colônia Japonesa" e, claro, a da própria Apae.

O público que lotou o Clube do Trabalhador do Sesi ainda se divertiu com os shows de 21 artistas locais que abriram mão do cachê em prol da Apae. Um deles foi o cantor Carlos Batata, que participa da feira há quatro anos e também procura ajudar outras causas. "Para mim é um grande prazer participar, afinal, o cachê não vem nesse plano, vem depois", justifica. Os outros artistas que se apresentaram foram os cantores Raiff Matos, Ricardo Lyra, Nicolas Júnior, Klinger Araújo, Fábio Casagrande, Carlinhos do Boi, Alex Pontes, Iézen Rocha, Tony Medeiros, Renato Freitas e as bandas Carrapicho, Swing no Ar, Impakto, Raízes do Norte, Os Especiais, Essence, Frenesi, Embaixadores, Doce Magia e Paixão.

Para várias pessoas que foram ao evento, a Feira da Bondade é uma boa oportunidade para aliar diversão a uma causa nobre. Uma dessas pessoas é a pesquisadora e professora Rosana Zau, que foi à feira no sábado. "Há cinco anos que não venho, mas gosto, em primeiro lugar, por que posso ajudar. Segundo, pela comida, pois aqui você tem uma grande variedade num só lugar", afirma.

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