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Dengue. Tudo o que interessa a você que está grávida

Por Por Zilda Ferreira - Uol   11 de março de 2002
São Paulo - A dengue, muitas vezes, chega parecendo com uma gripe. Pode até surgir sem qualquer sintoma. Mas como qualquer outra infecção, também é capaz de provocar abortos. Sabe como age o vírus? Costuma se instalar no fígado, comprometendo suas funções e facilitando as intoxicações. Os rins também trabalham com dificuldade, devido à perda de líquido pelo organismo. Para evitar esses e outros males, é melhor entrar na guerra contra seu transmissor: o mosquito Aedes aegypti.

A doença tem se alastrado perigosamente pelo Rio de Janeiro, ameaçando já a tranqüilidade de outros estados. Você, futura-mamãe não está livre do problema. E, com o bebê a caminho, não vale facilitar.

Ele adora água parada

Especialmente, a que está limpa ou semilimpa. É nelas que instala seus focos de reprodução. Então, não confie na sorte: livre-se de vasos, plantas, garrafas, pneus, potes e outros objetos que possam servir de ninho para o indesejável mosquito.

Cuide para que as caixas d’água sejam bem tampadas. Assim, o causador da doença não poderá guardar seus ovos capazes de sobreviver e dar origem a novas larvas em um período de até 450 dias.

Os inseticidas - domésticos ou espalhados nas ruas pelas autoridades - reduzem o risco de circulação do mosquito. Mas para evitar alergias ou intoxicações, evite se expor durante o momento em que são aplicados.

Outra forma de prevenção - sempre sob a orientação do obstetra, claro - costuma ser a ingestão do Complexo B. Ele altera o cheiro da pele e ajuda a manter insetos à distância. Substâncias como a citronela e a andiroba, utilizadas em cremes para a pele ou em velas aromáticas são usadas com o mesmo fim. Embora os resultados não sejam garantidos, nada impede que você tente.

Atenção!

Em qualquer situação, não se automedique. Assim como o Ácido Acetil Salicílico (ou AAS) favorece sangramentos, outros remédios podem prejudicar sua gravidez ou complicar o quadro da doença.

Enfrentando a dengue

Apesar de todos os cuidados, a futura mamãe pode ser picada pelo Aedes aegypti. Se apresentar boa defesa imunológica, tem condições de escapar da dengue. Caso contrário, os sintomas da doença surgem entre três e 15 dias.

Atenção!

Nesse momento, é essencial poupar energias. A gestante com dengue precisa de muito repouso.

O tratamento para quem está em ritmo de espera segue a regra geral: ingestão de analgésicos à base de paracetamol. Consumidos em grandes doses, no entanto, podem atacar o fígado e levar a outras complicações. Por isso, peça a orientação médica.

Uma providência indispensável é fazer exames periódicos de sangue, para controle da quantidade de plaquetas. A possível destruição desses elementos e dos glóbulos brancos (ou leucócitos), diminui a defesa orgânica. Em certos casos, a futura mamãe deve passar por transfusões, para manter a capacidade de coagulação sanguínea.

Outro cuidado essencial é tomar bastante líquido. A hidratação compensa a perda de energias causada pelo excesso de temperatura do corpo. Quanto mais líquido ingerido, mais o sangue passa pelos rins e provoca a lavagem dos agentes que provocam a infecção.

Atenção!

Segundo os especialistas, o inseticida biológico preparado com o bacilo thurisgienss é o mais efetivo destruidor do Aedes aegypti. A Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz (RJ), produz um concentrado, distribuído nas residências.

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