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ONGs avaliam gestão ambiental no Rio
“O PSB está deixando o Governo e o PT, da vice-governadora Benedita da Silva, assumirá o Estado pelos próximos noves meses. Queremos garantir uma agenda ambiental positiva para esse final de mandato, que não fique refém do processo eleitoral, e negociar uma agenda prioritária para a próxima gestão”, explica Samyra Crespo, coordenadora de Meio Ambiente do Instituto de Estudos da Religião (Iser), entidade que assume a secretaria-executiva do Observatório pelos primeiros seis meses.
Segundo Samyra, esta é a primeira vez que os programas implementados pelo Governo estadual são submetidos a uma avaliação pública, a partir das recomendações da Agenda 21 (internacional e brasileira). Serão avaliadas as ações ligadas à Agenda Verde (proteção de áreas verdes e da biodiversidade), Agenda Azul (recursos hídricos) e Agenda Marrom (ações de saneamento ambiental e de combate à poluição industrial).
“Existem uma série de políticas que estão dando certo e queremos a garantia de continuidade”, disse a coordenadora do Iser. Entre as ações, cita a descentralização da gestão ambiental no interior, a articulação com ONGs e universidades, a transparência no uso dos recursos e a gestão participativa, com a criação dos comitês de bacias hidrográficas. “Não temos, porém, nenhuma garantia do funcionamento desses comitês”.
As entidades que compõem o Observatório - Iser, Viva Rio, Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Instituto Baía de Guanabara (IBG), Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh), Grupo de Defesa Ecológica (Grude) e Centro Internacional de Desenvolvimento Sustentável (CIDS/FGV) - querem, ainda, a implementação das ações voltadas para implantação das unidades de conservação no Rio de Janeiro. “Há vários parques estaduais criados somente no papel, como o do Desengano, no município de Santa Maria Madalena, e o da Pedra Branca, na zona oeste do Rio, que é o maior parque ambiental urbano do mundo, com área superior à do Parque Nacional da Tijuca”, disse Samyra.
O Observatório de Políticas Ambientais ficará sediado a cada ano em uma das entidades filiadas e está aberto a entrada de outras organizações. “Depois da Agenda 21, considero o Observatório a iniciativa mais arrojada para se fazer gestão participativa e transparente no Estado”, avalia a coordenadora do Iser.