Novo símbolo da Campanha de Vacinação do Idoso é apresentado em Simpósio

São Paulo - Terá início nesta quinta-feira, dia 21, ao meio-dia, o III Simpósio de Vacinação do Idoso, realizado pela Secretaria Estadual da Saúde, em parceria com o setor de geriatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM). O evento definirá as diretrizes da Campanha de Vacinação do Idoso, com lançamento oficial marcado para 13 de abril de 2002, que beneficiará a população com mais de 60 anos de idade com vacinas gratuitas contra a gripe e pneumonia.

A conferência de abertura será feita por Arnold Monto, professor da Universidade de Michigan-EUA, que irá falar sobre a possibilidade de novas pandemias de gripe para os próximos anos no mundo. Durante o simpósio serão apresentados o novo símbolo da campanha - "Vovô e Vovó Gotinha" - e dados inéditos das campanhas anteriores. Também será divulgado o novo formato do programa de vacinação pneumocócica, que pretende sensibilizar médicos e profissionais dos centros de saúde, para que eles incentivem pacientes com mais de 60 anos de idade, especialmente diabéticos, cardiopatas e pneumopatas, por representarem um grupo mais suscetível a infecções pneumocócicas, a se prevenir com as vacinas da gripe e da pneumonia.

Gripe não é resfriado

A confusão em torno do que seja uma gripe ou um resfriado prejudica a adesão das pessoas às campanhas de vacinação contra a gripe. As duas são infecções do aparelho respiratório, mas a gripe é causada por um único tipo de vírus, o influenza, e é caracterizada por início súbito e sintomas como febre, calafrios, tosse, espirros, dores de cabeça e dores no corpo. Diferentemente do resfriado, causado por diversos agentes e que também provoca sintomas respiratórios (os quais geralmente são mais brandos e de curta duração), a gripe se propaga com rapidez e traz conseqüências clínicas danosas ao organismo e interfere diretamente na rotina de vida das pessoas.

Vacina contra gripe

Estudos indicam que a vacinação contra gripe reduz a incidência de hospitalização por pneumonia de todas as causas. Mostraram também que a vacinação reduziu as incidências de morte em hospital de todas as condições respiratórias por todas as causas. No Brasil, nos anos de 1999, 2000 e 2001, com a campanha de vacinação dos idosos, foi alcançado um índice de vacinação superior a 70% (12 milhões de indivíduos) dessa população.

Pneunomia pneumocócica

O diagnóstico de pneumonia pode não ser fácil e rápido. Os sintomas geralmente são febre (acima de 39º), tosse, produção purulenta, escarro viscoso. A pneunomia pneumocócica também pode ser adquirida em hospitais: cerca de 5 a 10 pacientes por mil admissões hospitalares, com índice de mortalidade acima de 50%. Algumas condições de saúde, como diabetes mellitus, imunodeficiência, doença crônica pulmonar, cardíaca ou renal, aumentam o risco de adquirir a doença.

Vacina pneumocócica

Resultados de diversos estudos demostram que a vacina pneumocócica é eficaz em idosos e indivíduos com maior risco de infecção pneumocócica e reduz a incidência da doença. A eficácia global para a prevenção de infecção causada pelos sorotipos incluídos na vacina é de 67%. O resultado entre indivíduos diabéticos é de 84%, em indivíduos com insuficiência coronária de 73%, insuficiência cardíaca de 65%, portadores de doenças pulmonar obstrutiva crônica de 65%. A procura pela vacinação pneumocócica é inferior à busca de imunização com a vacina da gripe. Mas a administração simultânea da vacina contra influenza e das vacinas que fazem parte da rotina de imunização do adulto pode ser indicada junto com a vacina pneumocócica, uma vez que a incidência de reações indesejáveis não aumenta.

Serviço: III Simpósio de Vacinação do Idoso
Data: 21/3/2002
Horário: 12h00min
Local: Espaço Apas Eventos – Rua Pio XI, 1.200, Alto da Lapa, São Paulo.