Notícias
Unicef afirma que a chegada do inverno vai isolar áreas do Afeganistão
Por Diário de Pernambuco    16 de outubro de 2001
ISLAMABAD - Pelo menos 100 mil crianças afegãs podem morrer neste inverno,
caso não chegue nas próximas seis semanas uma quantidade suficiente de
alimentos, informou, ontem, o Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef). O porta-voz da Unicef em Islamabad, Eric Laroche, declarou que sua
organização necessitava de US$ 36 milhões para realizar seu "trabalho
urgente básico" no Afeganistão mas que só havia recebido metade desse total,
disse Eric Laroche durante entrevista à Imprensa.
Em nome de outras organizações humanitárias, o porta-voz destacou que, com a chegada do inverno, as nevascas isolarão muitos civis nas zonas mais afastadas do Afeganistão. Também citou a seca, a continuação da guerra civil e os recentes bombardeios americanos entre as principais ameaças que pesam sobre as crianças afegãs.
"Um menino nascido, atualmente, no Afeganistão tem 25 vezes mais possibilidades de morrer antes da idade de cinco anos que um americano, um francês ou um saudita", destacou. Laroche recordou que mais da metade das crianças do Afeganistão já estavam mal alimentadas e que centenas crianças morriam a cada ano por motivos que poderiam ser evitados no país.
GRAVIDADE - Outra porta-voz do sistema das Nações Unidas, Stephanie Bunker, considerou, ontem, a crise humanitária no Afeganistão a "situação de emergência mais séria e complexa" da história. Segundo ela, 6 milhões de afegãos necessitavam ajuda urgentemente e que cerca de 1,5 milhão de pessoas havia se deslocado no interior do país. A comunidade internacional dispõe de "seis semanas" antes da chegada do inverno para fazer chegar a ajuda de que necessitam os afegãos, declarou.
Segundo Stephanie Bunker, os ataques aéreos iniciados dia 7 de outubro passado pelos Estados Unidos contribuem para a crise humanitária. "Os bombardeios com mísseis tornam nosso trabalho mais difícil". O outro fator é a insegurança crescente no Afeganistão, onde os talibãs tomaram dependências das agências não governamentais semana passada. E passaram a exigir pedágio de US$ 32, por toneladas.
MAIS APOIO - A União Européia (UE) anunciou, ontem, uma doação de 40 milhões de euros aproximadamente (US$ 36 milhões), destinados a ajuda humanitária, dos quais US$ 23 milhões são destinados ao Afeganistão. A proposta da comissária européia de Orçamento, Michele Schreyer, foi aprovada, segundo comunicado da Comissão, mas até o fechamento desta edição não estava definida a data para liberação da verba.
A Chechênia e os territórios palestinos se beneficiarão com US$ 6,9 milhões respectivamente. Os valores mencionados serão geridos pelo ECHO, o departamento humanitário da Comissão. Segundo cálculos da Comissão Européia, a ajuda humanitária global para o Afeganistão, que reúne a da União Européia e dos Estados Unidos, representa atualmente quase US$ 700 milhões.
O Estado Islâmico do Afeganistão, fica no Centro-Oeste da Ásia, tem um clima subtropical (árido). No Inverno a temperatura pode chegar a 35º graus a baixo de zero, o que complica a vida da população. A taxa de fecundidade registrada por mulher é de 6,9 filhos. E a mortalidade infantil, segundo dados de 1998, foi de 152%.
Em nome de outras organizações humanitárias, o porta-voz destacou que, com a chegada do inverno, as nevascas isolarão muitos civis nas zonas mais afastadas do Afeganistão. Também citou a seca, a continuação da guerra civil e os recentes bombardeios americanos entre as principais ameaças que pesam sobre as crianças afegãs.
"Um menino nascido, atualmente, no Afeganistão tem 25 vezes mais possibilidades de morrer antes da idade de cinco anos que um americano, um francês ou um saudita", destacou. Laroche recordou que mais da metade das crianças do Afeganistão já estavam mal alimentadas e que centenas crianças morriam a cada ano por motivos que poderiam ser evitados no país.
GRAVIDADE - Outra porta-voz do sistema das Nações Unidas, Stephanie Bunker, considerou, ontem, a crise humanitária no Afeganistão a "situação de emergência mais séria e complexa" da história. Segundo ela, 6 milhões de afegãos necessitavam ajuda urgentemente e que cerca de 1,5 milhão de pessoas havia se deslocado no interior do país. A comunidade internacional dispõe de "seis semanas" antes da chegada do inverno para fazer chegar a ajuda de que necessitam os afegãos, declarou.
Segundo Stephanie Bunker, os ataques aéreos iniciados dia 7 de outubro passado pelos Estados Unidos contribuem para a crise humanitária. "Os bombardeios com mísseis tornam nosso trabalho mais difícil". O outro fator é a insegurança crescente no Afeganistão, onde os talibãs tomaram dependências das agências não governamentais semana passada. E passaram a exigir pedágio de US$ 32, por toneladas.
MAIS APOIO - A União Européia (UE) anunciou, ontem, uma doação de 40 milhões de euros aproximadamente (US$ 36 milhões), destinados a ajuda humanitária, dos quais US$ 23 milhões são destinados ao Afeganistão. A proposta da comissária européia de Orçamento, Michele Schreyer, foi aprovada, segundo comunicado da Comissão, mas até o fechamento desta edição não estava definida a data para liberação da verba.
A Chechênia e os territórios palestinos se beneficiarão com US$ 6,9 milhões respectivamente. Os valores mencionados serão geridos pelo ECHO, o departamento humanitário da Comissão. Segundo cálculos da Comissão Européia, a ajuda humanitária global para o Afeganistão, que reúne a da União Européia e dos Estados Unidos, representa atualmente quase US$ 700 milhões.
O Estado Islâmico do Afeganistão, fica no Centro-Oeste da Ásia, tem um clima subtropical (árido). No Inverno a temperatura pode chegar a 35º graus a baixo de zero, o que complica a vida da população. A taxa de fecundidade registrada por mulher é de 6,9 filhos. E a mortalidade infantil, segundo dados de 1998, foi de 152%.